já fizeram uma visitinha

Amazing Counters
- desde o dia 14 de Junho de 2007

sábado, 10 de maio de 2008

A escola, os meninos, o extintor

… e a lamentável falta de vigilância

Dois meninos brincaram com um extintor. Um deles puxou a cavilha de segurança. O extintor disparou derramando o pó, assustando os meninos, pondo a escola em pânico.

Tudo normal: As crianças são traquinas. As crianças são curiosas. As crianças são atrevidas. As crianças são irresponsáveis. Tudo normal, portanto.

Tudo? Bem… Vejamos:

A escola é novinha, acabadinha de estrear. Os extintores não deviam estar fora do alcance das crianças? Deviam. Mas os adultos são imprevidentes e não repararam, os técnicos são distraídos e não repararam, as múltiplas vistorias parecem ser apenas pró-formas, coisas de burocratas!…

E o resto? Os professores do primeiro ciclo não são obrigados a acompanhar os alunos dentro e fora das salas de aulas? Parece que há leis sobre a matéria… E as auxiliares de acção educativa servem para quê? Quais são os deveres funcionais de uns e outros?

Duas crianças a traquinar, sozinhas, num corredor duma escola é normal e aceitável? Não é. Os pais acreditam que os seus filhos ficam bem entregues quando os deixam nas escolas. Se não podem acreditar, então, alguma coisa vai mal nos estabelecimentos de ensino. E não é só o fraco rendimento dos alunos nem a recusa da maior parte dos professores em serem classificados.

Que se medite nisso. Muito a sério. Para que, na próxima vez, não haja apenas a lamentar o pânico como o que se gerou hoje na Escola Francisca de Aragão, a implicar o transporte e assistência de 35 crianças ao Centro de Saúde.
..

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente a gente confiamos os nossos filhos porque julgamos que ficam bem entregues. É claro que os miudos muitas vezes portam-se mal mas é para tomarem conta deles que lá estão as professoras e as contínuas. Se elas não cumprem as suas obrigações não merecem estarem nesses lugares.
Maria Aubusta

Camila disse...

Vou discordar um pouco da opinião da Maria Augusta e estou certa que ela não me levará a mal.

Infelizmente muitos pais entendem a escola como um amplo depósito onde se "despejam" os filhos durante umas horas enquanto eles labutam pela vida.

Concordo que mesmo nesses "depósitos" devem estar asseguradas todas as condições de preservação do "material" humano à sua guarda.

O problema é que mesmo um exército de professores, auxiliares ou seguranças será ineficaz quando no lar não se fizer a educação que facilite a sua tarefa.

Cumprimentos.