…e, no entanto, tão perto de nós!
Fotomontagem e texto: do «Quiosque da Camila»
Um planeta que há muitos anos atrás era encarado pelos seus cidadãos como desorganizado e ineficiente, onde se trabalhava com desalinho, vergonha e de forma comprometida, em prejuízo da comunidade.
Um planeta agora dirigido por titulo perpétuo, conferido por uma parte do seu povo, a um grupo com um elevado curriculum politico e pessoal, entretanto coadjuvados por uma pequena e imaculada equipa, competente, séria e relevante, em função da satisfação do exclusivo interesse comunitário.
Um planeta, onde parte destes cândidos servidores se sacrifica, cursando em universidades públicas ou privadas, acumulando com a assiduidade laboral, desprendidos de qualquer retribuição extraordinária a que poderiam ter direito.
Um planeta onde o empenho não só é permitido como incentivado, tolerando-se atitudes funcionais que não se mostrem lesivas para o interesse comum, dispensando-se quaisquer compensações pecuniárias ou em géneros que possam induzir à fidelização dos seus protagonistas.
Um planeta onde se instauram inquéritos disciplinares por omissões suficientemente relevantes que contrariem a moral e os bons costumes, sucessivamente concluídos enquanto outros, por delitos de menor im-portância, são exemplarmente absolvidos.
Um planeta em que secretárias, assessores, adjuntos e restante staff operacional exercem, com brio e dedicação, sem que daí resulte qualquer benefício remuneratório que face à circunstância seria meritório.
Um planeta onde as regras de concursos de admissão são religiosa e escrupulosamente cumpridas na salvaguarda dos interesses das famílias em dificuldade e da comunidade em todas as suas vertentes.
Um planeta onde se apreciam e promovem funcionários que tenham o arrojo de não se sujeitarem a influências ou critérios de índole partidária, limitando-se, estritamente, a satisfazer as suas obrigações profissionais, com zelo, isenção e disciplina.
Um planeta onde se viabilizam projectos com a maior celeridade e sem condicionamentos de relevo no interesse da comunidade ou para aqueles que desta não fazendo parte, comparticipem abnegada-mente no interesse de todos.
Um planeta onde se colmatam as falhas ou esquecimentos desculpáveis do poder com a realização de saraus e arraiais efusivamente subsidiados dos seus próprios bolsos para que não restem dúvidas na sua reabilitação.
Um planeta onde predominam o amor e a harmonia, em que as paixões são incentivadas no intuito do bem-estar intelectual e a plena satisfação na progressão célere e sem dificuldades nas carreiras funcionais.
Sim, um planeta assim existe!... e quem desdenharia dele fazer parte?Um planeta que há muitos anos atrás era encarado pelos seus cidadãos como desorganizado e ineficiente, onde se trabalhava com desalinho, vergonha e de forma comprometida, em prejuízo da comunidade.
Um planeta agora dirigido por titulo perpétuo, conferido por uma parte do seu povo, a um grupo com um elevado curriculum politico e pessoal, entretanto coadjuvados por uma pequena e imaculada equipa, competente, séria e relevante, em função da satisfação do exclusivo interesse comunitário.
Um planeta, onde parte destes cândidos servidores se sacrifica, cursando em universidades públicas ou privadas, acumulando com a assiduidade laboral, desprendidos de qualquer retribuição extraordinária a que poderiam ter direito.
Um planeta onde o empenho não só é permitido como incentivado, tolerando-se atitudes funcionais que não se mostrem lesivas para o interesse comum, dispensando-se quaisquer compensações pecuniárias ou em géneros que possam induzir à fidelização dos seus protagonistas.
Um planeta onde se instauram inquéritos disciplinares por omissões suficientemente relevantes que contrariem a moral e os bons costumes, sucessivamente concluídos enquanto outros, por delitos de menor im-portância, são exemplarmente absolvidos.
Um planeta em que secretárias, assessores, adjuntos e restante staff operacional exercem, com brio e dedicação, sem que daí resulte qualquer benefício remuneratório que face à circunstância seria meritório.
Um planeta onde as regras de concursos de admissão são religiosa e escrupulosamente cumpridas na salvaguarda dos interesses das famílias em dificuldade e da comunidade em todas as suas vertentes.
Um planeta onde se apreciam e promovem funcionários que tenham o arrojo de não se sujeitarem a influências ou critérios de índole partidária, limitando-se, estritamente, a satisfazer as suas obrigações profissionais, com zelo, isenção e disciplina.
Um planeta onde se viabilizam projectos com a maior celeridade e sem condicionamentos de relevo no interesse da comunidade ou para aqueles que desta não fazendo parte, comparticipem abnegada-mente no interesse de todos.
Um planeta onde se colmatam as falhas ou esquecimentos desculpáveis do poder com a realização de saraus e arraiais efusivamente subsidiados dos seus próprios bolsos para que não restem dúvidas na sua reabilitação.
Um planeta onde predominam o amor e a harmonia, em que as paixões são incentivadas no intuito do bem-estar intelectual e a plena satisfação na progressão célere e sem dificuldades nas carreiras funcionais.
Publicado no blogue «Quiosque da Camila» em 20/Fev/2008
Fotos e desenhos de autores desconhecidos, retirados da Net Acreditem, meus caros, é verdade: tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado!...
Obrigado Camila, por nos animares a existência.
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3 comentários:
Desisto.
Já vi que este pessoal ainda é mais atrevido do que eu.
Se fôr presa, pelo menos não vou sózinha.
Jokas.
Essa Camila é de gritos!
Mas é curioso que, mesmo com estas denuncias veladas, as coisas continuem no planeta sem qualquer alteração.
Falta de perspicácia , de atenção ou de vergonmha?
Ninguém percebe isto: que haja tanta coisa condenável sob a capa da tolerância, e a nossa tolerância para quem tem tolerâncias dessas que se pagam com o nosso dinheiro.
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