Isto significa que há na Comissão uma preocupação sobre a forma como a oposição vai sinalizar o seu aval ao programa e conhece-se a intolerância dos governos dos países do euro que, em 16 de Maio, vão ter de assinar o cheque no Eurogrupo.
Ora é neste cenário que ontem Passos Coelho afirmava que poderia formar um governo com o PS mas nunca com Sócrates e, a seguir, já afirmava que dialogaria com toda a gente, no momento preciso em que Aguiar Branco proclamava claramente que “o principal obstáculo à possibilidade de haver consensos é Sócrates".
Por outro lado, o ainda primeiro ministro, na apresentação do programa eleitoral do PS, acusava a agenda do PSD de, além "de obscura", se caracterizar pela "leviandade, imaturidade e impreparação".
E, enquanto os sociais democratas reclamavam porque na apresentação do programa, Sócrates não revelou ainda os "dados sobre as contas públicas", este protestava porque aqueles, “a um mês da data das eleições, continuam sem apresentar o seu programa. Foram rápidos em destruir, mas são lentos a propor e a construir”.
Perante estas birras infantis, será que os "intolerantes governos" dos países do euro vão mesmo arriscar o empréstimo dos oitenta mil milhões de que precisamos para continuar a viver?
4 comentários:
Dá-lhe !
Deviam de fechar esses dois gajos numa sala sem luz nem janelas e deitarem a chave fora.
Eu se fosse Finlandesa também não queria emprestar dinheiro a gente desta! Não merecemos ser ajudados.
O FMI pode emprestar o que quizer. Ou perdoam tudo e começa-se de novo ou não vão apanhar nem um testanito!
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