já fizeram uma visitinha

Amazing Counters
- desde o dia 14 de Junho de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

AJUDAR O DESPORTO PARA DIMINUÍDOS? NÃO!

governo civil recusa ajuda para cadeira de rodas

O 'Clube de Basquet de Quarteira Tubarões' é a única agremiação desportiva do Algarve que mantém em actividade uma equipa de basquete em cadeira de rodas.
O seu presidente, Artur Figueiras, lamenta particularmente as dificuldades que esta formação tem tido para conseguir apoios.

«[...] Recentemente, pediu apoio ao Governo Civil de Faro para a aquisição de uma cadeira de rodas adaptada, “uma vez que havia algumas promessas desde o Verão, altura em que os Tubarões participaram numa demonstração da modalidade, em Faro”.

“O Governo Civil prometeu apoiar o desporto adaptado; por isso, foi com alguma surpresa que recebi a indicação de que não iria haver apoio, por falta de verbas.

Logicamente que ficámos magoados com esta situação”, explica Artur Figueiras, revelando que esta informação foi dada pelo adjunto da Governadora Civil, depois de muitas solicitações para a marcação de uma reunião, visto o Governo Civil não responder ao pedido efectuado pelo clube.

“Há alguns meses, houve uma palestra sobre programas que o Governo Civil estava a levar a cabo para apoiar o desporto adaptado, mas o nosso clube nem foi convidado. No entanto, apontaram os Tubarões como um exemplo a seguir nesta vertente”, lembra ainda, concluindo o raciocínio: “Sentimo-nos um pouco marginalizados. Temos feito um esforço tremendo por esta equipa, até porque, estamos num campeonato nacional e temos deslocações a Lisboa, Leiria e até à Madeira. Infelizmente, o desporto adaptado algarvio não tem tido o apoio do Governo Civil” [...]»

in jornal ‘ Carteia’, por Bruno Hilário, 6/Dez/2007 (adaptado)

Estamos, sem dúvida, perante claros sinais da 'coerência' do Governo Civil de Faro e da consideração que merecem aqueles que se esforçam pelo bem-estar dos que mais precisam.
..

6 comentários:

Anónimo disse...

é de lamentar o governo civil virar as costas ao desporto adaptado.
«não há verbas ou não há vontade»
Enfim,só falam em apoiar tudo e mais alguém quando andam á procura de votos ....depois fica tudo esquecido.
Força continuem e não desistam.
Um abraço a todos e boas festas
Carlos Bernardo.
http://ocicloturista.blogspot.com

Camila disse...

Eu conheço pessoalmente o Artur, desde há muitos anos.

Uma pessoa que pela sua dedicação desinteressada ao desporto e a esta modalidade, constitui razão suficiente para ser apoiado.

O que custará aos politicos uma iniciativa que deveria ser uma prioridade?

Quando olho para tanta disponibilidade nas merdices de festas que financiam...

Anónimo disse...

Também aprecio o trabalho do Artur. Os 50.000 euros que recebe da CML não chegam para tudo. Na minha terra costuma-se dizer que quem não tem papel, não tem vícios. haverá mesmo necessidade de disputar um campeonato nacional. A vocação dos Tubarões é produzir campeões ou fomentar o desporto, nomeadamente o trabalho meritório que estão a fazer no desporto adaptado. Os custos da disputa de um campeonato nacional talvez chegassem para adquiri 3 ou 4 cadeiras de rodas. São opções, amigo Artur. Acho que devemos reflectir sobre o papel de alguns clubes no fomento do desporto. A fobia dos campeonatos nacionais deixam os cofres dos clubes exauridos de recursos. Depois bate-se à porta da Cãmara, da Junta, do Governo Civil, à porta de toda a gente que cheire a dinheiro.
Depois se não dinheiro que chegue para todas as vaidades, aqui del rei que são uns ingratos.
Acho que se o Giverno Civil prometeu apoio para uma cadeira, deve honrar o seu compromisso. Mas isso não significa que o Artur e todos os dirigentes que se têm atirado de cabeça a disputar tudo o que é campeonato nacional, da europa e até do mundo, sem saber se tem orçamento e apoios para isso, é uma perfeita loucura. Num comentário ao post anterior publiquei uma lista de compra de votos da CML a algumas instituições do concelho. Escandaloso, digo eu.

Anónimo disse...

Quando alguém quer fazer alguma coisa por Quarteira, as invejas são tantas que até lhes chama perfeitas loucuras e vaidades! ~E triste ser este o ambiente em que mergulhou Quarteira.

Anónimo disse...

Ao Amigo ARTUR!!!dos Tubarõese e a
todos os carolas que trabalham para engrancer esta terra com amor e dedicação sem nada receberem, irão mais dia menos dia ser rotolados com o velho chavão "não é filho de Quarteira".A Esses,os que são os donos do burgo e que nunca fizeram nada por esta terra os que teem muita inveja daquelas que por obras relevantes vão deixando a sua marca.Como é o teu caso. Mas lembra-te disto que eu te digo amigo Artur por vontade deles e porque não és filho de Quarteira nunca verás o teu esforço glório compensado mas não desanimes pois já demonstraste capacidade para contrariar essas más vontades.
Um abraço amigo e bom Natal para todos.
"Eu que não sou parvo"

José Carlos disse...

P/ o Carlos Bernardo.

Acho que pôs o dedo na ferida: uma vez que não é crível que não haja dinheiro… o mais certo é não haver vontade.
Obrigado pelos cumprimentos e pelos votos de Boas-Festas – que retribuímos com agrado.



P/ a Camila:

Tem razão, amiga; o Artur sempre se mostrou uma pessoa com dedicação desinteressada ao desporto, o que constitui razão suficiente para ser apoiado.
Infelizmente, as prioridades dos políticos têm contornos insondáveis.


P/ o Anónimo de 7Dez:

Penso que o seu comentário merece ser vistas em duas vertentes: a primeira, usando as suas próprias palavras: “se o Governo Civil prometeu apoio para uma cadeira, deve honrar o seu compromisso”. Ponto.
A segunda merece alguma reflexão, em meu entender: “quem não tem papel, não tem vícios”...
Ora eu penso que há «vícios» e… vícios.
Se o trabalho dos Tubarões é meritório, como você concorda, não pode limitar-se a uma mera função de “escola de jogadores” sem horizontes. Sem ter horizontes definidos, objectivos alcançáveis, o próprio atleta não se sentirá estimulado; ou não pensa assim?
Particularmente no caso dos diminuídos físicos, todo o estímulo nunca será demais. Como é que pode entender que isso sejam «vaidades»?
Penso que temos de distinguir duas situações: uma, a do chamado «desporto profissional», de que o futebol é expoente máximo – que visa pagamentos a atletas, quase sempre salários despropositados para o nosso nível económico. Outra, o desporto… Desporto (com D). Aquele que é feito para a formação física e intelectual, o que encontra na sua prática (e disputa, inclusivamente em campeonatos) a sua própria satisfação e o estímulo.
O meu ponto de vista é este: este Desporto deveria ser tão apoiado quanto possível (cabem aqui os Tubarões). O outro, que é, ele sim, a feira de vaidades – desporto profissional de Louletano, Quarteirense, Almancilense, Campinense – não deveria, a bem da justiça e equidade, receber nem um tostão que não fosse apenas destinado à formação das camadas jovens.

P/ a Lúcia:

Olá, amiga: você nunca ouviu dizer que a inveja é o desporto nacional? – Aí tem!


P/ o Anónimo "Eu que não sou parvo":

Tenho a certeza de que o Artur irá ficar sensibilizado com as suas palavras, que nós subscrevemos inteiramente.
Mas não seja descrente na nossa gente, meu amigo: não somos capazes de reconhecer os méritos dos que não nasceram em Quarteira?
Olhe que a maior parte dos que aqui habitam não nasceram cá! Eu próprio sou filho de um «filipe» e vi a luz do dia em Faro, ainda que o BI diga que foi em Quarteira…
E o mérito é como a verdade e o azeite: virá sempre ao de cima. O Artur vai merecer sempre o nosso apoio, de certeza.
Bom Natal para si também.