ou só nos interessa retirar o êxito aos nossos vizinhos?
Um dos grandes problemas do Algarve e do seu turismo é que poucos procuram inovar e todos se querem copiar:
- o concelho N faz um festival de folclore e tem tido êxito? Aí está: vamos fazer também um festival de folclore;
- o concelho X tem uma feira da serra e parece que dá resultado? Bem, façamos também uma feira da serra…
- o concelho Y organiza marchas populares e parece que resulta? Bem, façamos também um desfile de marchas!
- concelho Z tem uma feira de velharias e parece que é bem frequentada? Bom, então vamos também fazer uma feira de velharias…
E assim, retirando a originalidade aos outros, não fazendo senão roubar ideias e êxito uns aos outros, vão-se arremedando, copiando, num festival canibalesco.
E fazem-se festivaizinhos de folclore, feirinhas de serra sem gracinha nenhuma, imitações de marchas sem qualquer originalidade, feiras de velharias sem sal nem piada…
Somos assim: por preguiça, não inovamos; por falta de ideias, não empreendemos; por inveja e estupidez, devoramo-nos uns aos outros!
Mas as ideias que copiamos são todas boas? E isso que interessa? Outros pensaram por nós e criam o know-how.
As ideias boas, as que deveriam ser copiadas porque não são autofágicas, essas ficam muitas vezes ou quase sempre de lado…
Veja-se o exemplo da ideia (que só é inédita no nosso país) da Câmara de Vila Real de Santo António que, numa parceria, criou o serviço de «Taxi parking», que funciona desde15 de Julho até 31 de Agosto, 24 horas por dia.
O «Taxi parking» consiste num serviço de estacionamento com recolha e entrega de passageiros nos seus hotéis ou residências, com um custo fixo, mediante o qual, através de uma chamada telefónica, o utente tem a possibilidade de ser levado ao seu hotel ou residência e de voltar novamente ao seu veículo, sem qualquer custo adicional.
Pretende conseguir-se, com isto, facilitar e organizar o trânsito que, nesta altura do ano, se torna mais complicado, devido à grande afluência de turistas.
Podia ser uma boa medida, não? Sem fazer concorrência (sem prejudicar) aos nossos «irmãos» e aportando um pouco mais de qualidade à nossa oferta turística.
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