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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

RECORDAR A PAIXÃO DE SERUCA EMÍDIO

porque amanhã é dia de namorados

Aqui há cerca de um mês ou mês e meio, foi muito comentada, glosada (e gozada) em Quarteira, a afirmação de Seruca Emídio, em reunião pública realizada cá na cidadezinha enteada de Loulé, de que “ninguém gosta mais de Quarteira” que ele, edil louletano.


Quando se gosta assim tanto de alguém ou de alguma coisa, nada pode dar mais satisfação ao “amante” do que ver feliz e bonito o seu objecto de paixão. Por isso, é costume, em dia de namorados, demonstrar amor, paixão ou simples paixoneta, com uma prenda que contribua para essa felicidade e para essa beleza.

em cima: ANTES DA PROVA DE AMOR DE SERUCA EMÍDIO
... E DEPOIS DESSA DEMONSTRAÇÃO...

Pois bem, há dias, alguém recordou ao ‘Calçadão’ uma demonstração “do amor” de Seruca Emídio por esta cidade.
E, como amanhã, é «Dia de Namorados», nada mais apropriado que exibir essa prova de amor do nosso presidente de câmara pela nossa cidade, quando mandou abater centenas de árvores na avenida.
em cima: ANTES DE SERUCA EMÍDIO TER DEMONSTRADO A SUA PAIXÃO POR QUARTEIRA
E O RESULTADO DA REMONSTRAÇÃO DE AMOR DO PRESIDENTE DA CÂMARA
Nota: tentou-se que as fotos actuais fossem tiradas exactamente a partir dos mesmos locais das fotos antigas

Não há dúvida: Seruca Emídio gosta tanto de Quarteira!… .

20 comentários:

Anónimo disse...

"Nota: tentou-se que as fotos actuais fossem tiradas exactamente a partir dos mesmos locais das fotos antigas"

Foram tiradas na mesma Estação? Cuidado com a demagogia.

Anónimo disse...

No que toca a este ponto, tal como o "anónimo" referiu, mais do que os mesmos locais, a estação do ano e uma certa coincidência com as datas das fotos são dados mais relevantes. Caso contrário, a credibilidade da matéria fica posta em causa!
De qualquer forma, falando do "gostar e das paixões" sempre achei esse tipo de declarações populistas,sensacionalistas e desprovidas de "verdade" não passando de pura demagogia rectórica. Se queremos combater esse tipo de afirmações, não podemos cair na construção de discursos que também eles podem ser demagogos, correndo o risco de se perder credibilidade (factual)!

Anónimo disse...

Estes dois gajos são parvos? Se uma fetografia for tirada no verão e a outra no inverno é isso que põe ou tira as árvores que agora não estão lá?
Há gajos que tem vendas nos olhos e isso dantes punham-se aos burros que andavam a tirar água à nora.

Anónimo disse...

Como é que tu sabes? Estiveste muitos anos de venda nos olhos a dar voltas à nora para tirar àgua?

http://youtube.com/watch?v=gl59iOFK9_s

Anónimo disse...

Não, tinha uma nora e um burro como tu, evidentemente.

Anónimo disse...

upsss alguém picou-se.

Camila disse...

Olá.

Considero esta abordagem por parte dos meus amigos do "Calçadão", deveras interessante.

Como não pretendo quebrar o racíocinio dos anteriores intervenientes com um comentário que se poderia tornar extremamente complexo para a sua compreensão, se me permitirem, prometo com a brevidade que me seja possível, transferir o tema para o meu espaço e tentar justificar as razões deste tipo de paixões.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

E assim se "discute" Quarteira!!

João Carlos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lourenço Anes disse...

P/ o Anónimo de 13/Fev/2008 22:41:00:

Como não fomos nós quem tirou as fotografias antigas, naturalmente que não sabemos em que “estação” foram tiradas. Nem a data, nem a hora.
Mas, para seu descanso, aqui fica a promessa de que, quando as árvores estiverem mais verdinhas e haja uma tarde de sol voltaremos a fazer as fotos.
Agora o que não percebo é se você acha que, se tirarmos as fotos na Primavera… vão lá estar as árvores que foram arrancadas?
Toldou-se-lhe o pensamento?
Se o ‘Calçadão’ se pode vangloriar de alguma coisa é de não usar demagogia.


P/ o Ricardo Tomás :

Repito a pergunta que fiz ao comentador anterior: você acha que, se tirarmos as fotos na Primavera… vão lá estar as árvores que foram arrancadas?
Essa eu não esperaria de si, homem! O que está em causa é que as árvores não estão lá.
Mas, como prometi ao comentador anterior, voltaremos a fazer as fotos na Primavera para que toda a gente possa ver se Quarteira ficou mais bonita depois das árvores arrancadas…


P/ o Anónimo de 14/Fev/2008 1:12:00:

Meu caro(a): Não se podem dizer as coisas sem agredir os outros? Aqui, respeitamos as opiniões de todos. Se não concordamos com elas, podemos contrapor as nossas. Com respeito.
Por isso, nem me dou ao trabalho de responder aos anónimos seguintes”…
Nem ao da “upss” - que não é assim tanto anónimo quanto pensa ;).


P/ a Camila:

Já vimos que as árvores foram parar ao Quiosque! Obrigado pela deferência.
Como terá verificado, prometemos voltar ao tema, com fotografias “mais bonitas” para satisfação de quem acha que estamos a fazer demagogia…
Um abração.


P/ o Ricardo e João Santos:

Não confundam a nuvem com Juno: os disparates sempre se reflectem (ou reflectem) em quem os faz! E, no entanto, apesar desses disparates, aqui temos conseguido pensar Quarteira… (porque Quarteira não se discute). Um abraço

João Carlos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Menina Marota disse...

Há que anos não vou a Quarteira... aliás, prefiro recordar o Algarve da minha infância e juventude... mas não explico porquê... pode causar melindres.
Um abraço e bom fim de semana ;)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
João Carlos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

P/ o Sr. Lourenço Anes:

Desde já aproveito, para lhe dar os parabéns pelo Blog, tinha em mente enviar-lhe um mail, mas posto esta pequena discussão, aqui ficam os meus parabéns para si e restantes membros criadores!
Quanto à questão das fotos, devo referir que aquando do meu comentário, apenas julguei interessante chamar a atenção para algo que julgo importante se pretendemos ser fiéis a questões que remetem para comparações, ainda mais no campo da imagética! Penso que aquando da publicação do post não existiu nemhuma intenção deliberada de fazer demagogia, contudo pareceu-me importante realçar aquilo que anteriormente acabei de referir. A propósito das fotos deixe-me referir que num primeiro olhar aquilo que ressalva ao olhar é um contraste acentuado no que toca á questão da côr, e isso faz com que as coloquemos em momentos distintos, remetendo-nos para a questão das diferentes estações do ano em que foram tiradas! Quando refere que "O que está em causa é que as árvores não estão lá" então na minha opinião as ditas imagens não são o melhor exemplo para demonstrar isso de uma forma que não cause nenhum grau de entropia, o que não acontece no caso! Se vai efectuar novas fotos na Primavera, para mostrar "se Quarteira ficou mais bonita depois das árvores arrancadas…" então não entre por aí na medida em que o conceito de estética é muitas vezes portador de subjectividade! Uns gostam outros não!Por aí não se vai a lado nenhum! Agora se referir que do ponto de vista "ecológico" (que está muito em voga, com as preocupações ambientais) Quarteira ficou a perder, então penso que nesse campo existe algum consenso sobre isso!
A terminar diria ,para encerrar esta já longa "troca de perspectivas" que a linguagem e o discurso argumentativo é algo que requer uma correcta interpretação e descodificação para que a mensagem possa ser plenamente entendida da parte do receptor, só que o problema é que infelizmente existe uma descodificação errada ou incorrecta, o que depois acaba por nos levar para nivéis primários de apresentação de argumentos, o que tristemente acabou por acontecer em alguns pseudo-comentários aqui colocados e no qual o sr. Lourenço Anes, também acabou por cair quando me questiona: "você acha que, se tirarmos as fotos na Primavera… vão lá estar as árvores que foram arrancadas?
Essa eu não esperaria de si, homem! " Muito sinceramente, nem eu de si! De qualquer forma, aqui fica o mais significativo: Parabéns pelo Blog !

Cumprimentos

P/ o João Santos:

Caro João, compreendo perfeitamente a tua desilusão no que toca infelizmente á "qualidade" de algumas intervenções aqui (e não só neste blog) apresentadas por pessoas que não têm a mínima coragem de dar a cara por aquilo que pensam, como tal, eu pessoalmente diria para nem sequer comentares esse tipo de afirmações, já que ao dares resposta a esse tipo de personagens estás a atribuir-lhes alguma importância, por mínima que seja! Um bem haja para ti e força para o teu contributo em prol da nossa cidade Quarteira!

Cumps

João Martins disse...

Parabéns ao Calçadão pela luta em torno da cidadania ambiental. O maior cego é aquele que não quer ver.

Peço desde já autorização a vossas excelências para reproduzir o post no bolg macloule.

Abraços

Lourenço Anes disse...

Lamento profundamente que, pela segunda ou terceira vez, durante a ainda curta existência do ‘Calçadão de Quarteira’, tenhamos sido forçados a remover comentários.
Pessoalmente, gostaria de não ser forçado a introduzir neste blogue o "visto prévio" já que esse processo retira dinamismo e sentido de espontaneidade a todo um processo que se pretende dinâmico, acessível e livre, aberto às opiniões de todos os interessados.

A troca de "mimos" entre um comentador anónimo e o comentador João Santos foi, no mínimo, um sinal lamentável de desrespeito pelo que se entende por cidadania.
Já aqui foram dirigidas palavras menos simpáticas e até talvez menos correctas para os próprios administradores do blogue.
Como se viu, deixámo-los passar, sempre e quando não foi usada linguagem soez. Daí pretendemos que se pudesse apreciar o grau de isenção que queremos imprimir a este fortíssimo meio de comunicação que é a blogosfera.

Admitimos mensagens menos "simpáticas" para com os políticos locais e nacionais. Eles são homens públicos e, como tal, sabem que, desde que se lhes respeite a vida privada, nessa situação - de figuras públicas -, estão sujeitos a tais riscos, a que, voluntariamente se sujeitaram ao entrar na "vida pública".

Somos e continuaremos a ser tolerantes; mas não admitimos jamais que se aqui se alojem faltas de correcção ou grosserias para com os nossos leitores. E estes, sim, merecem-nos o maior respeito e merecem que os protejamos e protejamos as suas ideias livres.

Lourenço Anes disse...

P/ o Ricardo Tomás:

Nem sempre as palavras significam… o significado que lhes queremos imprimir. Você próprio admitiu que “o discurso argumentativo é algo que requer uma correcta interpretação e descodificação para que a mensagem possa ser plenamente entendida da parte do receptor”. Daí que o “essa eu não esperaria de si, homem!” também nada teve de que o pudesse incluir nos “níveis primários de apresentação de argumentos”. Peço que entenda. Desde que o seu nome aqui começou a aparecer foi evidente que considerei que os seus argumentos se situam num nível de equilíbrio interessante.
Com isto, não quero dizer que concorde inteiramente com a sua argumentação, particularmente no caso do “conceito de estética”…
Meu caro, a estética tem regras e não se compraz com o “gosto” de cada um; porque até se pode gostar da falta de estética. Daí que o povo diga que “se todos gostassem de amarelo…”

No caso presente das árvores daquelas avenidas, a estética tem “acessórios” interessantes que discutem no âmbito da arquitectura ambiental.
Por mero acaso, tive conhecimento do estudo que levou à implantação de árvores/tipologia arbórea daquela avenida. Imagine que os homens do ambiente, para além dos simples argumentos “ecológicos” tiveram em consideração questões que muitos (os técnicos e autarcas da CML, por exemplo) considerarão “questões menores” como sejam o controlo de temperatura naquela zona no verão, e… imagine: até a “cortina de sombra necessária a uma condução segura nas horas de nascer e pôr-do-sol”.
Como vê, ao contrário do que agora foi feito, ao arrancarem-se árvores só para alojar ali mais umas dezenas de carros, sem qualquer outro estudo, a implantação arbórea na avenida foi prévia e muito bem estudada, ponderada e justificada.

Finalmente, quero, em nome da equipa, agradecer as suas palavras amáveis. Fazemos o que podemos; tentando, sempre, fazer o melhor por Quarteira. Bem haja.

Lourenço Anes disse...

P/ o João Martins:

Espero que o “vossas excelências” se não trate de puro gozo!... Ó criatura! A gente aqui sentiu-se a pisar as alcatifas do palácio de Belém! Não goze, amigo.
Claro que nos sentimos honrados por que o João tenha achado o nosso post digno de emparceirar com os seus, no ‘macloulé’. Sirva-se à vontade, sempre que o entenda, meu caro.
Ao dar-nos essa honra, estará, com certeza, a prestar serviço aos nossos cidadãos.
Um abraço.

Anónimo disse...

A toda a equipa do Calçadão, eu quero enviar os meus cumprimentos e agradecer este post que tanto significado tem para mim própria, sobretudo porque, durante bastante tempo, me senti sozinha, nesta luta contra o abate de 297 árvores da avenida.

Com efeito, assumi essa posição, tanto na Assembleia de Freguesia, como publicamente, na imprensa, na televisão e no lançamento de um abaixo assinado, apenas com o apoio da minha boa amiga Esmeralda Brito, da sua filha Andreia e de um grupo de jovens escuteiros e de outros jovens da Juventude Socialista, sensíveis às questões estéticas e ambientais.

Dessa luta, de que o meu próprio partido, na altura, se alheou, apenas nos restou a consolação de que a Câmara de Loulé se tenha visto obrigada a mandar alterar o projecto de abate definitivo das 297 árvores das vias laterais das avenidas – obra que, aliás, já tinha sido adjudicada.
Dessa alteração resultou que quase metade dessas árvores tenha sido poupada a esse "abate definitivo"

Com o grupo que acima mencionei contámos e assinalámos cada uma dessas árvores, afixando, em cada uma delas um pedido de socorro para elas.
Para que se possa aquilatar da "consciência cívica" da autarquia louletana, foi dada a ordem cobarde e grosseira a funcionários para que procedesse, de imediato, à remoção desses pequenos cartazes individuais – o que, pressurosamente, foi feito, na madrugada desse mesmo dia, para que "o povo" não se pudesse aperceber do real significado de tamanho desvario autárquico.

Esse é o sentido cívico e democrático dos autarcas que regem os destinos do concelho e da nossa cidade!

Do estudo que levou à implantação de árvores/tipologia arbórea daquela avenida que o Sr. Lourenço refere no comentário, também já tinha tido conhecimento. Ouvi-o da boca do próprio senhor José Cavaco, ex-presidente da Câmara Municipal, a que presidia quando esse estudo foi feito e as árvores plantadas. Como muito bem diz o senhor Lourenço, nessa altura, ao contrário do que agora foi feito, ao arrancarem-se árvores só para alojar ali mais uns quantos (não muitos mais) carros, sem qualquer outro estudo, a implantação e escolha das árvores na avenida foi prévia e muito bem estudada, ponderada e justificada.

Por tudo isto, o post do Calçadão de Quarteira calou fundo no meu coração e não me envergonho de dizer que fez soltar lágrimas nos meus olhos. Obrigado, Calçadão.

Tenho esperança de que, um dia, alguém de bom senso e de verdadeiro amor pela minha cidade tenha a coragem suficiente para poder repor o que agora foi, cretina, leviana e quase diria "criminosamente", destruído pela Câmara de Loulé, com o aplauso do actual executivo da Junta de Freguesia de Quarteira.

Cumprimentos.

Hortense Morgado, membro da Assembleia de Freguesia de Quarteira eleita pelo Partido Socialista