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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os Vira-casacas Algarvios

onde se fala de cores, coluna vertebral, jobs e de auto-estradas
É costume e todos lhe conhecemos os contornos: de cada vez que há mudanças no poder, logo surgem, como cogumelos, as mudanças de opinião. Muitas vezes, essas mudanças são lentas e graduais; outras vezes são drásticas e repentinas, mal se percebe que as coisas estão prestes a mudar.

O «Zé-pagode» conhece os figurões e, desde os tempos da Tomada da Bastilha, crismou-os de «vira.casacas». São os que navegam à bolina, desprezando os valores éticos, morais, políticos e culturais.

Quase sempre são os mesmos que, até então, bajulavam e aplaudiam o poder, aqueles que «descobrem», de um momento para o outro, que andavam enganados e correm a aplaudir o novo poder. Representam eles o pior extracto da sociedade.

Para eles, contam apenas as «regras» que lhes viabilizam vantagens pessoais. Não lhes importam os meios - o que não significa que não saibam que são atitudes reprováveis. Mas o que lhes sobra em esperteza, falta-lhes em verticalidade na coluna vertebral.

São os mesmos que correm a rodear os «novos senhores», satisfazendo-lhes o ego e o narcisismo. Aconteceu há meses à volta de Passos Coelho, como aconteceu agora com António Seguro.

Mas ai dos que derem ouvidos aos encómios de momento; mais mês menos mês, haverá que pagar as fidelidades. Governo que se deixe rodear por essa corja estará para sempre refém dessa espécie de boys, por mais que jure e tresjure que consigo não contarão com jobs.

Veja-se o que aconteceu no governo de Guterres e agora, apesar do «aviso prévio» da não criação de jobs para os seus boys, veja-se o que já aconteceu na Caixa Geral de Depósitos, numa penada enxameada por «fiéis» sem currículo – e o novo governo só cumpriu o primeiro mesinho de mandato.

O vira-casaquismo já está na berlinda: mesmo perante o aumento de impostos associado à retenção do equivalente a metade do 14.º mês - uma medida intrinsecamente má que todos condenariam no governo anterior – muitos não tiveram pingo de pudor em elogiá-la, como se uma medida pudesse ser boa ou má conforme a cor de quem a decide.

O mesmo se tem passado à volta do pagamento das auto-estradas. O actual governo, quando ainda o não era, acorrera peremptório: «ou pagam todos, ou não paga ninguém». Depois assumiu o poder e as portagens continuam a ser como enfeites de Natal nas tais ainda Scuts, apesar de todos sabermos da inevitabilidade dessa cobrança, para um governo que precisa de dinheiro como o pão para a boca.

No Algarve, os «politiquinhos» têm andado como seara oscilando ao vento: Mendes Bota - um bocado mais esperto que os outros - um dos mais acérrimos algozes do pagamento de portagens, tem-se, aos poucos, apagado e silenciado; Freitas – outro que sonhou um dia vir a ser «vice-rei dos Algarves» - coitado, já nem sabe o que dizer, manifestando-se num dia «sim», noutro «não» e num terceiro «nim», clamando pela «conclusão» das obras da 125 – como se isso fosse previsível para os próximos tempos ou servisse para alguma coisa.

Faltava o terceiro que ambiciona vir a ser o Alberto João do Algarve: Macário Correia. Ainda há semanas, quando tínhamos um governo «socrático», jurava «fidelidade eterna» aos que condenam o pagamento de portagens na A22. Dizia em Abril que “a introdução das portagens é e sempre será uma injustiça […] A nossa causa (as anti-portagens) deve namter-se e presistir, independentemente de qualquer desculpa que o governo arranje”.

Dizem-nos que chegou a apelar à desobediência civil (essa passou-me). Agora resolveu que esta casaca não lhe ficava bem: “As portagens são uma inevitabilidade […] Compreendemos aquilo que o governo actual e o anterior vinham defendendo”.

Compreendeu? Agora? À pergunta, em discurso directo, não sabe justificar essa tardia e oportuna «compreensão» e, por isso, temos de inferir: ou Macário aguarda por um novo «brinquedo» (brinquedo vulgarmente conhecido por job); ou Macário é de compreensão (muito) lenta!

5 comentários:

Anónimo disse...

E que tal portagens nas pontes do PORTO? Porque não pagam como em Lisboa? Custam dinheiro ao estado mas não são portajadas porquê? Pagamos todos para que os tripeiros andem à borla? Se há portagens na A22 que também as haja nas pontes do Porto.

Anónimo disse...

Num comunicado enviado à imprensa em que invoca (imagine-se) a Lai da Imprensa, Macário Corria diz:

«Levamos a sério ou estamos a fazer demagogia?
Dizer que as condições não mudaram não é verdadeiro, nem honesto.
Não mudou apenas o Governo, mudaram muitas outras realidades e circunstâncias à vista de todos»
E daí??? o que é que isso mmuda no facto de MC ter mudado de posição?????

Anónimo disse...

Macário é do mesmo tipo do Miguel!!!!
Dois aldrabões!

Álvaro Andrade disse...

Pode o Macário mandar as notas de imprensa que quiser. Da verdade não se livra: o que, com o PS era mau, agora com o PSD é... compreensível.
Raios partam os politicos que temos e as cores das casacas que usam!

Mauro disse...

Pois façamos o que ele diz: a nossa causa deve manter-se e persistir, independentemente de qualquer desculpa que o governo arranje.

QUERO LÁ SABER DA DESCULPA QUE O GOVERNO ARRANJE!

ABAIXO OS VIRA-CASACAS!!!ABAIXO OS VIRA-CASACAS!!!ABAIXO OS VIRA-CASACAS!!!