Ontem, depois do jantar, preocupado, Passos Coelho bem fez um apelo à não proliferação de listas. Tarde piaste! – 13 para o Conselho Nacional e 5 para o Conselho de Jurisdição, diz tudo.
Passos trazia o discurso: "Não gosto de dar lições de moral e não vou pedir a ninguém que não apresente listas", e, numa espécie de conselho-ameaça, foi dizendo: "seguramente as pessoas que estão comigo no esforço de unidade estão de boa fé e não andam a produzir outras listas".
A verdade é que, mesmo entre as suas «hostes» indefectíveis, houve quem tivesse patrocinado listas alternativas à da unidade.
Enfim, a Comissão Política de Passos Coelho acabou por ser eleita com 87% de votos. A lista conjunta para o Conselho Nacional teve maioria absoluta. Passos e Rangel acabaram por ganhar com a proli-feração. A lista conjunta Passos/Rangel para o Conselho Nacional foi aprovada por maioria absoluta elegendo 29 dos 55 conselheiros.
Para o Conselho Jurisdicional acabaram por ser apenas 4 as alternativas e a lista conjunta Passos/Rangel ganhou por maioria absoluta elegendo sete elementos.
A direcção de Pedro Passos Coelho ficou com Paula Teixeira da Cruz como primeira vice-presidente, e ainda: Diogo Leite Campos, Marco António Costa, Jorge Moreira da Silva, Manuel Rodrigues e Nilza Sena, ficando Miguel Relvas como secretário geral.
Dos 677 dos 774 congressistas que exerceram o seu direito de voto, 71 votaram em branco e 28 anularam.
Quanto aos vogais eleitos: Desidério Silva, Emídio Guerreiro, Fernando Jorge, Hermínio Loureiro, Maria da Conceição Pereira, Maria Trindade Vale, Miguel Pinto Luz, Paulo Júlio, Rogério Gomes e Vasco Pinto Leite.
Desidério «ganhou» assim a Seruca Emídio, que reunia as preferências dos delegados algarvios... que não foram ouvidos.
Uma consideração final, antes de rumar ao Algarve, enquanto assisto na «bolsa de apostas», à expectativa de que Ferreira Leite venha, ao menos, escutar o discurso final do novo líder.
Estes congressos que, de tantos serem, já me parecem mensais, têm um guião tão peculiar que parece uma espécie de jogo em que é forçoso que as equipas metam golos nas próprias redes.
Passos Coelho incluiu a oposição interna na sua equipa, assim uma coisa parecida com a táctica futebolística do autocarro o empate serve, serve sempre e é o que serve.
Apenas uma espécie de nuvem de fumo para sugerir que está tudo bem, tudo em paz. Não está.
Até porque, pelo conceito do novo líder... há pessoas de «má-fé» a produzir listas... e divisão.
1 comentário:
Você não gosta mesmo do Mendes Bota... Faz de conta que ele não esteve lá.., e disse a P. Coelho que "é preciso ter cuidado com os excessos de unidade. O partido está farto da vontade do poder, os interesses de quem gosta de estar na frente qualquer que seja o líder deste partido.
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