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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fim de um ano para esquecer

só resta a esperança para nos agarrarmos
Imagem: montagem sobre desenho de autor desconhecido, recolhido na Net
Ano Novo, vida nova. Pois veremos a qualidade dessa vida nova… O que se anuncia não augura nada de bom.

Dizem que pode vir o FMI. Pode ser pior? Do bolso da grande maioria dos portugueses, exaurido pelos malditos «mercados», já esse papão pouco pode tirar.

O ano que agora acaba foi o ano dedicado ao combate à exclusão social, mas vai deixar-nos com a certeza de maiores desigualdades sociais e menos justiça social, e com a ameaça de que o ano que aí vem irá deixar-nos com muito mais gente transformada em «arrumador» ou «pedinte de semáforo».

2011 será o «ano internacional do voluntariado» e o «ano internacional das florestas». Se as iniciativas tiverem tanto êxito como o de 2010 a combater a exclusão social, iremos ver muitos mais presidentes de câmara empenhados em desarborizar as cidades e em autorizar novos empreendimentos urbanísticos que acabem com o que resta da floresta portuguesa, e também assistiremos a um – compreensível – aumento de individualismo e egoísmo.

Mas se o Governo já nos levou quase tudo o que havia para levar e se o FMI aí vier para nos sacar até o cotão das algibeiras, haverá sempre uma coisa que nos não poderão sacar: a esperança.

E é a essa esperança que nos agarramos: que o Governo, num golpe de asa consiga evitar males maiores e que as ameaças não passem de um susto ampliado até à exaustão, pelos meios de comunicação social sedentos de «sangue alarmista» que lhes dá visibilidade e protagonismo.

Que o ano que irá chegar dentro de horas não seja, afinal, o «ano da desesperança».
*

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