O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem que o hospital Amadora-Sintra, o único hospital do Serviço Nacional de Saúde gerido por um grupo privado, vai deixar de o ser, passando, no primeiro dia do próximo ano, com o estatuto de hospital-empresa, para a gestão pública.
Acabou, ao fim de dez anos sobre o início da experiência da gestão privada. Sócrates explicou porquê: "Há uma grande dificuldade em fazer os contratos, o Estado gasta uma fortuna para vigiar o seu cumprimento e nunca foi possível eliminar a controvérsia. Por isso, é melhor o SNS ter gestão pública".
Agora, apenas os hospitais que já têm concurso público lançado terão a gestão clínica entregue ao parceiro privado, por um período de dez anos (Cascais, Braga, Vila Franca de Xira e Loures).
Nas novas unidades (onde se inclui o Hospital Central do Algarve e o hospital de Todos os Santos, em Lisboa), a parceria com os privados a aplicar-se apenas à construção.
A esquerda rejubilou. A direita calou-se, com o rabinho entre as pernas.
Será que se começa a reconhecer agora os efeitos desta reforma na saúde?
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