mas a ministra não vai sair
- Foto da manifestação de ontem, do jornal «Público»
Na entrevista da RTP, a ministra da Educação revelou que Portugal tem 143 mil professores.
Entretanto, mais de 50 mil, segundo a generalidade da imprensa e das autoridades policiais (100 mil, segundo os sindicatos), pediram ontem a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.
“Está na hora, está na hora, de a ministra ir embora” – gritou-se na ‘marcha da indignação’, que, ao longo de mais de três horas, encheu as ruas de Lisboa, do Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço. As palavras de ordem foram "repetidas por novos e velhos, famílias inteiras unidas pelo descontentamento".
A ministra garante que não; que não se demite; que tem um programa para cumprir e que vai cumpri-lo.
Concordamos, na generalidade, com esta posição da ministra. Realmente, seis milhões de portugueses votaram para eleger um governo e não para que fossem os sindicatos dos professores a ditar as suas leis (ou os tribunais, noutros casos).
Mas uma coisa é certa: ninguém poderá pôr em prática uma política – seja ela de educação ou de qualquer outra vertente da vida social – se o fizer contra os seus agentes.
Que Maria de Lurdes Rodrigues e o primeiro-ministro tenham isso em atenção.
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