o livro de felícia cabrita que marcelo recusou prefaciar
Estava intrigada: pouco tempo depois de Passos Coelho ter feito editar “sob a orientação de Francisco José Viegas”, o livro «Mudar» - um instrumento que usou para chegar à liderança do PSD, um livrinho cheio de lugares comuns e vulgaridades onde, em vez de tratar duma eventual mudança para vencer a crise e mudar de vida, se resume à histórica de vida de Passos Coelho -, aparece agora uma biografia do mesmo sujeito.
Só que agora, em vez de ser um livro feito “sob a orientação de Francisco José Viegas”, trata-se de um «libreto» de Felícia Cabrita, uma jornalista (?) da nossa terra, laureada como cidadã de mérito do município de Loulé, numa época em que Vítor Aleixo já quase tinha de catar o lixo para encontrar nomes a quem atribuir a medalhinha.
Entre merceeiros de Almancil e cozinheiros de Loulé, lá descortinou o nome de Felícia, cuja obra-prima de então se resumia à história de um tal «capitão Robim», um vigarista de cartola, que coleccionava viúvas levando-lhes os cheques e deixando-lhes lágrimas.
Pois a «nossa» Felícia é agora, no dizer da própria, autora desta “hagiografia” do “homem invulgar” que é Passos Coelho.
Compungidamente, temos de confessar que desconhecíamos que Passos Coelho estava no caminho da beatificação e também que Felícia já deixou de ser uma jornalista que se dizia «de investigação» do tipo entre o «jornal do crime» e a «imprensa cor de rosa», para se transmudar em biógrafa de santos e mártires com lugar marcado à mão direita de Deus-pai todo poderoso.
Posso ser suspeita se disser que o livrito sobre o homem que “vive num apartamento de Massamá” não vale o papel onde foi impresso, tão vulgar é a escrita como a história desse “homem invulgar” que se ocupa da lida da casa antes de a cara-metade chegar, e cujas “caniches, companheiras de muitos anos, aconchegam-se-lhe mal se senta em frente à lareira ainda sem brasas e escutam-no como se nenhuma das suas palavras fosse desperdício".
Não sei como o Pedro desperdiça as suas palavras com as cadelas, nem quem irá acender a lareira; mas não será Passos Coelho, porque este estará, com certeza, envolto nos altos desígnios hagiológicos que lhe indicarão - diz Felícia – os ditames para a "volta a dar ao país se o vier a governar".
A sofrível «hagiografia» de Felícia é de tal calibre que o professor Marcelo se recusou a prefaciar aquelas 180 páginas que, por quase 20 euros, se destinam a dar a “conhecer em quem é que votamos".
Se não fosse a Felícia seria impossível, com certeza, conhecer as doces qualidades do polí-tico que ela espera, "no mínimo, que ele consiga manter o capital que conseguiu até hoje".
A (ex)-jornalista (é?) nem sequer se deu ao trabalho de disfarçar alguma distância, tão preo-cupada esteve em mostrar a personagem que ela entende que corresponde à realidade.
Vai ficando bem governado, o eventual primeiro-ministro: tem, dentro do partido, os seus «his master voice» Relvas e Macedo; tem nas suas atentíssimas cadelas caniche quem lhe escute os segredos de Estado; e em Felícia, uma biógrafa – melhor, hagiógrafa – oficial e assessora de imprensa, atenta, veneradora e obrigada.
Se Felícia não é capaz de fazer melhor, deve recomeçar à procura de um novo «capitão Robim» avantajado e xiquesperto.
Passos Coelho certamente agradeceria.
11 comentários:
E entra o Miguel Relvas e o Macedo ?
Mais dois personagens desta história trágico-comica!
A Cabrita tá crescendo. Já é cabrona!
Mas ela não dizia que esse Robim só lhe queria mostrar........ o equipamento??????????
Agora esta tem de arranjar uns centimos para ajudar a pagar a indeminização que tem de paGAR POR CAUSA DAS MALUQUICES QUE ESCREVEU da FACE ÓCULTA
E é uma "cabrona" daqui perto da Marginal, há-de querer um tacho como os outros lambe botas.
os oportunistas aparecem em toda a parte e não há só boys, há também girls
e cada vez mais
De facto que sentido tem, além da propaganda, escrever uma biografia de quem, para além de líder da JSD, não se conhece nada de relevante que tenha feito. E a avaliar pelo andar da carruagem parece que não vai longe como politico. Temos uma versão de Sócrates, talvez para pior. Oxalá me engane. Quanto à nossa conterrânea Feíicia Cabrita, que tem os seus méritos, parece-me que neste caso apostou no assunto errado. A não ser que já lhe esteja prometido o lugar de assessora de impressa num hipotético governo Passos Coelho/Marquito António.
Isso de jornalista do jornal do crime está muito boa!
Mas o Ruela não precisa de pessoal
Quanto é que a F.Crabrita tem de pagar por causa da FACE OCULTA, diga lá anónimo. Eu nao sabia disso
Bem visto, Ama Maria!
O que vale a trpa dessas é que sabem lá o que é hagiografia ehehehehe
Ela nunca disse se viu os argumentos do Robim mas parece que o vizitou na cadeia....
Se o livro é igual ao Mudar que saiu à meses, ficamos bem servidos, sim senhor. O papel é bom e o que lá está escrito é o mesmo que nada.
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