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terça-feira, 13 de abril de 2010

Movimento dos «bota-abaixo»

mas que mal lhes faz quarteira?
Nasceu na Cruz Quebrada um estranho «movimento» cuja maior preocupação parece ser o «botabaixismo» nacional: em vez de promover o que é belo, por razões que não ficam nada explicadas, os promotores de tal iniciativa preferem pôr a tónica no que no seu – deles – entender está mau.

Chamaram-lhe «Movimento das 7 ex-maravilhas de Portugal» e, em jeitos de «arranque», assinalam como «candidatos» as praias de Cruz Quebrada, Tróia, Sines e Quarteira, a Arrábida e o Rio Trancão.

É verdade que, ao longo dos anos, por omissão dos autarcas e por acção negativa por parte outros, fruto da ganância de lucros desmedidos, os locais que indicam foram perdendo muitos dos seus encantos.

É verdade que Quarteira ou os outros locais indicados tiveram percursos negativos em termos de beleza natural pelas razões indicadas.

Mas em Quarteira e nalguns dos exemplos indicados, ainda se vai a tempo de recuperar algum do espaço perdido.

Resta é saber qual a vantagem que o tal «movimento» vê em indicar e estimular os outros a apontar o dedo malsinador em vez de pedir contributos e ideias para ajudar a recuperar erros e restaurar prestígio.

Não acham que é caso para deixar a perguntas: que intenção está por detrás do movimento? Há sinceridade nisso?

.

9 comentários:

Anónimo disse...

Caro Lourenço. Eu percebo-o. E percebo o seu amor à sua terra de pertença. O problema é que "nós" deixamos a realidade chegar a um ponto em que depois é impossível negá-la. Por isso é que fiz um certo barulho com o que se está a passar com a expansão a Nordeste de Quarteira. É mais do mesmo. E qualquer dia a medalha é de ouro. É claro que os responsáveis principais são políticos. E infelizmente do lado dos cidadãos não há muitos Lourenços Anes por aí. Talvez Quarteira não chegasse ao estado a que chegou. A troca das árvores pelo cimento nunca poderia vir a dar certo. E a coisa não para. Assim não há concerto possível.
Abraço
João Martins

Lourenço Anes disse...

Meu Caro João Martins:
Acho que entendi o que quer dizer. O que acontece é que o «nós» já vem do «antes do nós» e veio pela mão das pessoas em que confiámos que seriam as melhores, as mais capazes de todas.
Mas somos assim: analisamos tudo pela rama e, quando damos por nós… já são tantos os «nós»… que fica impossível desatá-los.
Conheci um presidente de Câmara algarvio que me confidenciava, muito contentinho da Silva, aqui há uns anos, que só estaria feliz quando a sua cidade fosse a «Torremolinos portuguesa». Nem mais!
Felizmente, destronaram-no; mas o mal que fez à «sua» cidade, já era quase irreparável.
Repare que, quando (raramente) aparece por cá um autarca que, num golpe de asa, consegue fazer alguma coisa bem feita (estou, por exemplo, a lembrar a avenida de Ceuta ou a de Sá Carneiro, em Quarteira) já fez milhentas asneiras (para não nos separarmos muito dos exemplos prestados, paralelamente, a promover a implantação de arranha-céus na linha de praia).
Mas quando há coisas que estão bem, logo aparece um «génio» capaz de tudo destruir. Veja o que estes «crânios» que actualmente gerem o município fizeram à citada avenida Sá Carneiro: as árvores seleccionadas para poderem funcionar como um estore aos condutores, na placa central, foram arrancadas e substituídas (onde o foram) por umas coisinhas miseravelmente raquíticas; as vias laterais de escoamento de tráfego foram aniquiladas em «homenagem» a umas tristes e quase inúteis rotundas. Rotundas asneiras! Aos parques de estacionamento nessas mesmas vias foram suprimidas centenas de árvores «doentes» para … alargarem os lugares de estacionamento. Não aumentaram! – alargaram! Ficou mais espaço para cada carrinho estacionar, não para mais carrinhos. E estacionar ao sol! De génio!
Haveria muito mais para dizer. Tem-se continuada o asnear (e as promessas não são melhores – ligação da marginal à marina, ou prolongamento da Sá Carneiro… mas mais estreita)…
Bom, e chegamos aqui ao momento em que tenho de discordar de si.
Diz o João que tem feito barulho com o que se está a passar em relação à expansão Norte –Nordeste. Eu não ponho em dúvida de que haja erros técnicos. Como não sou um especialista na matéria, falta-me a bagagem para fazer a análise mais apurada.
Mas repare, meu caro: Quarteira espera por aquele plano há vinte anos! E enquanto espera, continua a improvisar-se. Não é possível esperar mais. Para mim, mais vale um plano fraco do que plano nenhum, deixando tudo ao critério do momento e do «crânio» que o decidir.
Pela primeira vez, na sua história, Quarteira tem uma linha de orientação urbanística. Não será a melhor, admito ou posso admitir… mas erros corrigem-se se vistos a tempo. O improviso, por sua vez, não deixa margens para o fazer.
De resto, sabe? Parte da história dos que incitam à recusa do plano…. eu sei quem são; conheço as suas motivações pessoais (e não só). Não acredito neles nem um bocadinho. Sei de algumas das suas «exigências» e, posso garantir-lhe: não são «a bem da Quarteira!». Creia-me.
E, para que possa aquilatar da sinceridade dessas pessoas já ouvi um deles defender “que raio de plano é aquele que defende um matagal no meio da cidade?”. Está a ver? E o mais curioso é que o argumento colheu. E onde e em quem não devia…
Sei que você é um homem cheio de boas intenções. Provavelmente, até tem mais capacidades e conhecimentos do que eu para conhecer os erros do plano. Mas a mim ninguém me tira da cabeça que, nestas circunstâncias, mais vale um plano com alguns disparates do que plano nenhum por mais uma data de anos.

Anónimo disse...

Caro Lourenço,

Da discussão nasce a luz. Não discuto a existência de um plano, desde que esse plano introduza melhorias. A grande questão que levanto é que perante aquilo que constacto e vejo quando "olho" e não conheço o plano em pormenor, vejo, nada mais, nada menos, do que mais do mesmo. Toda aquela zona está a ser objecto de uma forte especulação e urbanização, quando o que precisava era precisamente o contrário. Parques naturais, ciclovias, muito verde e muita manutenção. Assim, por muito que me custe, e gosto muito de Quarteira, tenho que dar razão aos tipos que estão a promover o concursos das ex-maravilhas. Infelizmente, cheguei à conclusão que raras vezes a realidade muda sem um verdadeiro incómodo para os poderes instítuidos. É triste dizer isto, mas é a realidade que temos. Concerteza ainda vou ouvir falar do abate massivo de pinheiros naquela zona. Quem quer saber disso? Ninguém. Depois não nos admiremos é de ganharmos certos concursos nacionais. Que venham todos os planos do mundo. Se forem para justificar as aberrações de sempre, não obrigado. No essencial acho que estamos de acordo. A diferença é que eu acho que há verdades duras que têm que ser ditas e assumidas pois só assim produzem efeito. Estarmpos a esconder a cabeça na areia em relação ao desordenamento urbanístico de Quarteira só vai levar a que os mesmos de sempre continuem a fazer o mesmo de sempre.

Abraço
João Martins

Abraço

Lourenço Anes disse...

Caro João: continuo a pensar que está equivocado.

O plano que está em causa não tem que ver com aqueles abusos que se estão a pôr em prática a Nascente da estrada Quarteira-Almancil, na zona agora conhecida por Cavalo Preto.
Isso são crimes que se fazem... onde não há planos... e precisamente porque não os há. E aí teremos, com certeza, grandes motivos para nos lamentarmos por não haver plano quando continuar a especulação – Forte Novo, Parque de Campismo, Trafal, Loulé Velho estão mesmo a jeito para mudar de pinheiro a cimento.
E nunca ouvi falar que se tencione criar para aí um plano de urbanização – o que demonstra o nível e competência dos autarcas que temos (uma portinha aberta para a corrupção dá sempre jeito…)

O Plano Norte-Nordeste abrange a zona que vai da estrada de Almancil até ao cemitério de Quarteira. E, em meu entender, este plano vem responder, minimamente às necessidades das pessoas e ao respeito possível pela natureza. E põe algum travão à possibilidade de que se repitam as «lindas obras» do Cavalo Preto e a todo o desordenamento a que temos vindo a assistir em toda a cidade.

Ou serei eu que sou demasiado ingénuo?
Abraços

L.A.

Anónimo disse...

Sendo natural de Quarteira e residente em Quarteira desde sempre concordo que haja concursos deste tipo relatando o que está mal neste País. Deveriam, as televisões e os jornais, cada vez mais massacrarem as pessoas com este tipo de coisas, visto que a população geralmente não defende aquilo que é seu.
Poderá ser que assim, os governantes locais tenham vergonha na cara e refreiam os seus impulsos urbanísticos atabalhoados.
Quanto ao Plano Norte-Nordeste de Quarteira está mais que visto que é "mais do mesmo" e a tal mata no meio do plano já está reduzida a nada. Nesse espaço, designado por "verde", vão ser construídas umas quantas construções de "utilidade pública". Basicamente não existirá qualquer espaço verde. No restante espaço teremos prédios de 4 e 5 andares.

Anónimo disse...

Olá novamente amigo Lourenço,

Sim. Provavelmente o Lourenço tem razão e devo estar equivocado na localização de que estamos os "dois" a falar. Referia-me eu à zona do Parque de Campismo. De toda a forma, estando equivocado na zona do plano, continuo a achar que só falando de desordenamento se pode um dia evitar o desordenamento. Se o plano é um bom plano ainda bem que é assim. Já a zona de Loulé Velho só vem dar razão aos movimentos "bota-abaixistas". Sabe Lourenço, desde que vi aquele ultimo prédio ao fim do Calçadão ser construído dentro da areia da praia, pensei, há mais de dez anos, já ter visto tudo e que pior não seria possível. A evolução daquela zona provou-me estar enganado. Tudo contínua a ser possível.
Abraços
João Martins

Lourenço Anes disse...

Ora aí está, meu caro João Martins:

Aí, nessa zona que refere, toda a envolvente do parque de campismo (este incluído) – essa, sim, é que me preocupa profundamente.
Repare: para aí não há planos, não se fala em planos… está tudo bem, pelos vistos. Tudo aberto à especulação, ao pato-bravismo, à corrupção…
O comentarista anterior (que se percebe perfeitamente que sabe do que está a falar e até se percebem outras coisas) não está preocupado com o que possa acontecer em toda essa zona, nem com o «verde» que será destruído em todo o litoral, provavelmente muito para além da Foz do Almargem e que poderá ir até Vale do Lobo…
Está ele preocupado com os “impulsos urbanísticos atabalhoados”. Atabalhoados?!!! – Vinte anos para fazer aquilo será tudo menos «atabalhoação». Pode estar errado de uma ponta à outra. Atabalhoado, não me parece.
Deve haver outras razões que não as das construções de interesse público implantadas no «verde»… Talvez as mesmas razões por que não surgem protestos no que se continua (e no que se virá a fazer) fora da zona do plano.

Quanto aos movimentos bota-baixistas… repare, eu não sou contra a denúncia, nem sequer contra os ditos movimentos que podem ter repercussões positivas.
O que me chateia é que, à partida, o nome de Quarteira venha logo a atirado à liça e, quem sabe um bocadinho de psicologia sabe perfeitamente que serão esses os «focos» em que as pessoas centrarão as suas atenções.
Pessoalmente, não entendo que nunca se fale, por exemplo, de Armação de Pêra – um exemplo tirado ao acaso – ou mesmo P. Rocha, Albufeira e limítrofes, onde os erros urbanísticos não são menores que em Quarteira.
Se os tais movimentos abrissem a discussão e depois deixassem correr livremente as coisas, os exemplos fluiriam, com certeza. Assim, não. São sempre os mesmos exemplos, sempre as mesmas «vítimas». E lá vem sempre, à partida, Quarteira.
E, sabe, João? – a qualquer quarteirense, aos de alma e coração, isso dói.
Um abração

L.A.

Anónimo disse...

Custa-me ouvir falar do falecimento do Parque de Campismo.
Um dos grandes obreiros é um Arq. da nossa praça, que andava a colocar folhas A4 nas árvores na Av Sá Carneiro NÃO ME MATES. Deixou a vertente de bom cidadão a troco de uns euros? Tambem me disseram que o dito Arq. enganou um amigo no negócio ficando com o projecto e o dinheiro da comissão da venda dos terrenos será verdade Arq. pedragoso.

Anónimo disse...

Quarteira é hoje nem mais nem menos do que o resultado das políticas (ou ausência das mesmas) , com total falta de respeita pela melhoria e qualidade desta terra, com uma frente de mar única no país que se houvesse interese pelo seu desenvolvimento constituiria uma mais valia. Basta comparar os elevados investimentos na cidade de Loulé, sempre na ordem dos milhões, com as migalhas aplicadas em Quarteira. Para Quarteira só interessa a Loulé a construção desenfreada, como continua a acontecer na zona nascente, mas que gera mais impostos em IMI e outros para os cofres da Câmara, que são aplicados nas grandes obras na cidade de Loulé.
A propósito para quando o recomeço das obras do quartel de bombeiros de Quarteira??? sendo vergonhoso o que se apresenta à entrada de Quarteira. Seria bom que a Câmara explicasse aos quarteirenses o que se está a passar com esta obra. ...