para obter uma nova maioria absoluta
Com o Centro Cultural de Belém como cenário, Sócrates apresentou hoje, com um ar confiante e decidido, a sua moção estratégica ao XIV Congresso do Partido Socialista.
Perante uma plateia de três centenas de pessoas expectantes, o líder socialista falou da crise, das estratégias eleitorais, prometeu reforçar os direitos dos imigrantes, defender o casamento civil de homossexuais e voltar a referendar a regionalização, referindo que o PS é "pelas regiões administrativas, porque considera que elas são um instrumento de desenvolvimento territorial e coesão nacional".
Lembrando que é a terceira vez que se candidata à liderança do PS, o líder começou por lembrar: "Esse é o meu dever. Nunca virei as costas à responsabilidade. Não sou daqueles que apenas estão disponíveis quando os ventos estão de feição".
Sobre a crise lembrou que “esta crise não pode ser resolvida recorrendo aos princípios, às práticas e às políticas que a provocaram. Nada deve ficar como dantes. É preciso responder com mais regulação e com a firme defesa do interesse público. A alternativa está, pois, na esquerda democrática”.
Como prioridade imediata, Sócrates elege combater a crise económica, proteger o emprego, apoiar as famílias; e define: “uma tarefa: reforçar a regulação dos mercados financeiros; uma atitude: responsabilidade”.
Sócrates lembrou ainda que “perante um quadro de acentuadas dificuldades, fruto da crise financeira e internacional que o Mundo atravessa, os portugueses, mais uma vez, voltam-se para o PS porque sabem que só o PS tem a credibilidade, a capacidade e a coragem para definir o caminho certo, prosseguir o rumo e vencer esta situação”.
Para tal, a proposta política do PS deve assentar em torno de 4 eixos fundamentais: responsabilidade, modernização, igualdade e democracia.
E, enquanto muitos de nós colávamos o ouvido às notícias vindas das Caldas da Rainha, onde o líder do CDS piscava o olho a um acordo capaz de viabilizar um eventual governo minoritário, Sócrates era peremptório: “O objectivo político do PS nas próximas eleições legislativas é só um: ganhar, para servir o País. Pediremos aos portugueses, com clareza, uma maioria absoluta e lutaremos com toda a energia para a alcançar de novo. Por isso, e porque o PS acredita na possibilidade real de obter uma nova maioria absoluta, recusaremos todas as especulações sobre quaisquer outros cenários pós eleitorais, que só enfraquecem as condições para alcançar essa nova maioria”.
Porque, conforme o texto da moção, que pode ler, na íntegra, aqui,
“O PS é, em Portugal, a Força da Mudança. E sendo-o, é também, para os portugueses, a Força da Esperança”