Q «oração de sapiência» esteve a cargo de Miguel Relvas, secretário-geral do partido, que não deixou em mãos alheias a sua opinião sobre qual deveria ser o resultado da votação do Orçamento de Estado: queda do Governo e novas eleições.
O secretário-geral do partido faz parte do grupo «radical», com Ângelo Correia à cabeça, que tenta empurrar Passos Coelho para a rejeição do Orçamento de Estado 2011. Isso fez-se sentir no auditório desta segunda feira, em Faro - “Este Governo já não tem condições para continuar a governar com ou sem orçamento” – repetiu várias vezes Relvas.
Mas no auditório não se viram muitas faces animadas com a perspectiva de eleições próximas e, entre murmúrios, ouvimos repetidamente ponderar que, neste momento, Passos Coelho não tem condições para fazer melhor que José Sócrates.
“O Orçamento do Estado que o Governo apresentou é de uma grande insensibilidade social” – disse Relvas – e tem razão. Só que não acrescentou que a este ou a qualquer outro Governo não restam quaisquer outras alternativas.
E isso mesmo parece ter ficado demonstrado nas medidas apresentadas hoje pelo PSD, no final da reunião para decidir qual a tendência de voto, da Comissão Política Nacional do PSD: com a mudança de atitude de Ângelo Correia e Leite, a maioria inclinou-se para a abstenção e as medidas que vão ser apresentadas para alterar o documento do Governo, no “sentido de criarmos uma sociedade justa”… resume-se a um punhado de quase nada.
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