Quem ouviu o discurso em que o professor Cavaco anunciou a sua recandidatura deve ter ficado «desqueixado» de tanto abrir a boca.
Se eu ouvi bem, Cavaco falou de si como se estivesse a falar de Deus: “Sei bem – disse ele – que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos".
E esclareceu que foi ele que “avisou”, “alertou”...
Sócrates (e Teixeira dos Santos) é que não aproveitou desse "conhecimento, experiência, rectidão, serenidade, realismo e bom senso" que Cavaco, omnisciente e magnânimo, pôs à disposição deste desgraçado país!
Que seria desta terra (e de nós todos) se não fosse o "conhecimento, experiência, rectidão, serenidade, realismo e bom senso" e sem a “magistratura de influência” “activa” do homem que, com toda a humildade, nunca se engana e raramente tem dúvidas?
Cavaco nunca teve dúvidas quando distribuiu benesses pelos seus confrades da indústria e da agricultura, quando o dinheiro jorrava da cornucópias de Bruxelas.
Cavaco nunca se enganou quando, em vez de fomentar a modernização das frotas pesqueira e comercial, permitiu o abate indiscriminado de traineiras e mesmo de botes de pesca, ou a fuga para paraísos fiscais das bandeiras da frota comercial.
Cavaco nunca se enganou quando nomeou para o Conselho de Estado gente que desbaratou milhões da banca portuguesa e que em qualquer outro país estaria a contas com a Justiça. Enfim... bons tempos!
Mas estaremos a falar do mesmo Cavaco do "conhecimento, experiência, rectidão, serenidade, realismo e bom senso"? Com este de agora isso nunca teria acontecido.
E veja-se como nos últimos cinco anos – tantos quantos durou a sua “activa magistratura de influência” - o país progrediu: sem ele não estaríamos à beira do abismo...
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8 comentários:
É o maior! Só lhe falta o bolo-rei!
Já me fartei de "banha da cobra"...
Se alguém tiver falta é só avisar..
Só estas nódoas!
É estranho que alguns acusem o Presidente da República de se imiscuir nas questões do Governo e que ao mesmo tempo o acusem de nada fazer.....
Seria desejável que, dentro daquilo que são as competências atribuídas e definidas na Constituição da República, que o Presidente da República pudesse reforçar o contributo para ajudar Portugal a sair desta situação delicada em que se encon
O exemplo do senhor professor doutor Aníbal Cavaco Silva transformam-no na referência primeira de Portugal, que precisa de se rever no mais alto magistrado da nação!
Precisamos na Presidência de alguém que tenha uma outra visão do mundo, de Portugal, outra atitude, um espírito mais aberto, uma visão mais humanista, como disse Alegre.
Estamos fartos de Cavacos.
É absolutamente inqualificável estes autoelogios de Cavaco Silva!
Coitado do homem!
Só não aprendeu foi a falar....
Este sopinha de maça.
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