Os factos reportam a 2005, quando, na véspera das eleições legislativas, um despacho assinado pelos ex-ministros Costa Neves (Agricultura), Nobre Guedes (Ambiente) e Telmo Correia (Turismo), declarou como sendo de utilidade pública um projecto do Grupo Espírito Santo (GES) para um empreendimento turístico em Benavente. No documento era autorizado o abate de mais de 2.500 sobreiros, uma espécie protegida.
Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS-PP, é um dos arguidos.
Foram ainda pronunciados três administradores do GES (José Manuel de Sousa, Luís Horta e Costa e Carlos Calvário), três responsáveis ligado à Direcção-Geral de Florestas (António Sousa Macedo, ex-director-geral, Manuel Rebelo, ex-subdirector-geral e António Gonçalves, ex-chefe do Núcleo Florestal do Ribatejo) - e três funcionários do CDS.
O Ministério Público defendia que todos os arguidos fossem levados a julgamento pelos crimes de que estão acusados.
O certo é que os três ex-ministros do PSD que assinaram o despacho saíram ilesos do processo.
À primeira vista, aí teremos, felizmente, mais uns quantos -«colarinhos brancos» a contas com a Justiça. Mas…
Quantos «colarinhos brancos» foram julgados e condenados pela Justiça portuguesa?
E, já agora: lembra-se há quantos anos se arrasta outro pro-cesso de «colarinhos brancos», o da pedofilia na Casa Pia?
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2 comentários:
Alguém fala que o Sócrates poderá, eventualmente, ter feito qq coisa, e sai em tudo o que é jornal, noticias de manhã à noite em tudo o que é sitio. Neste caso, em que estão envolvidos ex governantes CDS, assim como no caso dos submarinos, a coisa tem sido bastante controlada, porque será?
Este caso terá um desfeixo igual ao que tomaram em relação ao apito dourado tudo para casa estão todos absolvidos e a outra que arranjava a tal bendita fruta apanhou uns messes de cadeia mas em casa. Justiça só para o pé rapado. O banco falio o Sr O e C desviou 10 mil milhões e está em casa a aguardar julgamento o Madock em seis meses apanhou 150 anos de cadeia efectiva.
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