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domingo, 13 de janeiro de 2008

CRÍTICA DA RAZÃO PURA

usando palavras de immanuel kant

Este é um post diferente e, certamente, irrepetível. Sendo, inicialmente, a resposta directa ao e-mail do nosso leitor A.M.S.T., decidi publicá-lo por considerar que poderá funcionar como fulcro de reflexão para muitos dos nossos comentadores cuja intransigência e dialéctica pouco racional acaba por transformá-los em censores e verdugos das opiniões dos outros.

As palavras pertencem a Kant, na sua «Crítica da Razão Pura», sobre a “dialéctica natural da razão humana”:

“Todo o conhecimento humano começa por intuições, daí passa a conceitos e termina com ideias.

Embora possua, relativamente a estes três elementos, fontes a priori de conhecimento, que, à primeira vista, parecem desprezar os limites de toda a experiência, uma crítica integral convence-nos, no entanto, de que toda a razão, no uso especulativo, nunca pode ultrapassar, com esses elementos, o campo da experiência possível e de que o verdadeiro destino dessa faculdade suprema do conhecer é o de se servir de todos os métodos e princípios desses métodos, apenas para indagar a natureza, até ao mais íntimo, segundo todos os princípios possíveis da unidade, entre os quais o da unidade dos fins é o mais elevado, mas nunca para ultrapassar os seus limites, fora dos quais só há, para nós, o espaço vazio”.
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O conceito – ou melhor, a ideia – esmaga. Particularmente aqueles que julgam que as suas convicções significam "a razão", perante as convicções de outros que, em seu entender, só podem reflectir estupidez ou ignorância.
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7 comentários:

Anónimo disse...

Caro Lourenço: Não sei se o texto do Kant tem a ver com algum dos comentários sobre a fotomontagem um dos quais era meu. Continuo a dizer o que já disse. Não se podem fazer comparações sem jeito nem trambelho só porque se pode utilizar a Liberdade ao extremo. Na verdade pode-se porque é permitido. Mas na realidade qualquer ser humanocom dois palmos de testa vê que jamais se pode comparar as duas figuras de que falei com as dos tiranos assassinos que se podem ver na foto. Só isso. Mais Kant menos Kant
Temos a nossa cabecinha para pensar enquanto Deus nos der vida e discernimento. É o que eu penso. Maria da Conceição

Anónimo disse...

A Maria da Conceição, no seu comentário ao post, diz que tem uma cabecinha para pensar.
Então eu pergunto: porque não pensa?
Sim, pense primeiro e fale e critique depois.
Acho que não entendeu a mensagem do calçadão.

Ora, puxe lá pela cabecinha!

Eu pessoalmente acho que não é incitando à violencia que as coisas se resolvem.
É preciso que as pessoas que têm altos cargos, reconhecidos à sua dimensão, obviamente, não pensem que são os donos da terra. Eles têm uma fubção reguladora (?) e de moderação. A justiça, deixemos para os tribunais.
Espero que esse senhores, que por terem ganho as eleições (com o voto do povo), não pensem que conquistaram este "território", numa guerra. Nesta terra não há vândalos.
E, com o que nós vemos por aí, o conceito de bandido, ladrão ou polícia, começa a ser muito subjectivo!!!
Termino com uma quadra do poeta Aleixo:
"Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que eu pareço!"

Grande poeta!!!

Anónimo disse...

ALCIDES: Vc não leu o meu comentário quanto à fotomontagem. Nem sequer citei o indivíduo de que você fala e que não o conheço mas sei agora ser o Presidente da Junta. Passe bem e não julgue que Deus lhe deu apenas a si o pensamento. Não seja tão convencido assim. É um defeito que pode em qualquer altura remediar. Mª da Conceição

Anónimo disse...

Gostei de ver aqui um texto destes.
Que a Filosofia não se fique apenas na "Crítica da Razão Pura". Para além dos Grandes Filósofos da Humanidade, Agostinho da Silva, Álvaro Ribeiro, Desidério Murcho, Viriato Soromenho, Fernando Gil, os nossos Aristotélicos seriam, igualmente, dignos de aparecer nas páginas dos blogues portugueses...
Cumprimentos.
Álvaro Ruiz

Anónimo disse...

Ai não sabia?!!!! E fui eu que disse??? Onde?
Como vê, Maria da Conceição... pela boca (ou pelo que escreve) morre «o peixe»!
Portanto, desta vez não usou os seus "dois palmos de testa", não é?
Console-se:
É um defeito que pode em qualquer altura remediar!!!!

Lourenço Anes disse...

Para a Maria da Conceição (ou mesmo José Joaquim):

Minha cara(o) amiga: Também não sei se o texto de Kant se destina a si ou a outra pessoa qualquer. É um problema do Zé Carlos que, com certeza, lhe responderá quando entender oportuno e/ou tiver tempo.
Essas coisas da Filosofia são coisas que me ultrapassam e deixo para quem tenha "mais pano no colarinho", como o nosso amigo José Carlos, que sabe do que fala e que, felizmente, tem conhecimentos e cultura a um nível que eu (e com certeza você) muito desejaria poder aproximar-me.
Eu sou muito mais "terra-a-terra" e a minha relação com Kant e todos os demais "figurões filósofos" ficam-se por... ter ouvido falar deles ou umas vagas noções apreendidas nos bancos do liceu.
Portanto, "entenda-se" com o José Carlos e não me metam no que não entendo...
Olhe, e já agora: quanto ao significado do trabalho do nosso amigo Galiós, sempre lhe digo: acho que você não entendeu nada também.
Aí tem uma diferença entre nós dois: procuro só falar do que sei e do que conheço.
A fotomontagem do Galiós tem muito que se lhe diga, se for observada com cuidado. Por acaso sabe quem são os que estão dependurados na forca? Não sabe, pois não? Pois informe-se primeiro, pois é por aí que deveria ter começado. Fique sabendo que quem os pendurou ali foram os "justos e puros" como você ou como aqueles que você defende - os mesmos que estão a colocar a corda no pescoço do Saddam, no canto esquerdo da montagem. A única diferença é que eram italianos...
Tenha um bom dia e, já agora... discernimento!
E volte sempre.

José Carlos disse...

P/ o "anónimo" Maria da Conceição:

Depois do esclarecimento do Lourenço, quero esclarecer que o texto de Kant pode ter alguma coisa a ver consigo, se é daquelas pessoas que, como afirmo no final do post, “julgam que as suas convicções significam "a razão", perante as convicções de outros que, em seu entender, só podem reflectir estupidez ou ignorância”.
Se acha que a carapuça lhe serve, então poderá usá-la. Tal como todos os que se encaixarem nesse figurino.
Como diz que tem cabeça para pensar, é você que deverá tirar as conclusões, não eu.
Os textos profundos têm esse condão: pôr as pessoas a pensar, reflectir, concluir. Não me compete a mim apontar os caminhos aos outros.
Sou dos que ensinam a pescar, não dos que dão o peixe preparado.


P/ o Alcides :

Exactamente. Foi o que eu lhe disse, como digo a qualquer pessoa de bom senso.
De resto – e mudando de assunto -também eu acho que “não é incitando à violência que as coisas se resolvem”. A História do Mundo está repleta de exemplos que confirmam a asserção.


P/ o "anónimo" Mª da Conceição (de novo):

Pelos vistos, há por aqui muita gente cheia de certezas, muita gente “convencida”! Olhe, eu limito-me a pensar como Sócrates (não, não é esse em que está a pensar… é mesmo do grego que morreu 399 anos antes da vinda de Cristo) – só sei que nada sei (por muito que estude e procure saber…)


P/ o Anónimo Álvaro Ruiz:

Bom, meu caro… não creio que o Lourenço esteja interessado em que façamos deste blogue um tratado filosófico ou uma súmula do pensamento aristotélico… Mas quando for oportuno, não desdenharei abordar o tema…


P/ o Alcides (de novo):

Parece que você pescou por aqui alguma coisa… Pelos vistos a minha alusão a propósito do meu comentário veio a calhar. Mas juro, que ainda não tinha lido o seu, meu caro. Sintonias!...


P/ o Lourenço:

Meu caro, as suas palavras deixaram-me enleado… São cumprimentos que vindos de si, a quem tanto admiro, me deixam embatucado. Não exagere, amigo!
Quem me dera, a mim, ser como você e ter a sua lucidez e bom senso! Você, sim, merece os meus melhores elogios. Sabe como o estimo.