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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Assembleia da Freguesia de Quarteira

reúne hoje, no centro autárquico

A Assembleia da Freguesia de Quarteira irá reunir esta noite, às 21:00 horas, no auditório do Centro Autárquico, com a seguinte ordem de trabalhos:
Perante a oposição que os membros do Partido Socialista sempre levantam aos assuntos relativos ao chamado «mercado da roupa» será curioso verificar o sentido do seu voto relativamente à «nova» «feira da roupa e… velharias».

Cavaco Silva vem «inaugurar» Hospital de Loulé

componente privada do hospital fica em ala construída de raiz
O Hospital de Loulé está em funcionamento desde Março. No entanto, só no próximo dia 8 de Julho será inaugurado, sendo o próprio Presidente da República quem cortará a fita.

Segundo a nota de imprensa emitida pela autarquia, o «novo» hospital constitui uma das «bandeiras do actual presidente da Câmara Municipal, Seruca Emídio”.

Independentemente de qualquer discussão política à volta do assunto, louva-se o “empenho da Santa Casa da Misericórdia e da autarquia” na recuperação daquele equipamento “que faz parte da memória colectiva de Loulé mas que se encontrava degradado e sem utilização”. Ou melhor, que aos poucos foi sendo remetido para a condição de sede dos velórios.

O actual hospital passa a integrar uma unidade pública de cuidados continuados de saúde (21 camas, na parte recuperada do edifício), e uma unidade privada (em nova ala, construída de raiz, anexa ao edifício original) para consultas externas em diversas especialidades e bloco operatório para pequenas cirurgias, com salas de recobro e camas de apoio.

Quer dizer: 21 camas para doentes «em fase terminal» e o resto... saúde para quem tem com que a pagar!

Festival Internacional de Jazz de Loulé 2011

uma organização da casa da cultura e voluntários
Irá realizar-se, nos dias 28, 29 e 30 de Julho, na Cerca do Convento Espírito Santo de Loulé, o Festival Internacional de Jazz de Loulé 2011, sob a direcção artística de Mário Laginha.

Nesta sua 17ª edição, actuarão neste festival: no dia 28, Maria João e Orquestra Jazz de MatosinhosM em 29, o Richard Galliano Group; e no dia 30, o Aaron Parks Quartet.

Apesar de, diariamente recebermos notícias de eventos realizados não só no concelho de Loulé mas em todo o Algarve, não é prática habitual do ‘Calçadão’ publicitar acontecimentos que se não realizem na freguesia de Quarteira. Esse é o procedimento que norteia a existência deste blogue que, desde início, se propôs lançar “um olhar sobre a minha terra e as minhas gentes”.

A excepção que hoje se abre tem uma justificação – o facto de se tratar de um festival “produzido e organizado totalmente pelos voluntários” da Casa da Cultura de Loulé, rompendo com a «tradição» da total dependência do poder autárquico.

Envolver a comunidade e estimular a participação do voluntariado deverá ser, em nossa opinião, prática comum, não só em causas sociais, mas também em coisas da cultura.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Miguel Freitas exige respostas urgentes ao Governo

é a sua forma inútil de mostrar serviço
“Tu morreste excomungado:
Nom o quiseste dizer.
Esperavas de viver,
calaste dous mil enganos...
Tu roubaste bem trint'anos
o povo com teu mester.”

(Gil Vicente – Auto da Barca do Inferno – fala do Diabo)

Espantai-vos, senhores: há quem morra excomungado e nunca perceberá que morreu.

Miguel Freitas, o líder do PS/Algarve, morreu há que tempos, depois de calar com "mil enganos" o (seu) povo (do punho e da rosa) com seu "mester".

Por outras palavras, para deixarmos em paz a memória de Gil Vicente: Freitas mais que morreu – suicidou-se.

Afogou-se na sua jactância e na sua incompetência política. Recebeu um PS/Algarve «em alta» e, de degrau em degrau, veio, de cambalhota em cambalhota, até esborrachar os restos de um partido moribundo no Algarve.

Nunca quis perceber que o seu tempo tinha passado, tal a sua incomensurável prosápia, a sua imensa presunção. Terá pensado que, perante um inábil adversário como o parecia ser Mendes Bota, a ascensão do seu partido – e, consequentemente, a sua ascensão pessoal – eram favas contadas.

Ao contrário de Bota, que foi levando a água ao seu moinho, Freitas esperou que, outros por si, o fossem fazendo.

Quando percebeu, era tarde: o PS afundara-se com a sua «preciosa» ajuda. O secretário-geral demitiu-se e seguiu os apelos do seu próprio nome, tratando de ir em busca da sabedoria que lhe faltou, tentando encontrá-la nas páginas da Filosofia.

A ele, Freitas, os camaradas apontaram-lhe a porta da rua.

Julgam que foi? Nem pensem: com “dous mil enganos” roubou o seu povo rosa “com seu mester”, acenando-lhe com eleições próximas, prometendo que não se recandidataria…

E o povo rosa caiu que nem um patinho, porque nem leu os estatutos que o rege e que impede alguém cumpra mais de três mandatos. E lá ficou, uma vez mais, armado em chefe e colando-se, de imediato ao candidato que provavelmente será o seu novo líder; o candidato que melhor garante que o Partido Socialista ficara preso muma teia de continuidade e não acompanhará as mudanças necessárias às próximas condições de vida dos portugueses.

Mas Freitas sentiu necessidade de mostrar «serviço» ao futuro líder e, para disfarçar a sua eterna incompetência política, de que se havia de lembrar? De exigir que o Governo esclareça “com máxima urgência” quem vai assumir as competências que antes pertenciam aos governadores civis.

Coitado do Freitas! Tão preocupado agora quando, ele próprio, hipotético candidato à liderança da Região Algarve, sempre «ansiou» pela extinção desses mesmos Governos Civis!

Como ainda não percebeu que o seu partido já não dita regras, o homem exige esclarecimentos “com a máxima urgência"! E quando é que, nos seis anos que passaram, exigiu respostas e as exigiu com a «máxima urgência», ao governo de José Sócrates?
Pois voltemos aos «dizeres» do Diabo de Gil Vicente:
Freitas, “Entra, entra no batel, que ao Inferno hás-de ir!”.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Lá vão as marchas d’arquinho e balão…

na noite de são pedro, quarteira volta ao calçadão

Marcha da Fundação António Aleixo, com o tema «A Fundação pintou uma flor»

As marchas de 2011 desfilarão, pela última vez, no Calçadão, esta noite.
Esta saída deveria assinalar o encerramento das Festas Populares, as «festas juninas» que, em boa verdade, parecem perdidas para sempre, na sua autenticidade, no seu voluntarismo, na sua alegria de estar na rua. Marcha das Florinhas de Quarteira desfilará sob o mote «Os 25 anos das Florinhas»

A minha opinião será discutível, mas estou convicto de uma das grandes responsabilidades por essa extinção se deve à boa vontade das autarquias, que implementaram – permitiram e estimularam – o regime de «subsídio-dependência».

As antigas «festas populares» eram festas do povo e para o povo; festas de vizinhos e amigos; festas que se faziam com o apoio e colaboração desses vizinhos, desses amigos. Hoje espera-se pelos subsídios para «comprar» o material todo prontinho. Não vem já o amigo do vizinho que toca harmónio e anima o bailarico com o vira e o corridinho; «aluga-se» um brasileiro que traz consigo uns CD e «vende» o seu baile de sambas ou de kuduro com a «animação» de duas mulatas de perna bem torneada mas que mal sabem mexer a anca.

Não se gastam umas horas a fazer uns festões para dar cor ao mastro; compra-se tudo no chinês, de plástico, construído com a exploração da mão-de-obra infantil.

Não se vai ao campo colher braçadas de loendros e rosmaninho para perfumar o ar e facilitar a dança; aluga-se um estrado que é coisa asseada e direitinha.

Não se acendem os fogareiros para a família e os amigos assarem as sardinhas à porta da rua; vai-se ao restaurante, já que o cheiro dos grelhados até chateia… Marcha da Rua Vasco da Gama, com “As maravilhas de Portugal»
Marcha da Rua Gago Coutinho, com “O amor da varina e do pescador»
Marcha da Rua do Outeiro, com o tema «A sardinhada algarvia

Parece que agora temos aí uma crise de todo o tamanho. Se as autarquias continuarem a distribuir punhados de notas para festas, isso será uma ofensa à miséria que se adivinha. Não deve (não pode) sobrar dinheiro para o que não é essencial.

Vamos abrir a cova: seremos obrigados a fazer o funeral definitivo às Festas Populares. Marcha de Vilamoura, desta vez com «As pérolas do Algarve»

PS: Só agora, e graças à gentileza de alguns leitores, reunimos fotos de todas as marchas. Iremos publicá-las, pela ordem de saída. Essa será a nossa homenagem ao esforço e dedicação dos «carolas» que, até agora, conseguiram manter as Marchas de Quarteira como um cartaz turístico e um marco de recordação. Marcha Rua da Cabine, que nos traz o tema “Marcha portuguesa»

Os nossos agradecimentos aos leitores António Costa, Clara, G., Marco Filipe Correia, Maria Alice Varela e dois anónimos que fizeram a gentileza de nos enviar fotos das Marchas de 2011. Marcha da Rua do Pinheiro encerrará, com “Cais dos marinheiros»

Como disse um comentarista: todas estiveram bem – umas melhores que as outras, com certeza – mas o mais importante não é saber quais as mais bonitas, as mais bem vestidas, as mais bem ensaiadas. Importante foi o seu esforço. Bem hajam.

Designados 35 secretários de Estado

passos coelho teve «negas» até à última hora
A nova equipa governativa integrará 35 secretários de Estado.
À ultima hora, o administrador da TVI Bernardo Bairrão desvinculou-se de quaisquer compromissos na polémica privatização da RTP. Perante isso, Passos Coelho viu-se na obrigação de «desconvidá-lo».

Eis a actual equipa de secretários de estado que serão empossados amanhã.

Ministério de Estado e das Finanças
Secretário de Estado do Orçamento - Luís Filipe Morais Sarmento
Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças - Maria Luís Albuquerque
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais - Paulo Núncio
Secretário de Estado da Administração Pública - Hélder Rosalino

Ministério de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus - Miguel Morais Leitão
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação - Luís Brites Pereira
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - José Cesário
Subsecretária de Estado Adjunta do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros - Vânia Dias da Silva

Ministério da Defesa Nacional
Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional - Paulo Braga Lino

Ministério da Administração Interna
Secretário de Estado da Administração Interna - Filipe Lobo D'Ávila

Ministério da Justiça
Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça - Fernando Santo

Ministério dos Assuntos Parlamentares
Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Feliciano Barreiras Duarte
Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade - Teresa Morais
Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa - Paulo Simões Júlio

Ministério da Economia e Emprego
Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional - António Almeida Henriques
Secretário de Estado do Emprego - Pedro Miguel Silva Martins
Secretário de Estado do Empreendorismo, Competitividade e Inovação - Carlos Nuno Oliveira
Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - Sérgio Silva Monteiro
Secretário de Estado da Energia - Henrique Gomes
Secretária de Estado do Turismo - Cecília Meireles

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território
Secretário de Estado da Agricultura - Diogo Santiago Albuquerque
Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural - Daniel Campelo
Secretário de Estado do Mar - Manuel Pinto de Abreu
Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território - Pedro Afonso de Paulo

Ministério da Saúde
Secretário Adjunto do Ministro da Saúde - Fernando Leal da Costa
Secretário de Estado da Saúde - Manuel Teixeira

Ministério da Educação, do Ensino Superior e da Ciência
Secretário de Estado do Ensino Superior - João Filipe Rodrigues Queiró
Secretária de Estado da Ciência - Maria Leonor Parreira
Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar - João Casanova de Almeida
Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário - Isabel Maria Santos Silva

Ministério da Solidariedade e da Segurança Social
Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social - Marco António Costa

Secretário de Estado do Desporto e Juventude - Alexandre Miguel Mestre
Secretário de Estado adjunto do Primeiro-ministro - Carlos Moedas
Secretário da Presidência e do Conselho de Ministros - Luís Marques Guedes
Secretário de Estado da Cultura - Francisco José Viegas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Confederação de Turismo deita água na fervura

“o algarve é um local que não tem casos de violência”
O presidente da Confederação de Turismo, José Carlos Pinto Coelho, considera que o Algarve “é um local que não tem casos de violência, o que fica é a sensação de se tornou um sítio perigoso, muito por causa de uma imprensa sensacionalista inglesa”.

Para este responsável, citado hoje no jornal «i», “o Algarve é um sítio calmo, bastante mais seguro do que muitos outros locais”. Pinto Coelho concorda, porém, que “nos picos de afluência, como no Verão, o Algarve deve ter reforço policial à medida desses fluxos”.

Pinto Coelho esqueceu-se de referir a imprensa sensacionalista portuguesa.

Basta ver o Correio da Manhã, que se empenha, quase diariamente, em referir a grandes títulos sensacionalistas, pequenos furtos e desacatos.

Basta ver (e meditar) sobre que razões terão levado o semanário «Expresso» a dedicar duas imensas páginas da sua última edição para referir um roubo de esticão, furtos juvenis de telemóveis e, pela enésima vez, o caso do desequilibrado que feriu levemente um polícia a tiro e mobilizou um exército de policiais… só para o retirarem do prédio onde se abrigara e onde, nem sequer, fez desacatos…

Alguém está (muito) empenhado em destruir o Algarve como destino turístico!...
Imagem: Pinto Coelho, presidente da Confederação de Turismo

Areais de Quarteira-Vilamoura são praias de ouro

cinco praias do concelho de loulé entre as melhores do país
As praias de Quarteira e Vilamoura estão integradas na lista da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, que define as praias portuguesas com Qualidade de Ouro.

A lista foi elaborada tendo em consideração a qualidade de água, com critérios bastante mais «apertados» e exigentes do que aqueles que norteiam a atribuição da Bandeira Azul.

Esse balanço da qualidade das águas balneares do país tem por base a informação pública oficial, disponibilizada pelo Instituto da Água através do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), ao abrigo da legislação nacional e comunitária.

Além de Quarteira e Vilamoura, receberam a classificação «de ouro» mais 284 praias, entre as quais: Quinta do Lago, Ancão e Vale do Lobo, também do concelho de Loulé.

Às 11 horas Coelho tirará secretários de estado da cartola

até essa hora coelho terá de "achar" os dois ou três que faltam
Hoje, às 11:00 horas, Passos Coelho irá levar ao Presidente da República uma lista com cerca de 30 secretários de Estado, para que Cavaco Silva complete, já amanhã, 3ª feira, a posse do XIX Governo Constitucional.

Nas Finanças, para além dos três nomes já conhecidos (Luis Morais Sarmento no Orçamento, Paulo Núncio nos Assuntos Fiscais e Maria Luís de Albuquerque no Tesouro e Finanças) estarão ainda Hélder Rosalino, que vem do Banco de Portugal, para a secretaria de estado da Administração Pública.

Na Economia, o empresário e deputado do PSD Almeida Henriques será o secretário de estado adjunto e do Turismo; Pedro Silva Martins, professor da London Business School, assumirá o Trabalho e Bernardo Bairrão virá da TVI, para a Administração Interna.

Marco António Costa, na Segurança Social; Miguel Morais Leitão, na secretaria de estado dos Assuntos Europeus; Álvaro Castello Branco, na Administração Interna; e Vítor Gaspar, para a pasta dos Assuntos Fiscais, são os outros nomes conhecidos.

Quanto aos Transportes, Coelho ainda não conseguiu convencer José Manuel Rodrigues, actual presidente da Carris; a para a Energia e Competitividade, até à meia-noite de hoje, o primeiro-ministro não conseguiu qualquer «sim».

Vai haver quem não seja capaz de pregar olho esta noite!...

Estudo propõe fecho de 800 km de linha-férrea

repete-se (e agrava-se) o cenário dos finais da década de 1980
Um estudo realizado, à revelia da Refer, por uma equipa conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas e Transportes, mandado fazer pelo anterior Governo do PS para apreciação da «troika», deixa a rede ferroviária circunscrita basicamente ao eixo Braga-Faro, Beira Alta e Beira Baixa.levando ao encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas, também com particular incidência no Norte e no Alentejo. As restantes linhas seriam amputadas ou desapareceriam.

A serem aplicadas as regras que o estudo define, as linhas do Corgo, Tâmega, Tua e troços Figueira da Foz-Pampilhosa e Guarda-Covilhã (192 quilómetros) seriam definitivamente suprimidas; o troço Régua e Pocinho (68 quilómetros), a Linha do Leste entre Abrantes e Elvas (130 quilómetros), a Linha do Vouga (96 quilómetros), o ramal de Cáceres (65 quilómetros), a Linha do Alentejo entre Casa Branca e Ourique (116 quilómetros) são outras linhas condenadas. Esta última deixaria Beja sem comboios.

domingo, 26 de junho de 2011

O empreendimento de Vilamoura ficou mais bonito

mas os jornais ainda não tinham dado por isso
A imprensa regional não sabe que existe Quarteira, excepto num capítulo: a criminalidade. Aí, sim, todo e qualquer roubo de esticão é escalpelizado ao pormenor e com tanta minudência como se estivéssemos perante o crime hediondo.

De resto, Quarteira é completamente ignorada pelos jornalecos de cá (e pelo Correio da Manhã, é claro!), como o tem sido relativamente às Marchas Populares de 2011.

Eis senão quando, alguém pretende «apresentar serviço» e lá consegue que a agência Lusa preste atenção.

Assim foi que, durante meses e meses que demoraram as obras, nenhum jornal deste vasto Algarve «descobriu» o que se passava em Vilamoura.

Nuno Sancho Ramos, o inefável presidente da Inframoura viu-se, por isso, «obrigado» a distribuir uma nota de imprensa à Lusa para dizer que na “baixa de Vilamoura” (alguém já ouvira esta?), circulam diariamente, em Agosto, mais de 30 mil pessoas, e que, por isso, este “percurso [que se] estende por 1,5 quilómetros e corresponde ao anel que envolve a marina e a maioria dos hotéis de Vilamoura […] está a ser requalificado pra diminuir o risco de acidentes com peões”.

E explica que “ao nível do que se faz noutros países da Europa” nesta zona, onde chegam a circular “cerca de 1.500 carros [quando] a capacidade daquele espaço é de apenas 500 carros por hora [...] o passeio e a estrada foram nivelados segundo a mesma cota e as duas faixas de circulação automóvel que existiam no percurso foram convertidas em apenas uma”.

Numa coisa todos estaremos de acordo: aquele anel, adjunto à marina, que passa por uma série de hotéis e pelo casino, está mais bonito (se gostarmos dos candeeiros) e parece muito mais funcional (isso só comprovaremos daqui a dois ou três meses).

Só lamentamos que para que o mundo tenha dado por isso, tenha sido preciso que Nuno Ramos se tivesse visto obrigado a «cacarejar» como galinha sem tino, que acabou de pôr o ovo.

sábado, 25 de junho de 2011

«Allgarve» chega a Quarteira

a trabalhar no arame sobre a praça do mar
Desta vez, o programa «Allgarve» lembrou-se de que Quarteira não se fica pelo Casino de Vilamoura e decidiu trazer à Praça do Mar, no próximo dia 3, um espectáculo do chamado «novo circo».

Será um espectáculo de entrada livre, em que os funambulistas da Compagnie Les Colporteurs dominarão uma estrela auto-sustentável feita de tubos de aço que suportarão os cabos de aço sobre os quais os artistas desafiarão os limites da gravidade.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Assis apresentou a sua moção em Faro

“não basta mudar de secretário-geral [no ps] demasiado fechado”
Apresentação da moção

Francisco Assis esteve hoje em Faro, para transmitir uma "mensagem de confiança e esperança no futuro do PS e do país", tal como o procurou demonstrar na sessão para apresentação da moção «A Força das Ideias», com que se apresenta às eleições para secretário geral do PS.

Numa sala da Escola de Hotelaria, a um auditório de cerca de 200 pessoas particularmente atentas, o candidato à liderança socialista disse que o partido tem de “fazer uma renovação programática, do discurso e da linguagem, ser um partido com outra relação com a sociedade, que compreenda novas causas e aborde novos temas, se ligue a novos movimentos que vão emergindo na sociedade portuguesa, seja capaz de interpretar os sinais do tempo que estamos a atravessar e de produzir um conjunto de propostas políticas que visem responder a novas questões e problemas que vão surgindo”; e considerou que a renovação programática é a “questão fundamental” que se põe, de imediato ao PS.

"Não basta mudar de secretário-geral para resolver os problemas com o que o PS está confrontado […] o PS tem de se abrir à sociedade e acabar com questínculas internas".

"Como é que o socialismo democrático responde às questões de uma sociedade que está em profunda transformação? Num contexto económico-financeiro muito complexo, com enormes constrangimentos, como é que somos capazes de promover a prazo o crescimento da economia portuguesa e a sustentação do Estado de bem-estar?".

Mas Assis disse mais: o Partido Socialista "está disponível para se entender com partidos situados à sua esquerda, o PCP e o Bloco de Esquerda", tendo em vista recuperar a presidência de câmaras do país e em concreto a do Porto nas eleições autárquicas em 2013.

Quanto à organização interrna, Assis sabe que o PS anda, "muitas vezes demasiado fechado" em si próprio. "Há pessoas que se vêm queixar. Há concelhias que não reúnem há anos. Há concelhias que só funcionam como plataformas de sustentação eleitoral de quem domina".

E insiste Assis na “realização eleições primárias para eleger cidadãos, permitindo assim à sociedade participar activamente no processo de escolha dos candidatos”.

Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da moção, Assis declarou aos jornalistas que avançará "na altura própria" com os nomes; mas que já tem "ideias claras" sobre o candidato a presidente do partido, recusando, porém, dizer se tinha dirigente do PS/Açores, Carlos César, para o cargo, como diversas fontes referiam ontem.

Seguro e Assis – o que os une e os separa


A ideia dominante de quem assistiu à apresentação de ambas as moções – de Seguro, ontem e de Assis hoje – só pode ser a conclusão de que aquelas divergem apenas em questões de pormenor, das quais, a mais notória será a das «primárias»: abertas à comunidade (Assis) ou restritas a militantes (Seguro); mas também a da «abertura» do partido: mais entregue aos cidadãos (Assis) ou mais aberto mas controlado nas bases (Seguro).

De resto, a filosofia de ambas as candidaturas não divergem. Apenas que Assis tem um discurso mais consistente, de conteúdo político maduro e sólido, enquanto Seguro «res-vala» mais facilmente para vertentes populistas e apresenta as suas convicções com uma fórmula «elaborada» em trabalhos de sapador e em muitos anos de espera pela sua oportunidade.

Pelas palavras, pela pose, pelas ideias, percebe-se que Seguro, apesar de apresentar algumas ideias inovadoras é muito mais um candidato de «continuidade» e Assis oferece uma candidatura de renovação de métodos, processos e ideias.

Finalmente, uma referência – demasiado óbvia - aos «instalados» e à «máquina» do partido, ambos a apostar fortemente em Seguro. Ou seja: o «aparelho» joga mais na continuidade que na renovação.

As Marchas saíram na noite de São João

tudo desaparece, se o sorriso não sorri em ti
Foi noite de São João e, por isso, as Marchas Populares de Quarteira voltaram a sair ontem à rua, para se exibirem no Calçadão de Quarteira.

Quando me falam em «festas populares» penso logo em alegria, espontaneidade, animação.

E, no entanto, na generalidade, não foi isso que vi, ontem à noite, no segundo desfile das Marchas Populares de Quarteira 2011.

Esperar-se-ia ver, nos rostos dos marchantes uma alegria transbordante, uma animação saudável. Afinal, para tristezas bastariam os outros 364 dias do ano.

Em vez disso, os dançarinos do Calçadão de Quarteira apresentavam rostos fechados, evidenciando preocupação – talvez com o receio de falhar um passo, uma marcação -, olhares distantes – de quem está no cumprimento de uma obrigação -; rigidez de movimentos… Tudo isso perpassou na minha ideia quando o meu olhar se prendeu no rosto triste duma menina da Fundação, trazendo-me à memória a parte de um poeminha de autor desconhecido, que diz assim:

Nesse teu olhar triste
Me entristeço...

Porque não sorriste?
Não te mereço?

Nesse teu olhar que me entristece
Pergunto-me o que faço aqui …
Tudo desaparece,
Se o sorriso não sorri em ti.

É que sem sorriso, não há festa.

NOTA: Optámos, este ano, por não fazer especiais referências às «marchas», uma vez que, não tendo imagens de todas elas, não quisemos arriscar eventuais acusações de «favoritismo».

Aguardámos que os mídia regionais publicassem fotos ou que, como acontece com frequência, os leitores nos enviassem algumas.

Infelizmente, a imprensa regional tem ignorado em absoluto as marchas deste ano e nenhum leitor nos enviou imagens suas. As que tentei, desajeitadamente, captar com o meu telemóvel não oferecem, infelizmente, qualidade para publicação.
Imagens: da Marcha da Fundação António Aleixo.

Director e treinador do Quarteirense em evidência

marito e josé joão distinguidos pela associação de futebol
José João Guerreiro, o presidente do Quarteirense, foi distinguido, como dirigente do ano, na terceira edição da Festa do Futebol Algarvio, promovida pela Associação de Futebol do Algarve.

Na mesma homenagem foram distinguidos: como treinador do ano, Marito, o técnico desta equipa que se sagrou campeã do Algarve, pelo que estará, na próxima época, na 3ª Divisão Nacional; e Idalécio, com o prémio de «carreira».

José Guerreiro Cavaco, entregou os galardões, em representação da Federação Portuguesa de Futebol.
Imagem: Foto do «barlavento», retirada da Net

António José Seguro em Portimão

o ps vai cumprir com o memorando da troika
Palavras prévias e de estupefacção

Devo dizer que fiquei impressionadíssimo hoje, no Teatro Municipal de Portimão, onde António José Seguro veio fazer a apresentação das suas ideias, como candidato à liderança socialista.

«Impressionadíssimo» não será a palavra mais adequada; «enojado» seria muito mais correcto. Não pelas ideias de Seguro com as quais estou genericamente de acordo, mas por algumas pessoas e actos que por lá vi e ouvi:

§ - gente que gritou a plenos pulmões no último congresso socialista «Sim!» quando José Sócrates, do alto da tribuna, perguntou se estavam com ele;

§ - gente que há cerca de um mês afirmava que Sócrates seria o homem capaz de retirar Portugal no buraco onde estamos;

§ - gente que disse e repetiu que Sócrates era vítima de cabalas sucessivas;

eram precisamente os mesmos que hoje troçavam do «processo Face Oculta cortado à tesoura», como uma coisa vergonhosa e merecedor dos mais graves qualificativos;

eram precisamente os mesmos que hoje apelidavam Sócrates com todos os adjectivos pejorativos do dicionário da Língua Portuguesa, metendo no mesmo saco o ex-primeiro-ministro e o líder algarvio Miguel Freitas (que, por acaso, reafirmou o seu apoio, hoje, a Seguro);

eram precisamente os mesmos que hoje se babavam de admiração pelo candidato António José Seguro.

São estes os «homens de palavra» - que se agarram ao poder, que babujam, que mentem, que treinam a hipocrisia com um catecismo na mão e apelidam a sua ânsia de poder como causas de interesse público - aqueles que se julgam os melhores para nos dirigir.

Enfim, são eles que se admiram que os eleitores os metam todos no mesmo saco de incompetência, nepotismo, corrupção e se demitam do seu direito de votar!

Valha-lhes um burro aos coices!

As propostas mais significativas de Seguro

E com tudo isso, não referi o que de mais notório disse Seguro, em Portimão…

Pois o candidato à liderança do PS desafiou o CDS e o PSD a que “não adiem uma vez mais a alteração da legislação autárquica e da Assembleia da República” e propôs a cooperação entre os partidos para provocar essa alteração até ao fim deste ano, “para que as eleições autárquicas de 2013 e as legislativas de 2015 possam já realizar-se segundo a nova legislação”.

"O PSD não contará com o PS para fazer a revisão constitucional", afirmou, ao mesmo tempo que promete que se for secretário-geral do PS, vai fazer uma "oposição construtiva, positiva e cooperante" com o governo de Passos Coelho, porque “os portugueses não aceitariam que nós fossemos uma oposição do bota-abaixo sobretudo neste momento de emergência nacional".

Seguro explicou que pretende fazer uma reforma profunda no partido, com algumas alterações seus estatutos, que possibilitem a modernização do PS e uma maior liberdade de participação das bases.

Falando da crise, Seguro disse que é a segunda vez que os líderes europeus só se mexem em momentos de crise por causa dos bancos.

Que novidade, Tó-Zé! Não é o dinheirinho que faz mover o mundo?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Auspiciosa estreia de Passos Coelho na UE

renegociação da dívida à maneira de passos coelho?
Pedro Passos Coelho, apenas dois dias depois da tomada de posse do seu governo, estreou-se hoje em cimeiras de chefes de estado e de governo da UE.

Coelho reafirmou, aos seus pares, o compromisso de Lisboa para executar o plano de reformas, neste primeiro dia de trabalhos totalmente preenchida com assuntos económicos, e em particular a situação da Grécia, país a que, entretanto, já foi declarado apoio, ainda que condicionando-o a um voto favorável do parlamento grego, na próxima semana, ao novo pacote de reformas de médio prazo.


O primeiro-ministro português tem tentado convencer o governo da União e a opinião pública de que as situações grega e portuguesa têm pouco em comum, deixando passar a mensagem que tem condições políticas para a execução do plano negociado com a UE e FMI.

No final do dia, Pedro Passos Coelho, disse que o governo irá estudar com a Comissão Europeia a possibilidade de avançar no tempo o pagamento de fundos estruturais no âmbito de uma reprogramação dos mesmos.

Estará, assim, o primeiro-ministro a dar os primeiros passos para responder à esquerda, que exige a renegociação da dívida?
Imagem: Foto da Lusa

Cortado à tesoura

processo face oculta continua a ocultar…
Foi a televisão que nos deu hoje as inéditas imagens do processo Face Oculta foi cortado à tesoura nas partes onde constavam as escutas de José Sócrates.

A destruição das escutas neste caso foi decidida pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça e a ordem foi cumprida por um juiz de Aveiro.

Paulo Penedos, um dos arguidos neste processo, reclama desde o início, o acesso a essas escutas, por entender que podem conter matéria para a sua defesa.

Na altura aventou-se que esses telefonemas estavam cheios de palavrões que era preciso «cortar» já que envergonhariam um carroceiro – como se um carroceiro tivesse de ser necessariamente mais grosseiro que o senhor Sócrates.

As imagens mostradas mais me surpreenderam que chocaram. Algumas vezes, no liceu, o professor Magalhães, na apreciação de uma das minhas redacções habitualmente longas e palavrosas, me disse:: «Corta essa parte, menino, corta» - e eu, de esferográfica em punho, «zás-zás-zás» riscava a parte mencionada. Pois vejo agora que teria sido muito mais fácil pegar na tesoura e, de um golpe só, ficava encurtada a composição e, com certeza que muito mais apresentável que o texto todo «riscanhado».

Mas aqueles cortes, no caso das escutas de Sócrates, não me agradaram. Um gesto tão drástico só para esconder uma dúzia de palavras ordinárias?!

Pensem vocês o que quiserem. Eu não acredito. Atrás da face oculta parece-me que há gato oculto, com o rabo de fora!

Discotecas «ilegais» voltam a dar polémica

mas as «legais» durante o inverno funcionam?
A Associação de Discotecas do Sul e Algarve (ADSA) divulgou um comunicado, em que informa que vai avançar com processos em tribunal contra os habituais espaços nocturnos que devem abrir só durante o verão de 2011 na região algarvia.

Os empresários apresentam cinco exemplos: uma discoteca a abrir na antiga e ilegal discoteca Kasa Blanka em Vilamoura, promovida pela estilista Fátima Lopes; outra, chamada Bliss, junto ou no hipódromo de Vilamoura; a discoteca Sasha, ou com outro nome, na Praia da Rocha; o Manta Beach, na Praia da Manta Rota; e a discoteca Lollipop, ou com outro nome, na Praia Verde, em Castro Marim.

Mas, para além destes, afirma que haverá mais casos “que se preparam para abrir ilegalmente sem alvará de funcionamento como discotecas e que funcionam em restaurantes e bares sem respeito por horários e normas legais.”

Por esses motivos, a ADSA afirma que não pactuará com qualquer evento em “espaços não devidamente munidos de licença de funcionamento, claramente tipificados como discotecas e em que as leis, obrigações e regras, em vigor, não sejam iguais para todos promovendo assim uma concorrência desleal”.

Queixam-se os empresários de que são objecto de ”impostos, taxas, etc., a que são obrigados ao longo de todo o ano e a que essas discotecas ilegais não estão sujeitas”.

Começa a ser hábito: as discotecas apresentam queixas; a justiça e a burocracia são lentas; chaga-se ao fim de Agosto e…

Bem, o melhor é esquecer.

Passeio nocturno de BTT em Quarteira

dezenas de ciclistas rodaram pelas ruas da cidade

Esta noite, 22 de Junho, realizou-se em Quarteira, organizado pelo Clube BTT Terra de Loulé. o terceiro passeio de BTT nocturno da temporada.

Dezenas de desportistas – novos e velhos, começaram a juntar-se, a partir das 21:30 horas, na Rua Vasco da Gama, em frente do Centro Autárquico para um circuito que começou na Rua Gago Coutinho e se espraiou pelas ruas circunvizinhas, numa noite quente e amena que culminaria com uma ceia breve, oferecida pela Junta de Freguesia de Quarteira.
Imagem: Passeio nocturno em Quarteira 2010 - foto de arquivo do Clube BTT Terra de Loulé

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os novos abutres já batem as asas

amal afirma-se pronta para assumir funções do governo civil

Primeiro Macário Correia, depois todos os membros sociais-democratas da Comunidade Intermunicipal (AMAL) e até alguns socialistas mais angustiados (de que António Eusébio foi rosto visível) já assumiram a sua disponibilidade para chamar a si competências do governo civil, caso este seja extinto.

Todas? Não! Dizem que isso é assunto a discutir…

Três personagens vêm, desde há muito defendendo esta «transferência»: aqueles que mais anseiam pelo poleiro da presidência de uma eventual regionalização: Macário Correia, Mendes Bota e Miguel Freitas.

Agora António Eusébio acaba por ser uma surpresa: logo ele que saltou de indignação quando se aventou a hipótese de que o concelho de São Brás venha a ser integrado no município de Faro, num quadro da exigida redução do número de autarquias!...

Macário vai ainda mais longe: não vê vantagem na medida, uma vez que «vivemos num país pequeno e a distância à capital é curta». Se é uma questão de distâncias, para quê, então, um governo regional? O que não falta por essa Europa fora são regiões com área superior a Portugal Continental…

Reflicta-se nisto. Particularmente os «incondicionais» da regionalização: Passos Coelho (como, antes, já anunciara Sócrates) assume a extinção dos governos civis como um desperdício a extinguir.

Outros, como Macário, Botas ou Freitas, apenas aspiram a ser o «alberto-joão» do Algarve.

Os novos abutres só aguardam que os velhos caiam para se lançarem sobre a presa…
Imagem: Foto do arquivo Wordpress

Assis quer «primárias» em todas as eleições

o candidato socialista apresentou a sua moção estratégica
Em declarações de ontem, em Faro, Francisco Assis revelou que, na sua moção de estratégia para as eleições à liderança do Partido Socialista, manifesta a sua intenção de que este seja o primeiro partido em Portugal a escolher os candidatos a primeiro-ministro, deputados e autarcas, em eleições primárias abertas à sociedade.

Francisco Assis propõe que os socialistas portugueses tenham como paradigma de escolha de candidatos o modelo norte-americano, sobretudo o dos Democratas.

Nas eleições primárias norte-americanas, todos os cidadãos, independentemente de estarem ou não filiados, podem registar-se em cada Estado para participar na escolha dos candidatos do seu partido de simpatia, incluindo a do candidato a presidente dos Estados Unidos.

Em Portugal, a escolha de candidatos dos partidos variam ligeiramente, de partido para partido. No caso do PS e do PSD, os militantes escolhem por voto directo os líderes do partido, os dirigentes concelhios e distritais, sendo os restantes órgãos eleitos por delegados.

Quanto aos candidatos às autarquias locais, os estatutos partidários determinam que deverão ser escolhidos pelas assembleias de militantes e atestados pelas estruturas imediatamente superiores, enquanto nas listas para o Parlamento, a última palavra é sempre do líder nacional.

Assis, agora que já entregou a sua moção, estará de novo em Faro no dia de São João para uma sessão de esclarecimento, na Escola de Hotelaria.

Veremos o que dirá amanhã, em Portimão, Seguro, o candidato apoiado pelo «aparelho», que também defende as directas, mas só entre militantes...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma mulher na presidência do Parlamento Português

“eu não venho aqui conformar nenhum lugar..."
A mais alta figura do protocolo de Estado a seguir ao Presidente da República, - um lugar estupidamente ambicionado até ontem, por um «bronco» - foi hoje eleita.

E a Assembleia da República não teve dúvidas: Maria da Assunção Andrade Esteves é, a partir de hoje, a presidente do Parlamento português.

Maria de Belém Roseira (também hoje eleita líder da bancada socialista) foi transparente: “vossa excelência foi a nossa primeira escolha».

Este Parlamento, onde as mulheres são minoritárias em todos os grandes grupos políticos, passou a ter, a presidi-lo, uma mulher – com aplauso de todas as bancadas, onde, surpreendentemente, os menos expressivos foram os votos sociais-democratas.

Ainda por cima, uma mulher de sorriso bonito, elegante e inteligente, com provas dadas no Parlamento, na vida pública, no Tribunal Constitucional.

Quem hoje viu e ouviu Assunção Esteves, trasmontana de Valpaços, terá ficado deliciado ao ouvi-la dizer, numa voz doce mas firme, que "verdadeiramente, os lugares são definidos pelas pessoas e não as pessoas pelos lugares."

Assunção acrescentou ainda: "Eu não venho aqui conformar nenhum lugar..."

Talvez assim seja, Assunção. Mas esse lugar, com certeza passará, a partir de hoje, a ser conformado por ti. Felicidades!

Imagem: Foto da Lusa

Governo tomou hoje posse

a sua primeira medida será (?) a extinção dos governos civis
Governo hoje empossado já não irá nomear novos governadores civis. Diz Passos Coelho que isso constituirá um sinal do “exemplo de rigor e de contenção do Estado”.

O Estado dará o exemplo de rigor e contenção para que haja recursos para os que mais necessitam; e o meu Governo será o líder desse exemplo, como de resto a decisão de não nomear novos governadores civis já sinaliza” – disse o primeiro-ministro na «oratória» da tomada de posse.

Percebemos.

Mas será o «ordenado» dos 18 governadores civis que vai constituir esse exemplo?

Já estamos a ver: as duas ou três dezenas de funcionários de cada Governo Civil vão ser despedidos?

Entregam-se as viaturas à GNR, para aumentar a eficácia do policiamento?

Oferecem-se os computadores e fotocopiadoras às escolas para gáudio de funcionários e alunos?

E as instalações? Vão ser vendidas? Transformadas em lares para idosos? Em cadeias? Entregues aos anteriores e legítimos proprietários? Ou, pura e simplesmente, abandonadas a «gangs», vândalos ou tóxicodependentes?

Está bem, pronto. Vamos esperar para ver se o Portas deixa de viajar de Falcon e residir na fortaleza de Oeiras. Vamos ver se, durante o Verão, os ministros de Passos Coelho não terão, sempre às sextas ou segundas-feiras, qualquer «tarefa imperiosa» para fazer… no Algarve. Vamos ver se vão ser postos a leilão uns submarinos quase tão famosos como o «amarelo» dos Beatles. Vamos ver se serão despedidos os generais, almirantes e contra-almirantes inúteis que enxameiam as Forças Armadas. Vamos ver se teremos, finalmente, uma Casa Civil do Presidente da República mais barata que a da família real inglesa.

Para já, uma certeza: o ordenado da Isislda Gomes deixará de ser paga pelo Estado, via Governo Civil de Faro e passará a ser paga… pelo Estado via Ministério da Educação; e o «pré» do Silva Gomes deixará de ser pago pelo Estado, via Governo Civil e passará a ser pago… pelo Estado, via GNR!...

Mas... Esperem lá: para «desnomear» os governadores civis, não tem de ser alterada a Constituição da República?!

Parece que aqui não se poupou grande coisa, pois não? Oxalá as próximas medidas de contenção de mostrem mais eficazes.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Escrever direito por linhas tortas

«por enquanto» ainda não é um ex-deputado…
Desde que foi convidado por Passos Coelho para deputado, Fernando Nobre tem sido objecto de fundadas críticas. Tanto mais que Passos Coelho cometeu a imprudência de o convidar para … presidente da Assembleia da República.

Infantilidade? Ignorância? Distracção? É que se havia coisas que o líder social-democrata não podia prometer, esta era uma delas; o presidente da AR é eleito pelos seus pares, por voto secreto, e nenhum deputado «em seu perfeito juízo» escolheria para esse cargo um indivíduo sem qualquer prática parlamentar, um indivíduo que classifica os partidos políticos como «ninho de víboras» e «covil de ladrões»; um indivíduo que se considerou apolítico e se propôs lutar «contra o sistema».

Depois de ter aceite o convite, quando percebeu que poderia não ser escolhido para ser a segunda figura do Estado, Nobre afirmou que, se não fosse eleito presidente da AR, não ficaria como deputado.

Toda a gente entrou em pânico; Passos Coelho à cabeça. E Nobre voltou com a palavra atrás, jurando, então, que cumpriria o mandato de deputado até ao fim.

A sua rejeição de hoje, em duas votações claras – algo que nunca acontecera nos 35 anos da AR - não foi provocada porque «as víboras» foram forçadas a isso, mas sim porque o «sistema» tem regras.

Agora que se viu forçado a retirar a candidatura, o homem disse que, se considerar que tal posição "defende os interesses do país", se vai manter como deputado "por enquanto".

Por enquanto, o médico da AMI «só» prejudicou a coligação que forma o Governo que amanhã será empossado e que assumiu, perante a «troika», o compromisso de «endireitar» o país.

Nobre encontrou uma excelente forma de "defender os interesses do país”!

domingo, 19 de junho de 2011

A "integridade e a decência política" dos líderes

o ps/algarve só elegerá um líder regional… mais tarde
Tenho assistido (divertido, confesso) às recentes peripécias do PS/Algarve.

Mas, como o Zé Carlos afirmou que eu tenho dois «ódios de estimação», sendo um deles o seu «amigo» Miguel Freitas, preferi manter-me de fora das discussões e assistir, num deslumbramento deleitoso, às tomadas de posição de que o Zé Carlos ia sendo intérprete, numa comprovação de que as minhas opiniões sobre o líder do PS/Algarve sempre estiveram certas - com ou sem «ódios de estimação».

Desta vez, as coisas estiveram feias para Miguel Freitas - contestado por mais de 80% dos seus pares, que exigiam aquilo que ele deveria ter feito sem que lhe fosse exigido, ou seja, a demissão.

Tudo isto contou o José Carlos que, no entanto, se coibiu de relatar o resto. E o resto não foi bonito. Mas esteve de acordo com os repulsivos processos epidémicos e a falta de ética que vai grassando por aí (no PS... mas não só).

Por proposta de Miguel Freitas, que acabou por ser aprovada por unanimidade, mostrando a sua capacidade embustiva, a comissão política do PS Algarve decidiu convocar um congresso extraordinário logo depois de ser eleito o novo secretário-geral do partido.

Disse Freitas que só não se demitia agora porque “o calendário de eleições na Federação do Algarve não era compatível com o tempo que se precisa para preparar as eleições autárquicas”.

Ah, e mais: disse que sempre actuou “com integridade, decência política e espírito de serviço”. Pois, pois!...

E acrescentou que "não se vai voltar a candidatar à federação” Veremos!

Mas como estamos habituados à “integridade, decência política” desta gente… esperemos para ver o que determinará o seu “espírito de serviço”.

Antologia Poética

idílio
Sinto que, ás vezes, choras, minha Irmã,
No teu sombrio quarto recolhida...
É que ele vem rompendo a sombra vã
Da Morte, e lhe aparece á luz da vida!

E aflita, como choras, minha Irmã...
Teu choro é tua voz emudecida,
Ante a imagem do Filho, essa Manhã
Em profunda saudade amanhecida.

Silencio! Não palpites, coração;
Nem canto de ave ou mística oração
Um tal idílio venham perturbar!

Deixai o Filho amado e a Mãe saudosa:
O Filho a rir, de face carinhosa,
E a Mãe, tão triste e pálida, a chorar...

Teixeira de Pascoaes, in 'Elegias'

sábado, 18 de junho de 2011

Está em risco a Comunidade Europeia?

ou será o euro que sucumbirá antes dela?
Desde que Jean Monet ou Konrad Adenauer visionaram que, governando em conjunto, seria possível evitar novos conflitos europeus como os que tinham originado as anteriores guerras, que a CEE foi acumulando erros sobre erros. Desde então e até agora, com mais ou menos «cabeçadas», com mais ou menos atraso, com mais ou menos equívocos, a Comunidade conseguiu ir encontrando soluções. Umas vezes jogando as causas para trás das costas, outras através de «troikas» rudes e violentas.

Chegámos agora a um momento em que o impasse está ali, ao virar da esquina: o o Euro chegou a um beco sem saída; as tentativas experimentadas para o tirar de lá não funcionam.

Uma união monetária que é gerida por uma instituição central não faz sentido e não poderá sobreviver se não for suportada por união orçamental.

Há ainda quem pense que o Euro poderá sobreviver se os países que já estão em queda: Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha… forem expulsos da «moeda única». Puro engano: já se percebeu a força dum efeito dominó que «comerá» uma economia após outra.

Por isso, entrámos no beco; e a parede do fundo do beco é conclusiva: ou a União Europeia se decide pelo federalismo ou… o Euro terá de desaparecer.

Mas, atenção: se, agora, o Euro tiver de desaparecer, todos perderão. E será preciso muitas décadas para a recuperação dos efeitos desta guerra, em que se não gastou uma só bala.

O copianço: a culpa é do Sócrates!

o corporativismo subjugou o estado de direito?
A notícia de que candidatos a magistrados foram apanhados a copiar num teste do Centro de Estudos Judiciários, provocou reacções indignadas.

O bastonário dos advogados, o Ministério Público e o Conselho Superior de Magistratura emitiram logo notas de protesto e indignação.

É bom verificar que, mesmo no seio do "sistema judicial", há ainda quem tenha capacidade de indignação. É bom verificar que o corporativismo não subjugou completamente o Estado de Direito.

Os cidadãos têm de ter confiança na Justiça e esta só a si própria pode restabelecer o prestígio perdido. A imagem de que os magistrados serão capazes de avaliar-se uns aos outros com a mesma severidade com que es+éramos que eles julguem os erros dos outros, poderá ser um sinal de tranquilidade para a sociedade.

Por isso, a condenação quase unânime do copianço dos magistrados foi acolhida como uma espécie de suspiro de alívio.

Mas… (por que há-de haver, num país de treta, sempre lugar a um «mas»?) a reacção do sindicato dos magistrados veio deitar água na fervura: A nota da agremiação afirma que a "descredibilização do actual modelo de formação, muito conveniente a algumas entidades", que "injustificadamente, mancha a honra de todos” é nada mais nada menos que da responsabilidade do "governo [ainda] em funções"…

Incrível? Pois é: repete-se o conto infantil do lobo que buscava um pretexto para comer o cordeiro e, por tal, responsabilizava o anho de lhe conspurcar a água do ribeiro; mas que, provado que o cordeiro nunca ali estivera, concluiu: “Pois se não foste tu, foi o teu pai” e, com dentada raivosa, devorou o bichinho.

Acreditem: para os senhores magistrados, a culpa de serem batoteiros… é do Sócrates!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Hastear da Bandeira Azul

durante o verão, haverá actividades de sensibilização ambiental
Na próxima segunda-feira, 20 de Junho, o executivo autárquico procederá à cerimónia de hastear da Bandeira Azul nas oito praias do Concelho de Loulé que irão receber este galardão na presente época balnear, começando às 9:30 horasw, na Quinta do Lago, donde seguirá para as restantes praias: Ancão, Garrão Nascente, Garrão Poente, Vale do Lobo, Loulé Velho, Quarteira e, finalmente, Vilamoura.

Durante os meses de Verão, decorrerão diversas actividades de sensibilização ambiental nestas oito praias: limpeza da praia, ateliês ambientais, difusão do Guia da Bandeira Azul, realização de jogos e passagem de audiovisuais ou tarefas de vigilância e manutenção da qualidade da praia.

Como anteriormente, o Centro Azul de Quarteira será o principal núcleo das acções.
Imagem: Foto de arquivo da CML

A golpada

tentar enganar os companheiros de jornada é mesquinho e vil
Uma vez mais será o «barlavento» quer nos virá trazer a «novidade»: Miguel Freitas estrebucha, estrebucha e tenta todas as «habilidades» para se manter à tona.

Esta noite vai reunir a comissão política do PS/Algarve, para apontar a porta da rua ao que ainda é o seu líder e há muito deveria ter deixado de o ser.

Pois de que havia de lembrar o nosso herói? De sair antes que lhe lançassem a humilhante intimação?

Não! Miguel Freitas recusa assumir a atitude que lhe permitiria sair com um mínimo de dignidade e vai tentar iludir os seus congéneres com a «oferta» de…uma proposta na qual se compromete a marcar eleições para a Federação em Setembro, depois do Congresso Nacional, que se vai realizar na primeira quinzena desse mês.

Mas Freitas continua a pensar que os outros são burros?!

É certo que ainda conta (ou julga poder contar) com meia dúzia de fiéis entre os 68 membros da comissão política federativa; sei lá: o Sérgio, a Susana, a Ana Linhares, o Galrito, a Ana, a Graça, o Maia… poucos mais. Mas os restantes estão fartos das suas manigâncias e, às claras ou em privado, só vêem um caminho: a sua demissão a bem ou a mal.

Vir agora com uma «oferta» de eleições para depois da eleição do novo líder só significa a fraca consideração que tem pela inteligência dos outros membros da comissão, e só vem dar razão aos que o querem ver pelas costas, porque sabem que a sua presença à frente dos socialistas algarvios só pode conduzir ao total desmoronamento da estrutura regional.

Freitas cuida que o futuro líder – que ele «elegeu» como seu guia espiritual no próprio dia da derrota – o poderá segurar no lugar. Só que nem todos os membros da comissão andam de olhos tapados…

Por isso, Miguel, por uma vez segue um conselho avisado, segue o teu caminho, segue o exemplo do líder que não soubeste ajudar.

Sai. Faz uma cura de nojo. E um dia, quando voltares, pode ser que os teus pecados estejam esquecidos. Olha que quem te avisa (e avisou)…

Governo de Passos Coelho tem 11 ministros

cds com: negócios estrangeiros, segurança social e agricultura
O próximo Governo foi hoje anunciado por Passos Coelho, que tinha antecipado que entregaria dois ou três lugares ao CDS. Foi o que aconteceu.

O líder do PSD dissera, durante a campanha eleitoral, que o seu executivo teria apenas dez ministérios, mas as negociações com Portas tê-lo-ão «obrigado»» a acrescentar mais uma pasta.

Mesmo assim o Governo de Coelho terá menos cinco pastas que a última equipa de José Sócrates (as pastas da Cultura e da Presidência desaparecem; as Obras Públicas, Transportes e Comunicações são absorvidas pela Economia; o Ambiente funde-se com a Agricultura; e o Ensino Superior passa para a pasta da Educação).

Esta é a equipa que será apresentada ao Parlamento na 2ª feira para que o Govermo possa ser empossado no dia seguinte: Ministro de Estado e das Finanças – Vítor Gaspar
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros – Paulo Portas
Ministro da Defesa Nacional – José Pedro Aguiar Branco
Ministro da Administração Interna – Miguel Macedo
Ministra da Justiça – Paula Teixeira da Cruz
Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares – Miguel Relvas
Ministro da Economia e do Emprego – Álvaro Santos Pereira
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e O. do Território – Assunção Cristas
Ministro da Saúde – Paulo Macedo
Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência – Nuno Crato
Ministro da Solidariedade e da Segurança Social – Pedro Mota Soares
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros – Luís Marques Guedes
Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro – Carlos Moedas
Secretário de Estado da Cultura – Francisco José Viegas.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Freitas sem condições para liderar o PS / Algarve

e deve ser empurrado para a demissão, na comissão política
Que há muito tempo entendo que Miguel Freitas não reúne condições para liderar o Partido Socialista no Algarve, não é novidade alguma para ninguém.

Ao próprio, tive oportunidade de afirmar pessoalmente que, ao contrário, era minha opinião que a sua presença como líder regional só tem prejudicado o partido - particularmente depois da humilhante derrota na região, nas eleições para o Parlamento Europeu – pelo que entendia que era altura de ele se retirar.

Mas, no entanto, insistiu e voltou a persistir em concorrer a presidente da Federação – um direito seu; como seu é o direito de não escutar ou ponderar as razões dos que não pensam como ele.

Já em Outubro de 2009, na sequência do desastre eleitoral autárquico, o «The best of Lagos» perguntava: “Qual a razão objectiva para Miguel Freitas ainda não se ter demitido?"

E ainda no passado dia 10 de Junho, neste mesmo sítio, voltei a evocar a atenção para a sua posição de «fragilidade» à frente da Federação do Algarve.

Em reforço da minha ideia, chamei à colação a opinião de Hélder Nunes que, mesmo junto do PS/Algarve, tem sido considerado muito próximo do Partido Socialista e do próprio Miguel Freitas e que, no «barlavento», o jornal que dirige, escreveu, preto no branco: “Miguel Freitas não tem condições políticas para liderar o PS Algarve”.

De nada serviu. Freitas assobiou para o lado, fingiu que ele e os líderes concelhios que o seguem nada tiveram que ver com a vexatória derrota dos socialistas que, no Algarve tomou a forma mais humilhante de todo o território continental e, numa atitude quase abjecta, correu a «colar-se» ao candidato que, de momento, parece reunir melhores condições para ocupar o lugar de José Sócrates, na liderança do partido.

Freitas não entendeu a grandeza do gesto de Sócrates. Preferiu tentar a sobrevivência política e a defesa dos seus projectos pessoais.

É lá com ele. Os homens têm o tamanho que a sua dimensão ética merece.

Mas a notícia caiu hoje, como uma bomba; e, uma vez mais, pela pena do «socialista» Hélder Nunes:

“ […] os presidentes de câmara socialistas vão realizar um encontro antes da Comissão Política para traçarem uma estratégica, que consta essencialmente em demonstrar que o partido necessita de se renovar e dar uma nova moralização à política".

E, num rasgo da sua habitual frontalidade, insiste: “Miguel Freitas será empurrado para a demissão na Comissão Política […porque este] não dá sinais de querer demitir-se”.

Diz Hélder Nunes que “os presidentes de câmara estão preocupados com o futuro do partido a nível regional e, muito provavelmente, vão empurrar Miguel Freitas para a demissão”.

Eu quero acreditar que, desta vez, finalmente, Freitas perceberá que o PS é mais importante que ele e assuma a posição de dignidade que a situação exige, seguindo o nobre exemplo de Sócrates.

Já agora, que os seus «pequenos» seguidores em todos os concelhos da região tenham a atitude de lucidez ética e moral de saírem pelos seus próprios pés, percebendo, de uma vez por todas, que as derrotas em eleições não são de apenas um homem; mas que castigam, também, a mediocridade daqueles que, «no terreno», têm a responsabilidade de preparar, planificar e executar as acções que conduzam a vitórias.