Foto de Manuel de Almeida / Lusa
O primeiro-ministro José Sócrates foi condenado, na semana passada, pelo Tribunal da Relação de Lisboa, a pagar 10 mil euros ao jornalista do «Público» José António Cerejo.
A questão arrastava-se desde 2001, quando Sócrates era ministro do Ambiente e escreveu uma carta a reagir a um artigo de Cerejo, em que este levantava dúvidas quanto à forma como José Sócrates concedera um subsídio de um milhão de euros à associação Deco.
A carta foi publicada no jornal de Belmiro de Azevedo e, nela, se acusava o jornalista de ser "leviano e incompetente" e de servir "propósitos estranhos à actividade de jornalista".
O jornalista entendeu que a carta manchava o seu “bom nome” e meteu um processo em tribunal, pedindo 25 mil euros de indemnização.
O trio de juízes da Relação considerou agora que a carta criou um "ambiente de dúvida que afecta a credibilidade do jornalista" e condenou o primeiro-ministro a pagar 10 mil euros a António Cerejo.
Será que a Justiça em Portugal está a ser influenciada pela síndrome dos apitos do futebol e, por isso, começa a funcionar?
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1 comentário:
Nunca um poder dito democrático em Portugal atacou com tanta ferocidade o direito de protesto e de opinião livre. É bom que se tenha consciência disso. Foi este o governos menos democrático e mais autoritário desde o 25 de Abril de 1974. Nem Cavaco...é bom que se tenha isto em conta.
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