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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A frase do mês

a lucidez põe o dedo na ferida
A frase lapidar que aqui se transcreve saiu da pena do director do - «barlavento», a propósito do tema «regionalização». Mas podia ter servido para enquadrar qualquer outro tema da vida nacional.
Aí ficam as palavras lúcidas de Hélder Nunes:
  • "Existem, no Partido Socialista, dois tipos de militantes – as elites do aparelho partidário, que dominam o arco-do-poder central, e os da periferia, que se indignam, reclamam, mas ninguém lhes liga nenhuma, a não ser em tempo de eleições".
    in jornal «barlavento», 15/Jan/2010, por Hélder Nunes

Mas será que algum «quadro» alguma «elite» do Partido será capaz de interpretar isto? Duvido - as suas cabecinhas estão cheias das suas «verdades» e das suas ambições. Não cabe lá mais nada.

Esperemos pelas eleições. Eles virão estender-nos a mão, sorrisos e mesuras.


2 comentários:

Anónimo disse...

Raro é o dia em que o Calçadão de Quarteira não publica críticas azedas sobre o Partido Social-Democrata e os seus responsáveis políticos. Ora é porque o Dr. Seruca faz ou não faz isto ou aquilo que o José Carlos entende que deveria ser ou não ser feito, ora porque é o Dr. Bota toma esta ou aquela posição que não agrada aos autores do blog. Enfim...
Sobre os outros partidos, raramente sai uma palavra de censura, ou uma observação menos simpática. Especialmente sobre o Partido Socialista, onde parece que tudo corre no melhor dos Mundos.
Ora não é assim, como se sabe. O ano de 2009 foi um ano conturba-do para o «partido da mãozinha fechada», cá pelos nossos Algarves.
Os casos mais visíveis estiveram relacionados, como não podia deixar de ser, com as eleições que se saldaram no maior fracasso de sempre para o PS regional: perderam das Europeias, como perderam em todo o país.
Tiveram o maior desaire a nível nacional nas Legislativas e, em Lou-lé, conseguiram a proeza de, tendo um candidato que tinha todos os predicados para se bater taco-a-taco com o do PSD, acabarem por alcançar a maior desastre de sempre, com uma humilhação absoluta na Freguesia de Quarteira.
As explicações (ou justificações) não têm sido dadas, como se sabe.
Por exemplo, que se tenha dado por isso, nunca foi explicado por que razão, da lista de candidatos a parlamentares, foi eliminada a deputada Aldemira nem porque foi colocada a ex-europeia Jamila numa posição de quase inelegibilidade. Nem que mais-valia trouxe a candidatura de João Soares.
A nível concelhio, ninguém percebeu porque, com a campanha em marcha, foi afastado o director de campanha, deixando-a sem estratégia, sem uma linha de orientação, ao sabor de acções desgarradas, sem sentido, infantilizadas.
Também ninguém explicou a razão de a lista para a Câmara Muni-cipal apresentar em segundo e terceiro lugares pessoas independen-tes, de Quarteira, tendo os socialistas louletanos sido afastados da lista, nem porque a lista para a Assembleia Municipal era constituí-da quase exclusvamente por jovens sem quaisquer credenciais ou especialização.
A nível de freguesias, ninguém explicou nada, com os disparates a culminarem em Quarteira.
Aqui, a entrevista que o Secretariado de Quarteira deu ao Carteia há dias, veio, finalmente, comprovar o que se escutava por aí: que a estranha «estratégia» da estrutura concelhia usou de meios pouco ortodoxos, para não se dizer pouco democráticos, para, sem auscultar as bases, impor um candidato à autarquia de Quarteira que não oferecia quaisquer condições para se opor à estrutura social-democrata - que chegou a tremer quando se começou a ouvir dizer que a candidata socialista seria a presidente da Secção, a ponto de fazer recuar as intenções de meter o social-democrata José Mendes na lista da vereação, uma vez que só este oferecia condições para se opor a essa candidatura.
O resultado esteve à vista, com uma derrota humilhante, em que a lista socialista não conseguiu sequer juntar os seus potenciais eleitores.
Assim se entende que, por seu lado, a Secção de Almancil tenha continuado a fazer a sua campanha autónoma, não se deixando arrastar pela inépcia da sede do concelho e que, em Loulé, Oliveira se tenha distanciado da desastrada Concelhia para também ele fazer, praticamente, uma campanha autónoma.
E foi assim, de disparate em disparate, que os socialistas de Quarteira, de Loulé e de Faro conseguiram o resultado histórico de serem esmagados em toda a linha

MCG

Anónimo disse...

Seria de esperar que, perante tais resultados, os responsáveis se tivessem demitido. Qual quê? Nem se demitiram, nem se explicaram Provavelmente, porque humildade e justiça são coisas que não entendem. E porque o que não tem justificação, justificado está.
É certo que, por cá, Joaquim Vairinhos soube ler os resultados (para cujas causas não terá também sido completamente alheio) e retirou-se, humilde e discretamente.
Entende-se que a Secção de Quarteira se tenha mantido. Afinal a razão estava do seu lado.
Mas a Direcção Concelhia? Em vez de se demitir em bloco, em vez de seguir o exemplo do candidato às eleições municipais, ignorou, olimpicamente, as provas da sua ineficácia, a sua desastrada estratégia, a péssima qualidade, a todos os níveis, da campanha que orquestrou, e permaneceu, impávida e serena, numa demonstração evidente de que a falta de verticalidade é o suporte da vaidade pessoal e da ambição infundada.
E quanto à estrutura federativa? Nem um comentário para os tristes resultados que alcançou; à perda de três deputados; à falta de estratégia para segurar a Câmara de Faro; à incúria que provocou o naufrágio de concelhos como Albufeira ou mesmo Monchique, onde caiu o dinossauro local.
Ao contrário, numa primeira fase, o presidente do órgão veio reclamar porque «nenhum algarvio» - entenda-se: «ele» - foi chamado para integrar o Governo de Sócrates.
Depois, ao ver que, para ele nem havia disponível uma secretariazi-nha de Estado, desatou a engrossar as críticas. Começou, em Beja, por afirmar “não haver, por parte da nova estrutura orgânica do Governo, objectivos expressamente claros sobre um projecto de desenvolvimento regional” e que “o desenvolvimento regional não pode ser confundido com o somatório de projectos inerentes ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”.
Já em Faro, no jantar promovido pelo PS Algarve para assinalar o arranque do novo ano político, bramou que o Algarve tem um “défice de autonomia institucional e de criação e apropriação de riqueza”; que "há um definhamento crescente da administração desconcentrada do Estado” e chega ao ponto de, na última semana, tal Alberto João do Algarve, vir reclamar, a este Governo de crise, que o Algarve precisa mais dinheiro, que o PIDDAC é pouco claro e que "deixou de ser, há muito tempo, um elemento de referência sobre o investimento a ser feito numa região”.
Exige Freitas um "novo modelo de apresentação do investimento regional, com um documento síntese, que responsabilize o Estado, e que deve ser "de referência, credível, que possa servir para monitorar o que verdadeiramente se passa em cada região".
Ou seja: Freitas disse, preto no branco, que o Estado (o Governo? Sócrates?)… não é credível porque “o PIDDAC regionalizado é um exercício quase inútil, que baralha e confunde".
É com atitudes de «responsáveis» destes que o Partido Socialista se quer credibilizar?
É por isso, meus amigos, que Hélder Nunes tem toda a razão quando refere que as elites do aparelho do Partido Socialista dominam o arco-do-poder central, sem ligar nenhuma aos “da periferia”, que se indignam e reclamam… a não ser em tempo de eleições.
Como vê, senhor Lourenço e demais companheiros do Calçadão, particularmente o prof. José Carlos: não é só o Partido Social Democrata que tem telhados de vidro

MCG