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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quando a cobardia se mascara de cidadania

dá para incendiar os pórticos das portagens


Há dias, alguém entendeu que a minha personalidade é vácua ou tem um défice de cidadania.

Não tenho, nem quero ter o monopólio da cidadania. Mas nessa minha pouca cidadania guardo o respeito pelo bem público. Porque o bem público é o meu, o seu, o do senhor que criticava a minha deficiente cidadania.

É o meu dinheiro, o seu e o do senhor que criticou a minha cidadania que paga, pagou e pagará esse «bem público».

Esta noite, acobertados na cobardia da madrugada, arrombaram e incendiaram as centrais de alimentação e os sistemas de segurança dos pórticos de Boliqueime, Loulé e Olhão que, quer queiramos quer não, servirão para cobrar as portagens que nenhum de nós terá prazer em pagar.

Será esta a cidadania que defende o tal senhor que criticava o meu défice de cidadania?

8 comentários:

Anónimo disse...

Caro Rui,

Há situações na vida em que a desobediência civil é o único acto de cidadania que resta. Nenhum governo, nem nenhum sistema tem o monopólio da cidadania há margem dos interesses das suas populações. Foi assim com os militares que fizeram a revolução de Abril, ou com os manifestantes na Tunísia, no Egito e na Líbia. Estarei enganado? Haveria Abril sem os capitães de Abril? Se os aliados não decidissem fazer a guerra Hitler teria sido parado?

João Martins

Anónimo disse...

Pois, enfrentar as pessoas é mais difícil do que arrombar as portas de cabines vazias....

Anónimo disse...

É por queimarem os pórticos que vão impedir que pagemos as portagens? Que anedotas!
Ah... um dos heróis eu sei quem foi....

Anónimo disse...

É engraçado como esse anónimo fala em enfrentar as pessoas sem sequer ter a coragem de se identificar num mero comentário de blogue. O que não tem faltado neste caso das portagens é gente a enfrentar as pessoas. Mas a paciência tem limites quando a democracia se transforma numa cleptocracia. Então aquilo que é corajoso é "suspender" as portagens em vésperas de eleições? É por haver muita gente anémica por esse Algarve fora que o Algarve tem sido tratado como uma colónia de férias nos últimos anos pelos nossos governantes. Quarenta e oito anos ditadura, de miséria, de analfabetismo e de pobreza embalsemou um povo.Depois dá nisto. É óbvio que os métodos são reprováveis. Mas às vezes é o que resta de dignidade.

João Martins

Anónimo disse...

Fogo t/b àladrogem que nos pôs na p
penúria. maria.

Mário disse...

Já agora, ó Rui, porque não respondes a esse Martins a perguntar-lhe se concorda em incendiar as bombas de gasolina num ato de desobediencia civil já que eles não baixam o preço.
Desobediencia civil por desobediencia civil vamos puxar fôgo aos carros que estão estacionados nas ruas porque não há emprego para os gerações da rasca!
Parece que é o único ato de cidadania que nos resta.
Até logo, meu caro!

Anónimo disse...

Concordo com tudo o que disse o João Martins, As bombas de Gasolina não deviam ser queimadas, mas os donos e administradores da Galp, e BP deviam,e com mais uma mão cheia de corruptos deste país.

Anónimo disse...

Olá CM !!!!! Ainda tens a caixa de fósforos????