E pronto: o Louletano cumpriu o seu fadário: desceu de divisão, pese embora o sugadouro de dinheiro que a Câmara de Loulé ali desbaratou, sobretudo nos últimos três anos, a pretexto de contratos-programa que ninguém fiscaliza. Porque não lhe convém fiscalizar.
A mesma Câmara que aqui há uns dias, sem qualquer pudor, atribuiu um subsídio (esmola?) miserável a uma instituição de beneficência, a mesma Câmara que se auto-proclama de magnífica gestora dos dinheiros públicos, essa autarquia que gere dinheiro que é de todos nós, entregando-o à concupiscência de uma direcção sem rei nem roque, sem capacidade maior do que o facto de ter mais olhos que barriga e a falta de sentido de ridículo, que já levou os seus directores a escolherem um cidadão estrangeiro que não sabia uma palavra de Português para presidente da assembleia-geral do clube, só para poderem sugar em mais uma teta; como se gente dessa se deixasse sugar sem fortes contrapartidas.
Confrange a comparação com o tratamento dado aos outros clubes desportivos do concelho. Quer dizer: confrange… a alguns; não aos que gastam estupidamente dinheiro que lhes não pertence.
Ainda não estão esquecidas as palavras de Seruca Emídio que, publicamente declarou, no Hotel Ria Park, há três épocas, numa conferência de imprensa a que presidiu como se fosse o real director do clube (será?), que a Câmara era o maior investidor do clube; sem que ninguém se tenha preocupado com isso: nem Tribunal de Contas, nem a Inspecção-geral da Administração Interna, ou a actual Inspecção-Geral da Administração Local. Nada nem ninguém.
E não se contabilizam as despesas com as obras da sede (num negócio pouco claro que envolveu um empréstimo a título de "adiantamento"), a cedência gratuita e de exploração de estruturas municipais como o pavilhão gimno-desportivo, por exemplo, enquanto as camadas jovens de jogadores treinam em instalações terceiro-mundistas.
Por coisas muito parecidas anda há anos a Fátima Felgueiras às voltas com os tribunais.
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2 comentários:
Quando os clubes querem viver acima das suas possibilidades dá nisto. Quando os políticos querem retirar dividendos disso dá borrasca. Quando as negociatas privadas rondam a bola é a desgraça para os bens públicos.
Abraços ao Calçadão.
Então e o Quarteirense não vai ter uma sede nova construida pela câmara ao pé das piscinas? Ou vocês só olham para os outros?
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