No salão nobre da Câmara de Loulé, realizou-se, hoje, um acto público para formalizar a assinatura do contrato para a realização do Plano de Urbanização da zona dos Caliços-Esteval (PUCE), que marca o início do projecto do IKEA no Algarve, o qual pretende instalar, até 2015, uma loja do grupo, um centro comercial e um retail park.
Na assinatura deste «acordo de cooperação» entre a IMO224, empresa proprietária dos terrenos e controlada pela IKEA Portugal, e a autarquia de Loulé, marcaram presença, além dos responsáveis nacionais da IKEA, António Machado e Kristina Johansson, directora-geral para o mercado português, o presidente da Câmara e o Secretário de Estado do Comércio e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.
Serrasqueiro foi pródigo em elogios à Câmara e à multinacional sueca, a qual disse que a decisão de se instalar em Portugal é “um acto de coragem” pois seria mais cómodo a qualquer investidor “esperar que a crise passasse e que os ventos mudassem e aparecessem depois. Aparecer um grupo que está disposto a investir é muito bom”.
O governante fez questão de historiar os episódios que enformaram a polémica que, nos tempos mais recentes, opôs o grupo IKEA ao Grupo Auchan e garantiu que, nesta situação, o “casamento” entre Auchan é “uma questão entre privados, na qual o Governo não se deve intrometer” mas adiantou que, “hoje mesmo”, conversou com responsáveis de ambos os grupos que mantiveram a irredutibilidade das suas posições: o IKEA não tem qualquer interesse na localização proposta pela outra parte, mas que isso “é um negócio entre privados em que o Governo não tem que interferir tal como não interfere no negócio imobiliário que está subjacente em ambos os projectos". E conclui: “se um (Imocam/Auchan) condiciona o projecto relativamente ao outro e o outro, o IKEA, diz que não está disponível…”.
Deste modo, o grupo IKEA formaliza a opção por instalar-se num terreno de 40 hectares na zona dos Caliços, junto ao nó Loulé/Sul – que já é propriedade do grupo IKEA.
No entanto, a decisão final caberá à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve uma vez concluído o PUCE, que será realizado pelo investidor, não cabendo quaisquer custos à Câmara de Loulé.
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4 comentários:
Afinal, o Governo e a CCDR estavam na plena posse de toda a informação. Afinal, não houve nada oculto. Tudo teve a máxima transparência. Se alguém comprou terrenos na esperança de os vender inflacionados, saiu-se mal!
Mas então quem queria casar com o teixeirinha o tal que quando veio para Quarteira e começou a explorar os trabalhadores não se lembrou da existência de leis, quando estes o confrontaram com o tribunal de trabalho e foram indeminizados, este rapazola foi o tal que disse á boca cheia aos trabalhdores que nem que estivessem a passar fome ele lhes daria emprego, mas soube-lhe bem viajar para o Brasil com o dinheiro que era devido aos trabalhadores explorados durante anos e anos a fio. Vai trabalhar moço, que aqui já sabemos das tuas rezas.
O Bloco de Esquerda não se opõe à vinda do IKEA. Opõe-se sim à elaboração deste plano apenas porque aparece desgarrado
de qualquer linha de orientação política ou económica para o concelho de Loulé,
numa altura em que decorrem ainda os trabalhos preparatórios da revisão do
Plano Director Municipal.
Quem comprou os terrenos para os vender inflacionados, como0 diz o anónimo foi o Reinaldo Teixeira, da Garvetur mais o sócio Apolonia. Porque não chamam logo os bois pelos nomes?
Estão a querer defender essa cambada? Não merecem.
Eu fico satisfeita por duas coisas, por vir a IKEA para haver um centro comercial no concelho com empregos e tudo isso, e por a IKEA não aceitar a negociata desses gulosos.
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