Dia da Cidade de Quarteira (epílogo)

usando palavras da câmara de loulé

Imagens: Fotos dos arquivos da Câmara Municipal de Loulé
Com a transcrição do que fundamentalmente se afirma em notas de imprensa da autarquia – e que, no essencial, se limita a confirmar o que o ‘Calçadão’ já noticiara -, julgamos que iremos dar por findas as notícias respeitantes às comemorações “oficiais” do Dia da Cidade de Quarteira, no dia em que se assinalaram dez anos da sua elevação ao estatuto de cidade.

Centro Autárquico de Quarteira

Diz a Câmara, em nota oficiosa, que a nova estrutura “integra os serviços municipais da Delegação da Câmara (actividades económicas, tarifas, taxas e licenças, tesouraria) e também novos serviços, nomeadamente uma delegação da divisão de Acção Social”, prevendo ainda uma futura “recepção de processos de obras particulares”.

Este local passa a ser também a nova sede da Junta de Freguesia. Por outro lado, assinala a criação de um auditório com capacidade para 150 lugares, para “realização de conferências, seminários, reuniões e outras iniciativas”.

“Paralelamente, integra ainda um balcão de atendimento da EDP e outro do Instituto de Emprego e Formação Profissional” e representa um investimento superior a 700 mil euros.

Reabilitação da Rua Vasco da Gama

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Nas palavras da nota de imprensa da autarquia, a Rua Vasco da Gama vai sofrer uma “intervenção ligeira que tem um duplo objectivo: permitir o acesso a veículos prioritários e melhorar a circulação pedonal. Nesse sentido, as características urbanas da artéria irão manter-se e não haverá uma alteração significativa da imagem que tem hoje, ou seja, não haverá qualquer tipo de alteração nas infra-estruturas e pavimentos” limitando-se à “substituição de mobiliário urbano; os postes de iluminação serão retirados e colocados novos candeeiros” para o que “serão demolidas as floreiras que existem no meio da rua, com reposição de calçada nesses espaços e as caldeiras das árvores serão alargadas” .

“Uma das alterações mais significativas decorrerá no entroncamento com a Rua Gago Coutinho, onde será efectuado o nivelamento do pavimento e os lancis retirados, evitando que os peões tenham de ultrapassar obstáculos”.

Obras viárias; prolongamento da Av. Sá Carneiro

Reforçando que a “cidade vai crescer até à Fonte Santa com prolongamento da Av. Sá Carneiro”, a Câmara relata as visitas efectuadas a obras que, no seu entender, têm “em vista a requalificação deste importante centro urbano do concelho e a melhoria da qualidade de vida da população”.

Diz a nota que “os responsáveis municipais fizeram uma inauguração simbólica às duas rotundas recentemente criadas na Avenida Sá Carneiro”, um investimento de 360 mil euros.

Depois, “os responsáveis municipais e da Junta de Freguesia” visitaram as obras da creche «Os Meninos do Aleixo», da Fundação António Aleixo, consequente de uma candidatura ao programa PARES, em que a autarquia louletana contribuirá com apenas 30% do investimento (260 mil euros).

A seguir, “a comitiva deslocou-se ao local onde decorrem os trabalhos do novo reservatório de água de Quarteira (Abelheira III)”, que alargará a capacidade de armazenamento de 3000 para 5000 metros cúbicos, e deverá estar concluído em Fevereiro de 2010, num investimento de 525 mil euros.

A obra seguinte foi a repavimentação da V.N.C. 586 (Al-Sakia), com a construção de um troço de ligação à E.N. 396, e de uma rotunda (900 mil euros).

Finalmente falou-se no prolongamento da Avenida Sá Carneiro à Fonte Santa, em duas vias (4 faixas) com separador central, numa extensão de 1400 metros e cerca de centena e meia de árvores, com ligação com a nova “Via Distribuidora Norte de Quarteira" (já adjudicada), que está incluída no Plano de Urbanização de Quarteira Norte-Nordeste.

Esta obra, que poderá arrancar antes do mês de Agosto, ou só após o período de maior fluxo durante o Verão, deverá demo-rar 7 meses, custando 2 milhões de euros, acrescido de IVA.

Apresentação do estudo prévio do Centro Cultural

A acrescentar ao que dissemos anteriormente, sobre o que poderá vir a ser o Centro Cultural, a nota acrescenta as palavras de Seruca Emídio que afirmou que se pretende que esta estrutura cultural seja “um marco arquitectónico importante no contexto de Quarteira”, sendo “um projecto ambicioso que vai de encontro à requalificação urbana e ao virar da página no urbanismo de Quarteira”.

Souto Moura fez a apresentação da sua ideia, traduzida no “estudo prévio” para o Centro Cultural de Quarteira, que deveria “integrar um auditório com 350 lugares, com cadeiras rebatidas ou não, uma zona de exposições e uma zona de biblioteca, uma pequena sala para iniciativas mais restritas, que funcionará como um pequeno auditório, mas poderá servir para exposições específicas ligadas à arte contemporânea, pequenos concertos ou conferências temáticas”.

Ainda segundo a mesma nota, “no último piso, está prevista também uma zona ao ar livre, um espaço para jardim, e uma cafetaria ou eventualmente um restaurante com esplanada”. E como o arquitecto entende que “a cultura hoje está muito ligada à economia, [o centro cultural] terá de ser também um espaço comercial”, pelo que serão criadas algumas lojas para venda de discos, de objectos de design, galerias e livrarias.

No que respeita aos materiais usados no exterior, será um misto de betão e ferro; a parte de baixo será branca e terá ainda um lambrim com pedra de cor creme.

Segundo a nota de imprensa da autarquia, “o projecto de execução estará concluído no final do ano. O processo de concurso terá a duração de meio ano, prevendo-se que a obra seja executada em dois anos. Quanto ao investimento que será aqui realizado ainda não há números”.

E pronto. Pela minha parte, parece que pouco mais tenho que dizer.

Sou um céptico e já estou acusado por todos, inclusivamente pelo Lourenço, de que torço o nariz a tudo...

Os meses mais próximos confirmarão se sou um céptico... ou um realista...