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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia das Mentiras

mais valia que não fosse apenas brincadeira
No começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, início da Primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de Abril.

Em França, em 1564, depois da adopção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX determinou que o ano novo passasse a ser assinalado no dia 1 de Janeiro. Muitos franceses, porém, tentaram resistir à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, festejando o início do ano em 1 de Abril.

Perante isso, alguns dos seus amigos, brincalhões, passaram então a ridicularizá-los, enviando-lhes presentes bizarros e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como «plaisanteries».

Esta terá sido, segundo a tradição, a razão do início do Dia das Mentiras. No século passado, os jornais juntaram-se à festa, incluindo nas suas edições de 1 de Abril, mentiras inocentes mas credíveis, algumas das quais ficaram célebres.

Em Lisboa, uma notícia de 1 de Abril, no ano em que foram inauguradas as torres de iluminação do antigo Estádio da Luz, mostrava uma foto em que, aparentemente, uma dessas torres ameaçava tombar sobre o relvado. Milhares de lisboetas acorreram para ver o desastre que, felizmente para o Benfica, não passava de uma brincadeira de Abril.

Infelizmente, para os quarteirenses, ninguém comprou a porcaria dos prédios abandonados na avenida Sá Carneiro e os amigos leitores do ‘Calçadão’ com certeza que irão desculpar este nosso «poisson d’Avril» - como agora lhes chamam os franceses.

Não haverá hotel de quatro estrelas na avenida Sá Carneiro. Só dois prédios continuarão ali, inacabados, como nódoas indecentes.

3 comentários:

Anónimo disse...

Que pena!

Anónimo disse...

Eu cai que nem um patinho.
Abraço
João Martins

Raul disse...

Pois, para ser franco.... também caí. Mas a ideia não poderia ser aproveitada?