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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Autárquicas: Vitorino em desvario

a caça aos gambuzinos e forasteiros
José Vitorino reuniu ontem o seu próprio partido: «Cidadãos com Faro no Coração». Para quê? Para que lhe fosse feito o convite para se candidatar a ser o próximo presidente da Câmara de Faro.

É claro que o convite foi feito, aprovado por unanimidade e aclamação, e Vitorino diz que a sua vai ser
uma candidatura independente e sem discriminações ideológicas”.

O ex-presidente da Câmara de Faro, ex-militante PSD, ex-inventor de uma confederação empresarial que nunca passou de uma modesta associação de empresas, disse, então, que a sua
é uma candidatura ganhadora, congregando a militância e votos de todas as ideologias e mobilizando os quase 25.000 eleitores que em Faro deixaram de votar em partidos políticos”.

O turbulento «ex» diz que o objectivo é “a conquista de lugares autárquicos, por missão e não por ambição” e ataca os seus adversários, da forma mais truculenta pois, para quem diz que vai protagonizar “uma candidatura sem discriminações”. Deixou bem claro o seu ponto de vista «não discriminatório»:

Havendo no Concelho de Faro grandes personalidades, é absurdo que sejam propostas pelos partidos candidaturas de forasteiros, e ainda mais absurdo que fossem eleitos.
O candidato forasteiro de Olhão, que agora é presidente (…) já demonstrou não servir, tendo parado a Câmara e o Concelho, alimentando as clientelas do partido, esbanjando dinheiro”.
O candidato forasteiro de Tavira, tem-se descredibilizado ao dizer mal de tudo e de todos (…) é uma candidatura sem nada de novo e de alto risco, pois desconhece o concelho e a Câmara
”.

Acreditam que seja possível avaliar a capacidade de um autarca pela certidão de nascimento?

Vitorino, coitado, esse acredita.

1 comentário:

Atento aos sinais disse...

Primeiro foram os forasteiros... depois....
depois levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários
Mas, a mim, não me afectou
Porque eu não sou operário

(Bertolt Brecht em versão Zé-vitoriana!)