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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ainda não é a bancarrota

à espera do fim da reunião dos dois líderes
À hora a que escrevo estas linhas José Sócrates e Pedro Passos Coe-lho estão reunidos. Trata-se de uma reunião de emergência porque ontem a Standard & Poor's decidiu diminuir a notação de ‘rating' português em dois níveis, passando-a de A+ para A-, o que provocou um terramoto na bolsa nacional, que caiu quase 5,5 por cento, o segundo pior desempenho do ano em todo o mundo, já que, pior que nós, apenas a Grécia levou a palma.

Dentro de horas ou apenas minutos, os dois políticos terão de dizer qualquer coisa ao país e oxalá digam qualquer coisa mais sério e substancial do que “a culpa é dos especuladores" ou "é da crise mundial" ou outra coisa assim.

O que os portugueses precisam ouvir não é lugares comuns nem acu-sações factuais ou argumentação de «la palice». O que precisamos mesmo é de que os dois políticos sejam protagonistas de um enten-dimento – não apenas político, mas, sobretudo, económico e social.

Não nos venham dizer que a culpa é dos outros, porque não é. Houve causas externas, é verdade, mas a culpa é, acima de tudo, nossa: do país, de todos nós. E é por isso que têm a obrigação e o dever de pôr os interesses do País à frente dos interesses partidários.

O país e cada um de nós, vivemos há anos acima das nossas possibilidades e Portugal acaba de ser jogado, por força da comparação com a Grécia, para uma situação muito difícil de onde só se sairá com grandes sacrifícios.

O país não está ainda na bancarrota, mas não há tempo para mais demoras. É preciso agir já, hoje mesmo. Em nome de Portugal e dos portugueses.

Antecipem o PEC nas suas medidas nas mais duras, já que assim tem de ser. Mas o PEC tem de ser credível e tem de ser executado com rigor.

Consciencializemo-nos: não há alternativa. Porque a alternativa seria a falência e a bancarrota do país.

Por isso aguardo, com ansiedade o final da reunião de Sócrates e Coelho. Entendam-se, por favor!
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15 comentários:

José Salvado disse...

Não é necessário voltar à escravidão para regularizar as contas publicas.
As contas publicas são fáceis de salvar. Basta "desprivatizar" (voltar ao Estado) a EDP, a GALP, a TAP a PT, Etc... Regularizar as taxas de juro e todo o sistema financeiro através da CGD. Acabar com os prémios obscenos dos gestores publicos.
Tributar os lucros da banca igual a todas as empresas.
Anular a compra dos submarinos, visto haver fraudes.
Bem... o melhor é ficar por aqui, acho que já sobra dinheiro!
Para atraír investimento basta acabar com a liberalização do preço do combustiveis que é mais caro 40% e baixar o preço da energia que é mais cara 60% do que na UE.
Não é por acaso que as multinacionais fogem de Portugal. Com certeza que não fogem por causa dos ordenados que até são os mais baixos da Europa, mas com o preço dos combustiveis e da energia que se praticam em Portugal é impossivel fabricar produtos concorrenciais.
Como se pode constatar é fácil combater a crise sem massacrar aqeles que trabalham e que têm ordenados de miséria. Com estas medidas até se pode aumentar os ordenados aos trabalhadores!

Anónimo disse...

Deviam suprimir todos os sindicatos e o direito à greve até 2013!
Tá-se a ver que com esta m... de sindicatos não vão lá....

Raul disse...

E porque não acabar já com os subsídios de férias, de Natal e de refeições?

F. Simões disse...

A culpa não é da especulação mas dos próprios portugueses, a começar pelos seus governantes e funcionários públicos. Quem elegeu os últimos governos também tem a sua parte de culpas. O país é pobre e vive à rico. O Estado é gigantesco, caro e ineficiente. Os corruptos têm carta branca para singrar. Os bons profissionais e os bons empresários sofrem concorrência desleal por parte dos maus profissionais e dos maus empresários, que proliferam e impedem que se cumpra o conceito de meritocracia e sã concorrência. Não se queixem de factores externos ou de cabalas maquiavélicas, o mal está todo cá dentro do país, é antigo e bem conhecido.

Anónimo disse...

Qualquer pessoa que trabalhe a full-time deve ganhar mais do que qualquer outra pessoa que esteja a receber subsídio de desemprego. Serviços públicos passiveis de ser informatizados e ver o número de funcionários reduzido devem ser reformulados. Aos funcionários públicos devem ser propostas rescisões amigáveis de contrato e reformas atecipadas. O país não pode viver refem destes funcionarios, da dívida e do défice. A mentalidade de que o Estado serve para criar postos empregos vitalíciostem que acabar.

Magoo disse...

Quem paga é o desgraçado.
Há tanto onde cortar:
Acabar com milhares de chefias intermédias e de topo no Estado,
Fundir centenas de serviços no estado.
Acabar com os Governadores civis e afins.
Fundir em 50% das freguesias e concelhos, ou seja reduzir a metade isso tudo.
Acabar com as nomeações e criar um serviço central de concursos de progressões e admissões no estado.
E e e .......muito mais ....

Anónimo disse...

E Comprar os TGVs todos, muitas pontes com dinheiro pedido ao estrangeiro!!! Isso créditos para nós pagarmos e depois o PEII e PECIII etc, isto vai acbar tudo à batatatda!!

Anónimo disse...

O que os patrões querem é que os trabalhadores estejam tão desesperados que trabalhem por um prato de sopa.
Na minha empresa apenas 10 funcionários ganham tanto como os restantes 300, isto é preciso as brigadas vermelhas para cortar cabeças e já ou uma revolução

José Gomes Araújo disse...

contribuir para equilibrar as contas do Estado. Agora espera-se que algo aconteça com as três reformas milionárias de Cavaco Silva, para assim o supremo magistrado da Nação também contribua. Em alguns países, mesmo antes da crise, já havia um tecto máximo para a a tribuição das reformas. Quando é que a justiça chegará a Portugal?..Estamos esperando...

Patrício Montez disse...

Gostava de ver como é que dão a volta a uma coisa destas, para mais uma vez louvar o líder por estas medidas!

Não que não se deva fiscalizar o subsidio de desemprego, como todos os outros. Mas impor um tecto de 75% antes de pôr a banca a pagar o mesmo que o resto das empresas e sobretudo num dia em que o governo anuncia que vai dar mais uma obra, que além de faraónica e totalmente desnecessária, vai para um bom amigo, parece-me no mínimo imoral!

O que vale é que isto já não vai durar muito. Não tarda nada esta gente vai-se embora, porque já não há mais nada para roubar.

Portugal está podre!

Eu topo! disse...

Perfeitamente de acordo que se fiscalize e audite a distribuição das prestações sociais englobando subsídio de desemprego e rendimento social de inserção!!!!!

Existe muito boa gente com capacidade de trabalho que prefere ficar no relaxe e no bem bom a viver à custa do contribuinte e do desgraçado que trabalha diariamente para sustentar a sua família e fazer algo por este país!!!!

É importante que se fiscalize quem sistematicamente não tem a mínima vontade de trabalhar e produzir!!! É preciso dissuadir essas pessoas e indirectamente "obrigá-las" a fazer algo de útil pela sociedade!!!!

No entanto, e já que falamos no estado social, é extremamente importante rever o sistema de pensões principalmente no que a valores astronómicos toca e na possibilidade de acumulação de diversas reformas!!!!!

Anónimo disse...

É certo que em dias de dificuldade, o que ocorre é sempre a mesma coisa, quando se trata de cortar despesa, ou tirar o laço do pescoço. Ou seja, o pagamento do desmando fica para o menos protegido, é a lei que não está escrita em lugar algum, mas que é conhecida pelos usos e costumes do capitalismo sem pátria, sem mãe e de barriga cheia. Forja-se um progresso ilusório, recomenda-se que comprem no crédito, em suaves e longas prestações e, depois, nem deus ou o diabo saberão o que fazer. Por isso, o mais seguro seria não confiar e, cada qual, agir como se estivesse em guerra, gastando a metade da metade recomendável e, o restante, poupando ou adquirindo bens não perecíveis. Quem é pobre, numa sociedade com a nossa, não pode pretender juntar seu milhão, mas é possível ser precavido, contra os bandidos da Wall Street e do Governo. Ou lutar para que as coisas mudem, com objetividade. Mas, tal é para poucos, que são os menos covardes...

Anónimo disse...

Estamos Kaputt,valha-nos a Santa Angela Merkel.

Samuel Caires disse...

Tudo indica ter começado mais cedo do que se imaginava, a derrocada do governo socialista.
O problema é que a sua irresponsabilidade, após a ajuda preciosa do PSD arrasta consigo o País.
O PS, acaba de desperdiçar, eventualmente, uma colaboração que só traria vantagens para o País !
Mas a cegueira política tem destas coisas!
O desentendimento é mais que notório, dentro do próprio Governo, o que me permite escrever o primeiro parágrafo.
Basta confrontar as posições das declarações dos Ministros das Finanças e das Obras Públicas.
São totalmente antagónicas.
A vingar a posição de António Mendonça, não restam dúvidas de que o PSD, se vai afastar do PS.
Até porque o PSD já se manifestou abertamente contra as anunciadas obras megalómanas.
Segundo ouvi na TVI 24, amanhã vai sair uma sondagem em que aparece já em primeiro lugar o PSD!

Anónimo disse...

tudo no ponto!
os gémios encontraram-se e quem continua a lixar-se é o mexilhão.