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domingo, 13 de junho de 2010

As férias do Presidente

fazer férias «cá dentro» é bom para quem?
O Presidente da República manifestou-se no passado sábado preocupado com a grave situação económica de Portugal, e apelou aos portugueses para que façam férias "cá dentro", para ajudar a inverter e ultrapassar a difícil situação em que o país se encontra.

Ora, fazer férias “cá dentro”,como o Presidente da República pediu, pode ajudar a economia nacional mas, normalmente, sai mais caro ao bolso dos portugueses, segundo uma pesquisa feita pela Lusa em pacotes de férias de várias agências de viagens.

Vejamos, então, a realidade:

O Jornal de Negócios fez as contas esta semana e chegou à conclusão de que os estrangeiros deixam em Portugal 2,5 vezes mais dinheiro do que os portugueses que fazem férias lá fora.

Segundo os dados do Banco de Portugal, em 2009, os turistas estrangeiros gastaram 6.918 milhões de euros com viagens e turismo a Portugal, enquanto os portugueses em viagens e turismo ao exterior, gastaram 2.712 milhões de euros.

Quanto a fazer férias «cá dentro», veja-se o que acontece:

Uma semana de férias no Algarve, num hotel de cinco estrelas, custa a um casal mais de 1.500 euros em regime de alojamento e pequeno almoço; mas se o casal optar por uma viagem até às Caraíbas conse-gue viajar com tudo incluído por 2.000 euros e, por 2.500 euros, o casal pode viajar até à República Dominicana (Punta Cana), México (Riviera Maya) ou Venezuela (Ilha Margarita) e passar sete noites (nove dias) num hotel de cinco estrelas com todas as despesas (alimentação e de transportes) incluídas.

Viajemos então, «cá dentro»:

Para as ilhas dos Açores e a Madeira o pacote de sete noites mais económico que a Lusa encontrou para cada um dos destinos em hotel de quatro estrelas custa por pessoa 450 e 600 respectivamente, em regime de alojamento e pequeno almoço. (Para Palma de Maiorca - viagem e sete noites de alojamento em hotel de quatro estrelas, em regime de meia pensão – mais sete refeições, portanto – o pacote custa cerca de 700 euros por pessoa, podendo ainda usar beneficiar de várias ligações aéreas ‘low-cost’).

Tudo isto significa que, considerando as despesas das refeições de sete dias e a deslocação para as praias do Algarve, será difícil competir com os pacotes de praia e de sol mais distantes.

Em que ficamos, senhor Presidente? Afinal, tal como afirmou perante as câmaras de televisão, “sabe do que fala”?

Claro, já me esquecia: o senhor “nunca se engana e raramente tem dúvidas ”!...

Mas olhe que se pode engasgar...
.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Homem também não se engasga, pá!

Anónimo disse...

O Cavaco só por anedota pode ser o presidente