Mais uma vez, através de e-mail anónimo (da Enola Invest-Promoção e Construção RS, de Vilamoura), chega até nós uma «denúncia» de que o secretário de Estado, Fernando Serrasqueiro, reproduziu uma «menti-ra» quando terá afirmado, na 5ª feira, que o grupo que estava interessado numa parceria com a IKEA saiu do projecto.
Para demonstrar a sua razão», o e-mail junta uma carta-exposição do Grupo Enola-Invest, dirigido ao presidente da Câmara.
Só que essa carta apenas refere que esse grupo «continua» interessado em instalar um empreendimento na Campina. Não se refere ao projecto do grupo IKEA, o qual, claramente, já afirmou e reafirmou que não está interessado em fazer a sua instalação nos terrenos da Enola-Invest.
Assim, só pode o anónimo (?) invocar, com a referida carta, que o Enola-Invest (Auchan ?) mantém a intenção de implantar um projecto comercial na Campina, em Loulé. Mais nada.
Mais nada, não: pretende ainda que o presidente da Câmara de Loulé “se digne determinar aos Serviços Municipais a elaboração de uma proposta de plano de urbanização em relação aos terrenos da Campina, onde seja lícito à requerente a concretização de um projecto de investimento destinado à prossecução de actividades económicas”.
Ou seja, no caso do Ikea é este grupo que vai suportar os custos da elaboração de um plano de urbanização; mas no caso do Auchan/Enola estes pretendem que os “serviços municipais” executem o projecto para que lhes seja possível a “prossecução de actividades económicas”. Que prossecução?
Portanto, em conclusão e em resumo: o Secretário de Estado não falou por falar, nem reproduziu mentiras; e o Enola/Auchan pretende instalar “actividades económicas” na Campina, desde que os “serviços municipais” elaborem uma proposta de urbanização.
Compreendemos que um investidor queira investir, implementar ou desenvolver os seus negócios. Nesta altura de dificuldades para todos e de grande desemprego, até louvamos as iniciativas nesse sentido.
Mas há duas coisas que temos dificuldade em aceitar: que esse inves-tidor queira impor, a eventuais sócios, condições ou locais que a estes não interessem; e que pretenda que sejam os munícipes a, directa ou indirectamente, (neste caso, através dos “serviços municipais”) a suportarem despesas ou encargos para os seus desígnios comerciais.
*
7 comentários:
Espertezas à Reinaldo Teixeira (o democrata) e do seu sócio na direção da Associação de Empresários de Quarteira - Faria (o ... socialista).
Tudo boa gente. Só falta aí o Zé João!
Pois, então os meninos queriam impingir os terrenos ao IKEA e estes não foram nisso?
Agora queriam que a Câmara fizesse o trabalho para eles valorizarem os terrenos deles?
No fim de tudo, nem os do Jumbo querem negócios com eles!
Estive a ler atentamente o site da autarquia de Loulé, alguns blogs e alguns jornais locais, sobre a novela “IKEA”.
Já tinha ouvido alguns socialistas falarem sobre este assunto e estava algo apreensivo, confesso.
Estou à vontade para comentar este assunto por que, além de não ter interesses pessoais, não estou filiado em nenhum partido. Só me interessa o progresso de Loulé.
Então uma obra que vai trazer 3000 empregos para o concelho de Loulé, não é boa?
Uma obra que vai agitar a economia local, não é boa? São contra por ser contra? É isso?
Qual a razão que o partido socialista de Loulé arranjará para desmentir o Governo, a Câmara, a CCR e outras entidades? Alguém me explica????
É que depois de ouvir os socialistas de Loulé e de ler o que disse o Secretário de Estado, também ele socialista, parece-me que não estudam pela mesma bíblia. O que torna tudo mais confuso é aperceber-me que o PS Loulé está de COSTAS VOLTADAS para o PS Nacional! O que torna tudo mais confuso é aperceber-me que afinal os interesses socialistas não são os interesses do concelho.
Deixa ver se percebi: uns empresários querem que a CML faça os planos para eles instalarem o seu empreendimento?
Mas está tudo doido?
Esse Zé João é aquele que está na Assembleia Municipal para defender os interesses pessoais.É do PPD ou do PSD
Deviam dedicar-se nesses terrenos a produzir algo de importante, deviam dedicar-se á agricultura, semear umas batatas, umas alfaces, uns rabanos pra vender no jumbo em Faro, tanta coisa de util que podiam fazer por aí.
Oh Teixeirinha, tiraram-te a chucha, não foi?
E não venhas com essa de fazer uma coisa ainda maior que ninguem acredita que sejas capás de enganar os do Jumbo!
Enviar um comentário