mas o juiz deixa o cóboi à solta.
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Passou-se na 6ª feira passada: ao visitar uma obra no centro da cidade de Tarouca, o presidente da Câmara deu de caras com um homem que fez dois disparos na sua direcção, sem o atingir..
Tratava-se de um empreiteiro que construiu dois blocos de casas fora da lei e, por isso, há dois anos, foi punido pelo tribunal.
O autarca refugiou-se no posto da GNR local. O homem foi detido e presente ao Tribunal. O juiz da Régua aplicou apenas a medida de coacção de termo de identidade e residência ao autor dos disparos.
O presidente da Câmara anda borrado de medo porque o cóboi lhe disse, na cara dos agentes da autoridade, que lhe limpava o sebo quando saísse da cadeia…
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Se cada empreiteiro que, por cá, faz casas fora da lei se lembrasse de desatar aos tiros ao presidente da câmara, isto era mais barulhento que o faroeste!
Felizmente que aqui somos mais pacíficos!
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3 comentários:
Aparentemente, só não estamos a falar agora de um presidente da Câmara morto a tiro porque o alegado agressor não quis. Este caso de criminalidade violenta, desta vez no Interior, é só mais um, a juntar a muitos outros, como o da morte a tiro do empresário Aurélio Palha, no Porto, ou o do terrível assassinato do segurança Joel Benedito, em Lisboa. Reduzir o que está a acontecer a um problema conjuntural na cidade do Porto é meter a cabeça na areia como a avestruz. A criminalidade violenta atravessa o país de Norte a Sul. Portugal já não é o rectângulo de brandos costumes de outros tempos, com sossego, sol na maior parte do ano e povo hospitaleiro. Com o fenómeno da globalização, Portugal importou o melhor e o pior do nosso tempo. A criminalidade violenta - que, entre nós, era coisa raríssima de um refugo de tresloucados - foi só uma dessas importações.
Soube que esta madrugada um casal nortenho que escolheu o Algarve para as Férias... foi assaltado em S. Marcos da Serra (E. N. 2), ficou sem carro, malas, documentos e sem viatura, largados no mato. A forma de actuação é essurtadora: Viatura com pirilampo fez encostar na berma, dois dos quatro ocupantes forçaram a saída da viatura e fugiram nela...!
Algo terá que ser feito para prevenir este novo risco!
P/ Carta de foral :
A globalização tem as costas largas, meu caro. É certo que ela é culpada pela difusão de tudo pelo mundo: o bom e o mau.
As viagens são rápidas e fáceis e, por isso, tudo se difunde numa vertigem - as notícias e novidades, o conhecimento e... os malefícios como as epidemias e o crime.
Quando se fala do “país de brandos costumes”, está-se a evocar uma época que não voltará – e isso também é válido… para o bom e para o mau.
P/ o António Almeida:
E que vamos fazer, meu caro? Irá chegar o dia em que cada um de nós terá de se fazer acompanhar por guarda-costas ou segurança privada?
Que algo deveria ser feito… a gente sabe. “O quê” é que é um bico de obra… Faça-se o que se fizer, os riscos vão aumentar; não tenha dúvidas.
Mas aquela globalização de que fala o comentador anterior também nos traz um aumento de protecção na doença, um aumento de bem-estar, um aumento de cultura…
Cada um de nós individualmente pouco pode fazer. Excepto… não incrementar o pânico, não é, A. Almeida?
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