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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

UM TEATRO E UM CINEMA PARA LOULÉ

e nós a pagar... e a vê-los fazer
Apresentação do Cine Teatro de Loulé - parte de uma foto da CML
No decorrer das celebrações do 20º aniversário de elevação de Loulé a cidade, a Câmara apresentou, entre outros, o projecto de remodelação do Cine-Teatro Louletano, obras que deverão arrancar no final de Março para estar concluída num prazo de ano e meio.

Trata-se de um investimento de quase três milhões e meio de euros para transformar o edifício “numa infra-estrutura com toda a segurança e conforto, mantendo as actuais valências mas numa perspectiva mais moderna e actual”, mais vocacionado para os concertos ao vivo e espectáculos de teatro e dança, já que a Autarquia pretende construir um cinema.

Refira-se que o Cine-Teatro passará a ter uma lotação de 370 lugares sentados.

Deixem ver se percebo: como o dinheiro “produzido” na quase totalidade em Almancil e Quarteira, Loulé irá ter um cinema novo e um teatro para 370 espectadores e prepara-se para dotar Quarteira de uma só sala que dê para tudo e só com 180 lugares.
Estão a ver? Ou preciso comentar?

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7 comentários:

Anónimo disse...

Estou a ver sim senhor! Mas quantos de nós quarteirenses ousamos dizer alto e bom som aquilo que nos vai na alma?
O que é que tem feito a AQUC e o BE e os comunistas e todos os outros?
O problema é que nós quarteirenses somos muito passivos.
O que é que faz na CML o Pessolo? Não deveria, de vez enquanto, defender Quarteira? Ou só lá está para encher a mula? Não haverá em Quarteira gente mais competente que estes pseudogobernantes?

Anónimo disse...

Enquanto os Quarteirenses, não se conseguirem entender e unir independentemente de cores políticas e interesses pessoais -no fundo como verdadeiros cidadãos que amam o local onde vivem - Quarteira infelizmente não conseguirá sair do estado de passividade e de marasmo cívico em que sempre viveu! Falta acima de tudo União (que dará sempre peso junto dos diferentes poderes políticos) exemplo perfeito disso foram as últimas eleições autárquicas, e também "Cabeça"- que existe mas até ao momento parece que continua "congelada" no velho baú da indiferença! É o resultado também de um desencantamento em muitos momentos dos quarteirenses para com os próprios quarteirenses, derivado das egocentricas "fogueiras de vaidades e querelas pessoais" fundamentadas na insignificância. Até lá Loulé e os louletanos, neste concelho iram sempre "pôr e dispôr" ( o que afinal no actual estado político-social ,será sempre uma consequência normal) dado a inexistência de forças significativas que lhes possam fazer frente no que toca à decisão de projectos estruturantes! Quem sabe um dia, algo mude? Ou talvez não? Quem sabe quando os quarteirenses realmente quiserem? Ou não?

Anónimo disse...

Uma fortuna para 370 lugares e ainda por cima alterando o velho estilo do Cine Teatro ? Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.
Melo

Anónimo disse...

O Ricardo tem alguma razão. Mas quando os partidos políticos usam de todos os trukes para segurarem sempre os mesmos nos lugares dos tachos... Não é, Ricardo?
Como é que aparecem como candidatos indivíduos sem quaisquer credenciais de mérito para gerir uma cidade como a nossa, como se esta freguesia fosse ainda uma aldeia de pescadores?
Algum dos seis ou sete candidatos que se apresentou nessas eleições apresenta capacidades de gestão, de planeamento, de prospeção, de visão?
Provavelmente, o Ricardo não poderá responder com imparcialidade. Mas tem obrigação de pensar no que eu digo e tenho a certeza que lá no fundo vai concordar comigo.
ALMEIDA

Anónimo disse...

Boas Sr. Almeida, antes demais deixe-me dizer que sempre existem determinados pontos de reflexão em que os Quarteirenses independentemente das suas simpatias e cores políticas , encontram-se de acordo e isso é muito importante, sendo sempre por aí que se deverá começar! Quanto a alguns aspectos que menciona, deixe-me esclarecer sucintamente alguns pontos:
1º "Truques partidários e tachos"- penso que nos dias de hoje a actividade política encontra-se completamente descaracterizada da sua essência, e como tal o que existe (por cá e não só) é a pura lógica do Poder pelo Poder e enquanto for assim, acho que todos nós que gostamos de observar a nossa contemporaneidade, entenderá bem o jogo político-partidário;
2º" Credenciais de mérito e capacidade técnicas para gerir uma cidade como Quarteira" - bem aqui neste ponto deixe-me dizer-lhe que a minha opinião nesta matéria, enquanto o actual quadro administrativo existir,é a de que tais capacidades e credenciais são completamente IRRELEVANTES, pois o poder de uma Junta de Freguesia é sempre SUPER-LIMITADO, portanto de que vale termos como presidente de junta individuos bastante credenciados profissionalmente e técnicamente, quando o seu raio de acção é curto e encontra-se condenado "á priori"? Claro que tal individuo sempre será um melhor orador e transportará consigo uma melhor imagem da cidade, mas tirando isso, funcionará mais como uma rampa de lançamento político no "nosso jogo" do que Quarteira a sentir reais Mudanças!!
3º "Questão da Imparcialidade" - deixe-me dizer-lhe que à partida está a tirar conclusões precipitadas. Ora vejamos, não é por ter familiares próximos que estão ligados a um determinado partido político, que eu obrigatoriamente também partilho dos mesmos gostos políticos, está enganado e errado, mas isso é um erro normal que a maioria das pessoas tem tendência a cometer devido ao facto de ter a necessidade de "encaixar" pessoas dentro de determinados esteriótipos. Não tenho qualquer cor política, deixe-me adiantar-lhe, apesar de no passado ter pertencido a uma juventude politica, mas por saber como as coisas actualmente funcionam há muito que deixei de ter qualquer interesse pelo actual estado de jogos político partidários, o que não me impede de ter ideais e convicções ( não demasiado deterministas) e de as poder colocar sem que tenham que associar-me a qualquer partido político independentemente das minhas origens! Já agora para terminar - a família vem sempre primeiro, quando os mais nobres principios e valores se verificam com ela - com isto compreenderá o porquê de nas últimas eleições ter participado na lista de um partido á junta de freguesia!

PS: A Imparcialidade, não passa de um puro "cliché" já que NINGUÉM É completamente IMPARCIAL ou NEUTRAL, assim nos diz a Psicologia Comportamental!

Cumprimentos

Anónimo disse...

Ora aí está! Pelo menos uma vez neste blog aparece um comentário inteligente. Com isso eu não quero dizer que concorde com tudo o que aqui disse o Ricardo. Mas tenho de lhe dar razão em muitas das suas afirmações.
E onde não concordo? Com isto: diz você "Credenciais de mérito e capacidade técnicas para gerir uma cidade como Quarteira" - bem aqui neste ponto deixe-me dizer-lhe que a minha opinião nesta matéria, enquanto o actual quadro administrativo existir,é a de que tais capacidades e credenciais são completamente IRRELEVANTES".
Não são! Não sao irrelevantes.
Se houver capacidade, conhecimento, vontade e determinação, haverá sempre algumas coisas que funcionaráo que é a capacidade de reivindicação e é a proximidade com os eleitores, o ir de encontro aos seus desejos e ambições.
E aí eu sei que é difícil lutar quando a câmara é de uma cor e o presidente da junta é de outra.
Mas isso é uma OBRIGAÇÃO do autarca eleito. E só o poderá fazer se tiver capacidades de conhecimento e de técnicas também.
Só que Quarteira tem sempre tido dois pontos negros: primeiro é que os presidentes da junta que temos tido são os tais yess men sempre prontos a dizer sim aos presidentes das câmaras da sua côr, desconhecendo ou esquecendo até onde podem ir as suas reinvindicações.
O outro é que nunca tivémos na câmara um verdadeiro quarteirense capás de defender a freguesia. Veja o que fazem os nossos autarcas actuais: o Zé Mendes acha (ou diz que acha) que tudo o que a câmara faz em Quarteira tem sido muito e bom (o quê????). Sabe porque diz porque é ignorante das funções do presidente da câmara e porque os seus intresses se sobrepoiem aos interesses colectivos. É um indivíduo cujas limitações não lhe permitem ir mais longe. Logo, uma má escolha para esta cidade.
O outro, o vereador que temos na câmara não passa de um bom-vivant sem visão estratégica a quem o presidente da câmara se vê logo que apenas o tolera e por isso lhe atribui as funções menores, os pelouros que parecem mais tachos que pelouros. Nunca fez nada por Quarteira apesar da simpatia que nos merece e da sua boa imagem.
Afinal, é isso apenas: interesse pelo poder para poderem ser como os galaricos na capoeira: vaidade de ser ou parecer alguma coisa. No fundo eles sabem que ninguém aqui lhes atribui qualquer valor.
É para isso que se valem do emblema do partido e da cor da camisola? É para isso que as pessoas votam neles?...
É claro que eu percebo as suas palavras quando diz que a "família vem primeiro" Claro, amigo. Para si, a família real, para outros é a chamada "família política".
Também sabemos que ninguém é completamente imparcial.
Mas que isso não funcione como óculos escuros para que se não veja a realidade... e aqui estávamos a falar de capacidades para gerir uma autarquia que é já afinal uma das maiores cidades algarvias.
Almeida

Lourenço Anes disse...

P/ o Anónimo de 4/Fev/2008 23:41:00:

Tenhamos esperança, meu amigo: um dia teremos em Quarteira alguém que saiba o que está a fazer, alguém que ponha o seu “quarteirismo” acima dos interesses pessoais e dos emblemas partidários…


P/ o Ricardo Tomás :

Pois é, Ricardo… se as “boas vontades” que por cá têm aparecido, em vez de se terem revelado como projectos pessoais se tivessem cingido ao amor à terra, em vez das tais "fogueiras de vaidades e querelas pessoais" que você refere…
Provavelmente, outro galo cantaria. Assim, percebendo as ambições pessoais que se escondem atrás de pseudo “movimentos independentes”… os quarteirenses vão ficando descrentes e desencantados e os efeitos são perversos e inversos às nossas legítimas ambições de progresso social e colectivo.
Mas um dia, as pessoas hão-de entender que só ganharão em unir-se e lutar por ideais.


P/ o Melo:

Exacto: uma fortuna para 370 lugares. Não lhes custa a ganhar! O dinheiro é…. do “município”…


P/ o Almeida:

Eu acho que o Ricardo não disse nada que contrarie o que você ou mesmo o ‘Calçadão’ pensa sobre o caso. Mas eu entendi o que você quis dizer de uma forma tão gentil quanto possível.
O que interessa, afinal, é a “moral da história”: um dia teremos alguém com “credenciais de mérito para gerir uma cidade como a nossa”. A esperança é a última a morrer!


P/ o Ricardo (2ª vez):

Ora aí está: o que importa é que haja “pontos de reflexão em que os Quarteirenses independentemente das suas simpatias e cores políticas” sejam concordantes…
O resto… Só não concordo com uma afirmação sua: “o poder de uma Junta de Freguesia (NÃO) é sempre super limitado”. Por duas razões: primeiro, porque o poder financeiro tem vindo a crescer progressivamente e segundo – e mais importante – é que o verdadeiro poder está em características como querer, imaginar, sonhar, sugerir, pedir e sobretudo, reivindicar!
E isso, como sabe, tem faltado. Há décadas! Porque as pessoas que têm estado à frente da Junta há mais de vinte anos, limitam-se a ser “pequeninos” nas capacidades e ambições. Aceitam o que lhes querem dar; e só!...


P/ o Almeida (2ª vez):

Ou eu me engano muito, ou você, o ‘Calçadão’ e o Ricardo estamos todos a falar a mesma linguagem, com nenhuns pontos de divergência e muitas coincidências…
Abstenho-me de “catalogar” as pessoas que você refere mas, aqui para nós, que ninguém nos ouve… até sou capaz de concordar com a sua “classificação de Lineu”…