no congresso que sócrates venceu em toda a linha
No encerramento do congresso do PS, duas medidas na área da educação foram as únicas novidades: concretizar a cobertura absoluta da educação pré-escolar em Portugal e a institucionalização de bolsas de estudo para os jovens dos 15 aos18 anos, como complemento ao abono de família, e tendo como objectivo primeiro a obrigatoriedade dos 12 anos de escolaridade.
Durante a noite, o slogan «A Força da Mudança fora substituído por «Vencer 2009»; as mesas dos congressistas deram lugar a um semicírculo e, ao contrário de ontem, os congressistas estavam lá todos, atentos, entusiastas.
Claro que Sócrates não poderia deixar passar a oportunidade do discurso de encerramento sem os naturais ataques à oposição, mais concretamente, a Manuela Ferreira Leite: “Bem sei que há quem tenha perguntado se não seria melhor a democracia ficar suspensa seis meses” – disse; e concluiu, afirmando que, para o PS, a democracia existe todos os dias e “não tira férias nem tira folgas”.
Em termos de estratégia política relativamente às próximas legislativas, em que afirmou a determinação de alcançar de novo a maioria, o secretário geral dos socialistas anunciou a construção de uma plataforma eleitoral aberta a independentes, que será alternativa à governação das forças políticas que governaram no passado e “falharam”.
Finalmente, os resultados: a lista de José Sócrates à comissão nacional recolheu 1131 votos (89 por cento), deixando a larga distância a lista de António Fonseca Ferreira, que recolheu apenas 139 votos (menos de 10 por cento); e a moção de José Sócrates “PS: A Força da Mudança” venceu com 1094 votos a favor, apenas um contra e 13 abstenções.
Bom, chegou ao fim o XVI Congresso do PS. «Responsabilidade, modernização, democracia e igualdade» desenham agora a agenda política para este ano eleitoral. E Sócrates avisou que «ninguém pense que o PS vai desviar-se um milímetro que seja da sua agenda por questões eleitorais».