não temos provas… mas mentiu, pronto!
Imagem: No dia da tomada de posse da Comissao de Inquérito - Foto da Lusa
Em 156 páginas, o relator da «comissão eventual de inquérito parlamentar relativa à relação do Estado com a comunicação Social e, nomeadamente, à actuação do Governo na compra da TVI», o deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, afirma que "o primei-ro-ministro e o Governo" sabiam da compra da TVI antes de terem afirmado ao Parlamento que o desconheciam. Mesmo assim, a comissão de inquérito "não dispôs de condições" para ser peremp-tória e concluir que José Sócrates mentiu.
Percebem? – É fácil, traduzindo: o BE não tem nada em que se possa basear; mas acusa mesmo sem provas.
E o que conclui a comissão, depois de meses de audições e suspeições? Isto, que se pode ler na página 155:
“16. De acordo com aquelas declarações, o conhecimento do primeiro-ministro sobre o negócio PT/TVI não provem de informação oficial prestada pela administração das empresas envolvidas no negócio.
17. A CPI não dispôs de condições para identificar a fonte particular que esteve na origem do conhecimento do primeiro-ministro sobre o negócio PT/TVI, nem quando tal ocorreu.
18. A dificuldade em identificar a fonte particular, através da qual o primeiro-ministro tomou conhecimento do negócio PT/TVI, resulta do facto, demonstrado e comprovado pela CPI, de ele ter extravasado as fronteiras das empresas nele interessadas e de ter chegado ao conhecimento de diversas pessoas sem qualquer ligação ou relação com aquelas empresas…”
Quer dizer: durante meses, desde Março até hoje, dezassete deputados efectivos e sete suplentes estiveram a ser pagos (principescamente) por nós todos nós para produzir um documento inconclusivo. Valeu a pena!…
Entretanto, o «grande estratega» do PSD, Pacheco Pereira - o mesmo que desenhou e orientou a desastrada liderança de Manuela Ferreira Leite, o mesmo que induziu Cavaco Silva a fazer aquela triste figura a gaguejar diante das câmaras, dizendo que lhe andavam a espiar o correio – esse mesmo, Maquiavel de pacotilha que mete no seu blogue o símbolo do Partido de pernas para o ar, sabe que cometeu a ilegalidade de requisitar escutas do primeiro ministro; sabe que cometeu a ilegalidade de as ler; sabe que o vice-presidente do PSD que dirigia a comissão de inquérito o chamou à ordem para que não usasse nem divulgasse essas escutas; sabe que o presidente do Partido pretende evitar conflitos abertos com o Governo, à semelhança do que acontecia até agora; mas ameaça – o homem ameaça! – que vai divulgar publicamente o despacho e a carta que acompanharam os resumos das escutas enviados pela comarca do Baixo Vouga.Em 156 páginas, o relator da «comissão eventual de inquérito parlamentar relativa à relação do Estado com a comunicação Social e, nomeadamente, à actuação do Governo na compra da TVI», o deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, afirma que "o primei-ro-ministro e o Governo" sabiam da compra da TVI antes de terem afirmado ao Parlamento que o desconheciam. Mesmo assim, a comissão de inquérito "não dispôs de condições" para ser peremp-tória e concluir que José Sócrates mentiu.
Percebem? – É fácil, traduzindo: o BE não tem nada em que se possa basear; mas acusa mesmo sem provas.
E o que conclui a comissão, depois de meses de audições e suspeições? Isto, que se pode ler na página 155:
“16. De acordo com aquelas declarações, o conhecimento do primeiro-ministro sobre o negócio PT/TVI não provem de informação oficial prestada pela administração das empresas envolvidas no negócio.
17. A CPI não dispôs de condições para identificar a fonte particular que esteve na origem do conhecimento do primeiro-ministro sobre o negócio PT/TVI, nem quando tal ocorreu.
18. A dificuldade em identificar a fonte particular, através da qual o primeiro-ministro tomou conhecimento do negócio PT/TVI, resulta do facto, demonstrado e comprovado pela CPI, de ele ter extravasado as fronteiras das empresas nele interessadas e de ter chegado ao conhecimento de diversas pessoas sem qualquer ligação ou relação com aquelas empresas…”
Quer dizer: durante meses, desde Março até hoje, dezassete deputados efectivos e sete suplentes estiveram a ser pagos (principescamente) por nós todos nós para produzir um documento inconclusivo. Valeu a pena!…
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E diz ele que "deixou de haver um funcionamento democrático e aberto da comissão”.
Democrático é o «funcionamento» dele»?!...
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Este é o nível dos deputados que nos representam! Este é o nível da ética de certos políticos que se acham defensores dos interesses dos partidos, dos cidadãos e do país! E se supõem referenciais éticos.
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2 comentários:
Claro que mentiu!... não esqueça que o último a rir é o que ri melhor. Tenha calma Sr. Lourenço e aguarde porque o tempo se encarregará de mostrar toda a verdade, só que, por vezes, a panelinha esconde-a. Tudo isto é vergonhoso num estado dito de direito.
Não acrescente nada aquilo que o calçadão diz,só digo que assino por baixo cada palavra, e não é como anónimo,porque não me podem tirar mais que aquilo que já tiraram
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