Câmara de Loulé apoia Cavaco Silva

terá sido a deliberação tomada por unanimidade?

A Câmara de Loulé anuncia, em comunicado, “o seu apoio incondicional a um novo mandato” de Cavaco Silva.

Garante essa nota que, segundo Seruca Emídio, “este apoio prende- -se, em primeiro lugar, com a forma séria, equilibrada, imparcial, justa e ponderada com que Cavaco Silva exerceu o cargo ao longo destes quatro anos, numa altura em que o País atravessa uma das maiores crises socioeconómicas de sempre”.

Após várias considerações, a nota refere ainda que “por último, os responsáveis do Município algarvio enaltecem o currículo, a experiência e o percurso político do actual Presidente da República e o seu papel no desenvolvimento do país, nomeadamente quando ocupou os cargos de Ministro das Finanças e de Primeiro-Ministro, num dos períodos de maior crescimento económico de Portugal” e que descreve o currículo do candidato.

Trata-se de uma curiosa nota esta, que foi remetida à imprensa e que se titula “Executivo da Câmara Municipal de Loulé apoia (re)candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República”.

Ora, considerando que, tanto a Constituição da República, como o artigo 56º. da Lei 169/99 definem que “a câmara municipal (…) é o órgão executivo colegial do município, eleito pelos cidadãos eleitores”, estes mesmos cidadãos eleitores deveriam ser informados em que circunstâncias este «executivo» tomou esta deliberação. Por unanimidade? Por maioria? Em reunião ordinária?

Ou, como parece ser nova moda, terá sido mais um acordo assinado em casa de alguém?
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