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- desde o dia 14 de Junho de 2007

segunda-feira, 25 de junho de 2007

LÁ VAI A MARCHA

alguns vale a pena ver... outros... governam-se
Lá estive outra vez no “calçadão” para ver as marchas.

Isso não quer dizer que as tenha visto, é claro. Desde que alguém teve a “inteligente ideia” de que as marchas desfilem apenas nas áreas que deveriam ser unicamente destinadas à exibição das “marcações”, só alguns privilegiados as conseguem realmente ver.

Para isso, é necessário ir antes (e às vezes bem antes) das oito da tarde, para poder conquistar o direito a assilhar o rabiosque numa cadeira das bancadas – coisa a que só as famílias dos marchantes se dispõem de bom grado. Aos outros, resta-nos lutar por um sitiozinho por onde se possa esticar o pescoço… e rezar para que não venha uma “torre” qualquer enfiar-se à nossa frente.

Já não bastava o espectáculo das marchas populares voltar costas à cidade; de há uns anos para cá, decidiu também voltá-las à marginal de Quarteira.
É pena!

Não se percebe a razão por que os responsáveis (Apromar?) decidiram que assim fosse. O certo é que o que era um espectáculo para todos, se transformou numa exibição para algumas centenas. Os outros, com sorte, podem ainda ver o topo dos arcos a passearem-se por cima da cabeça dos que se acotovelam pelos lugares da frente.

É essa a filosofia de um espectáculo “popular”? Se não é, por que razão continuam a chamar-lhes “marchas populares”?
É que assim… nem servem o povo, nem o turismo.
Marchas - Primeira observação extra

Se a “marcha popular” da Fundação António Aleixo me pareceu deslocada naquele evento por, na minha opinião, se desviar da sua filosofia e por terminar em horas impróprias para as crianças duma sociedade civilizada, mais impressionado fiquei com a ausência do sentido educativo da escolha do tema.

Efectivamente, seleccionar (no âmbito de uma História de Portugal tão rica) o drama de Pedro e Inês para uma performação infantil, afigura-se de uma falta de sentido pedagógico total e absoluto.

Marchas - Segunda observação extra

Dizem-nos que cada um dos grupos participantes terá recebido uma verba de dez mil euros (dois mil contos, para ajudar a fazer cálculos). Ao que consta, ninguém fiscaliza as contas… Mas não deviam fiscalizar?

É que, se muitas equipas marchantes se apresentaram ricamente ajaezadas, a justificarem o subsídio, custa entender como outras exibiram tão modestos equipamentos, mesmo que tenham procurado recordar as histórias muçulmanas das Mil e Uma Noites…
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