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sábado, 23 de junho de 2007

BOMBEIROS EM QUARTEIRA? É VERDADE?

PARA BOM ENTENDEDOR...

... uma situação exemplar
Parte 1

Estamos lembrados? Aqui há uns meses, mais precisamente, em Setembro do ano passado, os presidentes da Câmara de Loulé e da Junta de Quarteira exultavam: “os Bombeiros voltaram para Quarteira!”.
Em comunicado, a câmara anunciava mesmo que, para tal, tinha sido necessário proceder a obras de remodelação do espaço "adaptando-o à funcionalidade e às novas necessidades dos serviços dos bombeiros".
Com aquele "os bombeiros voltaram para Quarteira" queriam os autarcas dizer, que os dois (?!) carros que estavam no quartel de Vilamoura tinham voltado para as antigas instalações, ali na confluência da Rua do Nascente com a Rua dos Bombeiros. Isso mesmo! Quarteira estava - no entender das duas autarquias – de parabéns.

Desde sempre estranhámos o silêncio cúmplice dos Quarteirenses, das associações e dos restantes autarcas. Estava bem à vista:
Aqueles escassos recursos não passavam de um arremedo de segurança.


Parte 2
Dia 22 de Junho de 2007, 16.30 horas, aproximadamente: uma dúzia de cidadãos, de nariz no ar, via subir grossas colunas de fumo denso do andar mais elevado de um prédio na Rua Manuel Faria, paralela às avenidas Infante de Sagres e Sá Carneiro, mesmo por detrás do restaurante Dallas.
Que já tinham sido alertados os Bombeiros. Disseram.
Com efeito, uns dez a quinze minutos depois, ouviu-se uma sirene.
Mas… aquele carro de Bombeiros, praticamente desprovido de recursos, serviria para quê? Havia vítimas? Não. Ainda bem! Mas então, aquilo não serviria de grande ajuda. A ambulância não serviria para nada. Graças a Deus.


Parte 3

Alertada, a GNR tentava disciplinar os mirones que se aproximavam do local, cada vez em maior número, inconscientes das consequências se, por exemplo, se registassem eventuais explosões de garrafas de gás.
Entretanto, meia dúzia de Bombeiros pareciam indecisos sobre o que fazer e, apesar de ser evidente que havia inquilinos noutras fracções do prédio, os “soldados da paz” ensaiavam montar uma escada para subir… ao primeiro andar, apesar de o sinistro se realizar no mais alto dos quatro pisos do prédio, enquanto outros estendiam uma mangueira na calçada.
Nessa altura, era evidente que naquele apartamento já nada haveria para salvar. Nem bens, nem gente se, por infelicidade, lá estivesse alguém.
Restava evitar que o fogo alastrasse aos apartamentos vizinhos.


Parte 4

Finalmente – e já passava um bom bocado das 17 horas – lá se ouviram as sirenes salvadoras.
A chegarem de Loulé, onde, com efeito, existe um verdadeiro Quartel de Bombeiros, adaptado "à funcionalidade e às novas necessidades dos serviços dos bombeiros".
O apartamento estava reduzido a cinzas.

Moral da história

Afinal, os Bombeiros “já voltaram para Quarteira”? Ou “aquilo” são "os serviços de bombeiros" que, no entender dos nossos autarcas, Quarteira merece?
Deus nos livre de um desastre de dimensões dramáticas. .