Fotos tiradas na manifestação de professores: Expresso – Paulo Reis e Fernando Godinho
Há alguns anos, os professores eram respeitados e faziam-se respeitar. Os tempos mudaram; as políticas, os usos, as práticas alteraram-se. A profissão foi perdendo a auréola que a envolvia e muitos profissionais foram perdendo o prestígio e a consideração dos seus concidadãos.
Culpa de quem? Do “sistema”? Das práticas sociais na rua e na família? Dos próprios professores? De todos, sem dúvida.
Mas os agentes educativos não podem, ser eles próprios a “entregar o ouro ao bandido”, ao mesmo tempo que entendem que práticas correntes em todas as profissões, como é a avaliação de desempenho, lhes retiram a dignidade e o respeito.
As consequências podem ser desastrosas:
Uma professora de francês da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, foi brutalizada, em plena aula, quando tentava tirar o telemóvel a uma aluna que teimava em usá-lo durante a aula. Os restantes alunos assistiram, divertidos e boçais, e filmaram. Para que conste.
E agora? Castiga-se a aluna e fica tudo bem?
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