“O «Primeiro de Maio» assume, na sua génese internacional histórica e no actual momento de crise económica, com todas as suas nefandas consequências, um sentido muito próprio, numa consciencialização para essa realidade indestrutível que é a alavanca maior do progresso, constituída pelo trabalho do homem e todos os direitos que lhe assistem”.
(Não entendeu? Leia duas vezes mais e vai ver que até é capaz de perceber o que quereria a governadora dizer!).
Continuemos a leitura:
“Nesta data quero prestar a minha sincera homenagem a todos os trabalhadores algarvios, naturais da Terra Sulina ou aqui residentes, reafirmando o propósito, sempre assumido, de tudo continuar a fazer em prol da sua dignidade e da melhoria das suas condições de vida, como recordo, num preito de saudosa evocação o exemplo de tantos outros que, ao longo dos anos, sofreram as agruras do vilipêndio e da repressão, por defenderem os direitos dos que vivem do seu honrado trabalho”.
Caramba! A senhora ainda não entendeu que há diferença entre escrever uma nota oficiosa e um comentário pindérico para a revista «Maria»?
Também não percebeu que escrever bem não é escolher as palavras bizarras e difíceis num dicionário?
Como é possível transformar tantos assuntos sérios numa perfeita gargalhada?!
2 comentários:
Mas a Governadora é que escreveu isso?
Não acredito. Tem lá funcionários para o fazer, concerteza.
Acho que o Lourenço deve estar a desincerir o texto do contexto...
Uma entidade oficial tem obrigação de levar a sua missão a sério. Este comportamento ridículo da representante do Governo no Algarve não dignifica as instituições e particularmente o Governo da Nação.
Tem havido, ao longo dos anos, muitos Governadores Civis que não terão o dom da escrita e nem sequer o dom da palavra.
Estou mesmo a crer que os dois últimos Governadores Civis de Faro não eram pessoas particularmente dotadas para a Literatura.
Mas os Governos Civis têm a obrigação de ter pessoas qualificadas que lhes preparem os documentos e os discursos.
A Governadora Civil sabe, com certeza que as suas prosas caricatas são troçadas em todo o Algarve e são enviadas pelos jornalistas algarvios aos seu colegas de todo o País.
O Alagarve não sai muito bem da fotografia, pois o pensamento comum levará à conclusão que a D. Isislda é, na sua incapacidade, o reflexo das fracas capacidades dos algarvios.
Pessoalmente, estas situações envergonham-me, na qualidade de algarvio fora da minha terra por dever de ofício.
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