O delírio sul-africano pela realização do Campeonato do Mundo no seu país traduz-se numa alegria esfusiante quase comovente e que foi bem traduzido pela espectacular apresentação da festa de ontem, feita pelo bispo Desmond Mpilo Tutu, o Nobel da Paz de 1984, que ontem parecia uma criança com um brinquedo novo.
É a primeira vez que um Mundial se desenrola em terras africanas e o seu impacte já ultrapassa as fronteiras do país organizador e chega a todo o continente.
Vamos ver se esse entusiasmo se manterá daqui por umas horas, depois do jogo da selecção sul-africana com o México.
Para Portugal, que só daqui a quatro dias entrará na festa, prevêem-se nuvens de borrasca: Nani, uma espécie de cérebro da equipa, que só no fim se soube que já em Portugal tentava disfarçar uma dolorosa lesão, foi afastado, finalmente, à última hora.
Na recuperação de Pepe poucos acreditam. Ronaldo, que tem andado amuado, um dia saberemos porquê, anda demasiado entretido com o êxito mundano (que não no desempenho futebolístico) e tem tido um «tratamento vip» a merecer regalias especiais, o que não contribui para a consolidação do espírito de equipa… Isto não começa bem!
Vamos ver se os outros brasileiros aportuguesados serão capazes de «sentir a camisola». Se o cérebro de Deco não for capaz de organizar uma equipa que não capitaneia…
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