já fizeram uma visitinha

Amazing Counters
- desde o dia 14 de Junho de 2007

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Antologia

amo o teu túmido candor de astro

a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva
Por ti eu sou a leve segurança de um peito
que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de ----------------- --------------------------- pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um ------------------- --------------------- sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro -------------------- ------------------------ solar
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de ----------------- ----------------------------- chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto

RAMOS ROSA in «O teu rosto»(1994)

António Vítor Ramos Rosa nasceu em Faro em 17 de Outubro de 1924.
Fez estudos secundários, trabalhando como empregado de escritório, correspondente comercial, professor e tradutor.
Nos anos 50, foi residir para Lisboa, onde foi director das revistas literárias Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, tornando-se conhecido como ensaísta e crítico literário.
A partir de 1958, com a publicação do livro Grito Claro, torna-se conhecido como poeta. Em 1976 recebeu o prémio de tradução da Fondation de Hautvilliers e em 1988 foi-lhe atribuído o Prémio Fernando Pessoa.

Sem comentários: