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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ponto final

o meu adeus
Na passada quarta-feira quis pôr este ponto final. Já não pude: quando dei por mim, o computador tinha sido desligado e metido numa caixa, num camião.

Quem passa por experiências de mudanças sabe que é assim… durante dias, não sabemos das nossas coisas. E nem, nos apetece saber.

Sentimos que os nossos tarecos estão a ser violados por mãos estranhas e, assim, a nossa vida fica a nu, como a nu fica a casa que durante tanto tempo foi o nosso castelo.

Tudo me traz agora recordações e a melancolia mergulha-me como num banho de óleo. Esta casa não é minha. Não me apetece que seja minha. As pessoas que encontro na pastelaria não são os companheiros e amigos da bica na marina. São gente que nada me diz. Nem sei se será gente ou autómatos. Nem me interessa.

As condições de vida que me criaram (e para a qual posso garantir que jamais contribuí) levaram-me a esta «solução final». Que fazer? Nada. O país entregou há décadas os nossos destinos a incompetentes. E cada incompetente é sempre substituído por um mais incompetente ainda.

Vamos ver se comigo acontecerá como reza a lenda de Camões, que teria dito, no leito em que agonizava: “ao menos, morro com a Pátria” (porque, não tenhamos dúvidas: esta vai morrer, entregue pelo seu carrasco decisivo, Passos Coelho, aos algozes do capital que baptizaram de Troika).

Só me resta uma consolação: é que mesmo apossando-se do poder da Europa, nem desta vez os alemães a conseguiram conquistar e dominar.

Mas deixemos essas coisas da política e da porcaria de governos que temos escolhido, e que, uma vez aflitos, tomam como alvo, os pobres e a dita classe média. Que um raio os parta!

Este blogue não podia ter acabado sem que me fosse dada a possibilidade de nele deixar a minha última palavra. Que é mais que uma palavra de saudade. É uma palavra que começa por ser de agradecimento. Aos meus companheiros de labuta neste 'Calçadão', que sacrificaram horas e horas do seu próprio descanso para que as novidades pudessem chegar aos nossos leitores, muitas vezes antes de chegarem às redacções dos jornais. Às suas famílias e à minha, porque souberam compreender que tentávamos prestar um serviço público gratuito. Obrigado, Ana. Obrigado . Obrigado Rui.

Obrigado.

Outro agradecimento vais para os nossos leitores (uma média de 355 diários), alguns deles a acompanhar-nos desde a primeira hora, certinhos como um relógio antigo. Também eles nos ajudaram muito, mandando-nos informações para que pudéssemos melhorar a nossa prestação, ou enviando-nos o seu estímulo.
Aos nossos colegas «bloguistas» também vai dirigido o nosso obrigado, pelo carinho, apoio e colaboração.

Jamais esqueceremos o «Mas certamente que sim», o «Fata Morgana», o «MAC Loulé», o «Margens de Erro», o «Cachimbo de Magritte», o «Praça da Republica» e outros cujo nome agora não me ocorre.
Também temos um lote de desculpas a apresentar: primeiro, aos nossos leitores fieis, a quem «fugimos» sem dar cavaco»; depois, aos muitos que nos enviavam correio electrónico e a quem não pudemos responder, por falta de tempo ou por preguiça.

Àqueles que «atacámos», a esses não vamos pedir desculpas. Fomos sempre directos e verdadeiros. A quem assentava a carapuça… ficou muito bem assente.

Desculpas também aos meus concidadãos Rogério e Zé Soares, ao arquitecto João Pedroso, ao inspector Eduardo Geraldo, à Rosália, ao professor Catarino, os quais, sem quaisquer culpas no cartório, se viram, por vezes incomodados, como sabemos, confundidos com os autores do blogue e acusados de serem «atiradores de farpas».

Desculpas ainda para o concelho de Loulé, para a cidade de Quarteira e para todos os Quarteirenses, a quem agora abandonamos à imprensa local (?) atenta, veneradora e obrigada ao poder constituído.
Mas, perdoem: as últimas e definitivas palavras vão direitinhas para a minha equipa. Eles conseguiram a proeza de me «molharem os olhos» com os seus últimos posts.

Bem hajam, amigos.

Adorei trabalhar convosco; guardo-vos no coração, naquele cantinho mais reservado. Onde só cabem os bons.

Até sempre!


5 comentários:

M. Lança disse...

Quarteira ficou a perder. Paciencia o Sr Lourednço fez o que pudia e Quarteira ficou mais enobrecida e devia-lhe estar grata a esta equipa.
Sorte para vocès.

Quarteirense Puro disse...

Não era um blog qualquer mas sim um lugar de informação que interessava aos habitantes do concelho de Loulé sobretudo.

Foi uma perda para o concelho o encerramento desse blog de Quarteira.

Espero que alguém lhes tome o exemplo e siga agora esse trabalho.

J.M.V. disse...

É uma pena!!!
A morte dum bom blog fdeixa a gente mais pobres a nível de informação.
O Calçadão deixa muitas saudades.
Um blog como este deveria ser substituído por outro.
Haja interessados e entusiastas.

E.G. disse...

Isso não me preocupou, meu caro Lourenço. Ao contrário, envaideceu-me que outros pensassem que eu seria capaz de fazer um blog com esse nível.
Como outros aqui deixaram expresso, também fiquei com pena deste final.
Mas nada se pode fazer quando andamos todos rodeados de mediocridade e incapacidade.
Agora foi o Lourenço a vítima de incompetência de um Governo que para sair da crise só encontra o caminho de taxar os que menos podem.
Que seja feliz, Lourenço.
Aqui, a sua saída também terá deixado felizes alguns inúteie balofos como esses fulanos do PS, sobretudo o seu «patrão» Faria , ou os autarcas PSD, sem soluções, que por cá temos.
Um abraço para si e obrigado pelo serviço que prestou ao Algarve, a Loulé e, sobretudo, a Quarteira.
Era difícil fazer melhor.
Um abraço, extensivo ao resto da sua (ex) equipa.

E.G.

Anónimo disse...

Nunca mais acabamos de assistir a cenas VERGONHOSAS tais como esta colocação "FORÇADA" na EB de ALMANCIL da filha dum Vereador da CÂMARA MUNICIPAL de LOULÉ que supostamente tentou comprar todos os exemplares da Edição do CM de 15-09-2011 nos quiosques da cidade para abafar o caso ocorrido á 15 dias atrás, com a suposta conivência do Director da dita Escola; aliás não é a 1ª vez que este Senhor,(que não perde tempo a aviar-se enquanta dura o reino do "SERUKISTÃO")faz tropelias, á 2 anos atrás "FORÇOU" a admissão de um sobrinho nas PISCINAS Municipais "atropelando" funcionários com vários anos de serviço que foram perteridos nas célebres entrevistas que mesmo que os candidatos obtenham avaliação máxima nas restantes provas esta "conversinha" nas entrevista é que determina a admissão