Reunião da Câmara em Quarteira hoje, dia 26 de Setembro, parecia- -me que deveria ser coisa importante.
Para mais, dizia-se que ia ser discutido o plano de urbanização respeitante à zona Nordeste da cidade – a zona que vai da Abelheira à Alsáquia, mais ou menos.
Lá fomos, como várias dezenas de quarteirenses, com expectativas de novidades.
Já passava um bocado das duas e meia quando chegou a vereação (toda, não, porque o líder dos socialistas, da “oposição”, esse só chegou já a reunião tinha começado há que tempos, num péssimo exemplo de cumprimento de dever cívico).
Bom, quando o doutor Seruca, sentado debaixo de um letreiro que clama por «Quarteira a concelho! Por que não?», deu início aos trabalhos, tomou a palavra um empreiteiro, depois outro empreiteiro ou construtor, depois um pato-bravo, depois um advogado de patos-bravos… bom, ao fim de duas horas e meia, lá chegou a vez da primeira pessoa que não vinha tratar de interesses imobiliários, a dona Gilberta, que vinha protestar, alegando que, quando fez campanha por uma agremiação política, teve de retirar toda a propaganda, mas na Praça do Mar e na Rodoviária está tudo cheio de publicidade e é preciso mandar retirar aquilo.
Com mais de duas horas e meia perdidas a ouvir falar em licenças de construção, em terrenos que são de uns e que outros dizem que são de terceiros – coisas que bem podiam ser tratadas nos gabinetes da CML –, eu já não estava com muita vontade de aturar aquilo.
Para mais, a minha nora tinha-me pedido que a fosse buscar a casa, porque queria ir à cabeleireira, pois precisava de arranjar o cabelo para estar bonita à noite, no Aquashow, no jantar da campanha do Menezes. Como se a moça não fosse sempre bonita...
Decidi sair. Não estive para escutar mais politiquices demagógicas de uns e outros, como da tal senhora que não quer – e bem - publicidade espalhada pela cidade; mas que, ao fim de mais de dois anos, ainda mantém uma faixa a fazer propaganda da sua AQUC, no largo das Cortes Reais, como se pode ver na foto acima.
Não tive pachorra e fui embora.
Afinal, acabei por saber que a reunião acabou já depois das oito e, sobre os tais planos para Quarteira, foi só o anúncio de que iam começar a tratar do assunto…
A essa hora já nós estávamos sentados à mesa, no Aquashow!
nnn
Sinceramente, acho que perdi quase três horas do meu rico tempo...
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007
REUNIÃO DE CÂMARA
assuntos de quarteira e de patos-bravos
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13 comentários:
Essa terá sido a mesma senhora que disse que houve muita animação no Verão? Da maneira que falou, pensava que era do ppd, e queria agradar ao Dr. Seruca Emídio...
Agora vocês dizem-me que é a senhora da aquc?
Vocês sabem que o senhor presidente da câmara chamou ao Ezequiel Tomás o "homem do lixo de Quarteira"?
Que grande elogio! Os xucialistas estão bem entregues. Pudera com um tipo como o Ezequiel como chefe que é que esperam?
telegraficamente,
a gilberta alambre ainda sofre do sindroma de "puxa lustro que eles te ouvem", por isso pula de poleiro em poleiro, ou de colo em colo, como queiram.
o interesse imobiliario? estimado Lourenço, calcule o que seria de algumas familias se essa malta não tivesse tempo de antena? já agora, falaram das esplandas? duvido.
O lider da oposição chegou atrasado? não percebi qual era a novidade, mas registo que apareceu ainda a tempo de votar favoravelmente todas as propostas e depois da reuniao dar-lhe 1 branca e negar tudo aquilo em que participou. A noite ou na semana seguinte alguem buzina-lhe qualquer coisa aos ouvidos e é vê-lo a enviar comunicados a mostrar desagrado com as medidas camararias, pasme-se, as mesma que ele aprova, temos lider!
faltou-me essa do epiteto dirigido ao Ezequiel Tomás, a ser verdade e não respondendo o visado com a indignação devida, não fico com duvidas nenhumas que o mesmo e o PS foram incenerados, tambem não é uma coisa de muito extraordinaria, temos muito lixo em quarteira e desses PS pouco se veem, por isso que os votos dos rosinhas foram distribuidos pelo homem do taxi e pela tia reformada, excelente estrategia, venha o molok e levem-nos a todos.
Este Oliveira é um ponto! Pois os votinhos dos rosinhas têm muito por onde se espalharem e como o Izequiel já disse ao jornal que quer ser candidato outra vez, está visto que o lixo vai continuar a ser espalhado por ele. Quanto ao líder da oposição da câmara ao que me dizem não votou nada a favor nem contra e apresentou um voto de abstenção a dizer que o PS se abstinha de tomar conhecimento de não sei quê. Abster de tomar conhecimento é uma coisa muito engraçada.
Eu cá posso responder ao senhor Oliveira que estive lá todo o tempo e não ouvi falar em nenhuma esplanada. Acho que isso é matéria para esquecer. Mas também não vi lá na reunião ninguém interessado em levantar tal problema.
Na mesa da reunião da câmara estavam dois vereadores de Quarteira: o sr. Possolo Viegas no executivo, e a Drª. Hortense na oposição, mas nenhum "se lembrou" de tal assunto.
Aliás, nem um nem outro deram ideia de ter qualquer assunto para puxar por Quarteira. O vereador Possolo só se preocupou em defender-se por causa de não sei que questão "de chacha" sobre os transportes escolares; e a vereadora Hortense apenas se preocupou com os sem-abrigo, numa questão que o presidente, de forma surpreendente, achou que era um pretexto para fazer política e não um grave assunto de cariz social.
Coisas concretas como os problemas reais de Quarteira (estacionamentos, limpeza, segurança, animação cultural, abertura do Centro de Saúde, etc, etc, etc)... parece que não interessam a ninguém.
Surpreendentemente, vem da assistência, da parte da Drª. Alambre, a maior surpresa do dia: ela afirmou que a animação de Verão em Quarteira foi de boa qualidade, menos a da Rua Vasco da Gama! Imagine-se: a tal "animação" na Marginal foi praticamente nula e se houve alguma (bem mazinha, por sinal) foi a da rua Vasco da Gama.
Por onde terá andado a D. Alambre? Não deve ter ido sequer ao Calçadão. Ou então, como por aí soa, já tem lugar garantido (ou prometido) nas listas do PPD/PSD.
A espantosa abstenção do Dr. Aleixo em quase tudo, também foi uma surpresa enorme. Afinal, segundo a sua opinião, o PS absteve-se de tudo, até, como diz o comentador anterior, de "tomar conhecimento" de que a câmara vai lançar concursos de ideias e que vai começar a concretizar os planos. Abster-se de tomar conhecimento?!...
Com atitudes destas, evidentemente que a oposição apenas faz o que o executivo pretende: dar lustro à "campanha eleitoral" que esses tais "lançamentos" e "decisões" constituem. Se o Dr. Aleixo não tivesse levantado aquela discussão estéril, aquilo passaria sem qualquer eco, até porque, afinal, nada significava...
Quanto ao que o Sr. Lourenço assinala sobre o tempo gasto estupidamente a discutir coisas que não interessam senão a meia dúzia de privilegiados... pois eu acho que é mais uma forma de se mostrar qualquer coisa (não sei o quê) porque, afinal, tudo aquilo poderia ter sido tratado na calma dos gabinetes, com mais ponderação e sem que as reuniões de câmara resultassem numa estopada para quem está interessado apenas no funcionamento das instituições e no bem-estar dos cidadãos..
Do que vi, posso dizer que, uma vez mais, não aprendi nada.
Aliás, a reunião foi antes um acto negativamente pedagógico, com uma oposição a fazer alarde da falta de ideias e de raciocínio lógico, e com um executivo a demonstrar que “le roi c’est moi”, ou seja, é o presidente e mais ninguém. Vereadores houve, como o mais novo do executivo, que entrou mudo e saiu calado.
Quanto ao presidente, uma vez mais, fez gala em mostrar uma arrogância que só lhe fica mal – desvalorizando as opiniões dos que lhe não são favoráveis, trocando sorrisos e comentários escarninhos com os elementos da “sua” bancada ou com os funcionários da autarquia.
Apreciei a sua firmeza em afirmar, alto e bom som que com ele não será aprovado um projecto imobiliário. Pode não ter razão (não entendo dessas coisas), mas a frontalidade ficou-lhe bem.
Já a mesma frontalidade rebaixou-o ao nível do soez carroceiro, quando tratou um elemento da assistência que interveio (o Sr. Ezequiel Tomás) como o homem do lixo de Quarteira. O facto de ser seu superior hierárquico não lhe dá, em meu entender, esse direito. Ao contrário, ficar-lhe-ia bem, como uma atitude correcta, tratar o indivíduo (que, por sinal também poderia estar calado, porque, sabendo-se o que se passa sobre o facto que abordou, o que disse não tinha qualquer utilidade) – dizia eu – ficaria bem ao Dr. Emídio tratar o seu subordinado (na autarquia) como um seu igual (num acto público.
Enfim, as pessoas tomam ou não tomam chá em pequeninas; e não é por assumirem um qualquer lugar de relevo político que se transformam, ou não, em pessoas educadas.
Ó Oliveira, então o Ezequiel podia responder? Ele bem se esforça por agradar ao patrão, senão...
E ia protestar porquê? não é ele o responsável pelo lixo? Acho menos mal ele ter-se calado do que a Gilberta a armar em graxista. É claro que deve querer alguma coisa. Ela dizia que veio lá de Lisboa para a Cãmara Municipal de Loulé para arranjar emprego para a irmã e agora se calhar deve querer um taxinho para a sobrinha ou então sempre é verdade que vai nas listas doutros...
Esse Ezequiel tem de estar é caladinho. Agora até tem popó de graça da câmara.
E da reunião da Junta não contam nada? Parece que houve lá gritaria da grossa.
P/ o Anónimo de 28/Set:
Pois, infelizmente, creio que é a pessoa que você está a pensar e lá o que ela pretendia, ou não, não é da minha conta.
P/ a Euzinha :
Disseram-me isso, mas já lá não estava. De qualquer forma, se o fez, não passou de uma inconveniência pouco…educada.
Sobre as capacidades ou qualidades de quem quer que seja, não me cumpre pronunciar-me.
Seja como for, volto a pedir aos nossos leitores que tratem de assuntos de interesse geral e esqueçam o nome de pessoas, quando tal se torne dispensável. E este é o caso.
P/ o Oliveira :
Não repito o que disse na resposta ao comentário anterior. Estou pouco interessado nos síndromas de A ou de B e não creio que a generalidade dos leitores do ‘Calçadão' O esteja
Sobre esplanadas, realmente, eu não ouvi nada, mas como saí antes de terminarem as intervenções do público, não o posso garantir.
Interesses imobiliários, meu caro Oliveira, pois sempre os houve e haverá. Agora o que eu penso e tentei transmitir foi aquilo que eu penso: que a maior parte se não a totalidade dos assuntos aque os empresários ali levaram poderia ter sido tratado, com mais eficácia, no recato dos gabinetes. Eu explico melhor: admito que os assuntos fossem levados à reunião (não sei se não poderiam ter sido directamente, em entrevista, com o presidente). Mas, uma vez apresentado e identificado o problema, o presidente deveria ter, de imediato, designado a data hora e técnico (estavam lá) que deveria tratar directamente o assunto com o interessado. Ganhava-se tempo, as reuniões tornavam-se eficazes e talvez os cidadãos pudessem participar mais.
Sobre o comportamento do líder da oposição… já disse o que pensei por ter chegado tarde. Sobre o que conta acerca de envio de “comunicados a mostrar desagrado com as medidas camarárias”, confesso que não sabia. E tinha de saber?
Sobre o epíteto dirigido a um funcionário pelo presidente da câmara… só posso dizer que o nível dos nossos políticos… é o que se vê (e, já agora, que também se viu na campanha para as eleições internas do PSD – como vê, o mal distribui-se igualmente por todas as capelinhas: autárquicas, governamentais ou partidárias).
P/ o Mário B.:
Com efeito… abster-se de tomar conhecimento é um bocado esquisito. Se é que as coisas se passaram assim, claro.
P/ o Tou-ta-Ver
Os seus comentários são sempre de grande utilidade e já me têm ajudado a compreender certas coisas. Foi o que aconteceu desta vez, com os seus esclarecimentos ao comentador Oliveira.
Fez uma descrição muito completa do que ali se passou, se tudo se passou como contou – e eu não tenho razões para pensar o contrário.
Ainda bem que fala no papel dos vereadores de Quarteira (o mesmo que se passa conm os outros, claro). Realmente, se as opiniões expressas nas reuniões são sempre as dos líderes das bancadas… se calhar nem lá deveriam ir. Realmente, tudo o que ali é veiculado são as meras ideias e convicções dos líderes: sejam eles o do PSD seja o do PS. Se as coisas são para funcionar assim, é caso para perguntar: «o que vão lá fazer»? Se não fazem lá falta, deixem-nos ir trabalhar nos seus gabinetes ou nas suas profissões. Pelo que conta, tirando as breves intervenções do Sr. Possolo Viegas e da Drª Hortense, só falaram os dois líderes. O que quer dizer que os outros três estiveram apenas a fazer figura de corpo presente…
Mas, pior que isso é que o senhor presidente da câmara possa menosprezar as opiniões dos outros. É triste e dá uma péssima noção de democraticidade…
Sobre o que conta sobre a intervenção da senhora que disse que a animação em Quarteira, durante o Verão, foi boa… mais que surpreendente é incompreensível! O que lhe tenham prometido, ou não, isso não é da minha conta. Da minha conta é que com atitudes destas quem é prejudicado é Quarteira e são os veraneantes que nos procuram. É indigno e não se compreende, por parte de alguém que se proclama defensora de Quarteira e dos Quarteirenses.
Acerca dessa tal abstenção do líder do PS… eu só posso admitir duas coisas: ou o senhor vereador não compreendeu o que era proposto, ou foi o Tou-ta-Ver que não compreendeu o que por lá se passou.
Uma terceira hipótese é a de que o Dr. Seruca e o Dr. Aleixo sejam de tal modo “alérgicos” um ao outro que, se um disser “branco” o outro tem de dizer “preto”. Nesse caso, o lugar deles não deveria ser ali…
Mesmo assim, eu fico admirado que os restantes vereadores de cada uma das bancadas não procurem dissuadir os chefes de equipa de dizerem e fazerem disparates… É o que disse atrás: vão lá só para fazer número?
Sobre a forma de conduzir os assuntos levados pelos cidadãos às reuniões, nada digo, já que, pelos vistos, afinamos pelo mesmo diapasão.
Acerca da atitude do presidente da câmara… eu já disse o que tinha a dizer. Concordo consigo, apesar de me abster das adjectivações.
Apareça sempre, Tou-ta-Ver. E traga-nos sempre os assuntos desta forma clara e escorreita. Tenho a certeza de que os nossos leitores agradecem.
P/ o César :
Claro que o Sr. Ezequiel estava numa posição muito desconfortável. Provavelmente, o mais saudável para ele era abster-se, naquele lugar, de “defrontar” o patrão. Resta saber se o assunto que ali terá levado merecia ou não o risco. É que contar com a cidadania dos outros… é arriscado. Eu percebo-o.
A outra situação de que fala, acho que não tenho de me pronunciar. Até porque não conheço nem factos nem pessoas.
P/ o Anónimo de 29/Set:
Pois. Mas diga-lhe isso a ele. Aos nossos leitores isso não parece interessar.
P/ a Perguntadora:
Se eu soubesse, contava. Há por aí alguém que queira satisfazer a curiosidade da nossa perguntadora?
Parabéns pelo seu blog, um verdadeiro acto de cidadania lúcido e democrático, continue.
Lamento profundamente a tristeza de actuação da oposição (?) que se deixa manietar pelo presidente mais fraco de sempre do município de Loulé, por um corpo técnico miserável e pobre de argumentos, o PS tem sido uma absoluta desilusão, não tem estratégia e limita-se a justificar a sua permanente ausência de opinião e actuação, deviam ser eles a provocar a verdadeira discussão que importa para este concelho e liderar a voz da indignação dos louletanos em geral e dizer em voz alta e sem medos: "não queremos um concelho de festas e festarolas, mas sim um concelho com visão estratégica e projectos de futuro para as gerações vindouras". Se calhar o PS contínua adormecido com a música que leva e que parece gostar.
Desculpe o desabafo, mas há momentos na vida em que temos de mandar cá para fora o que nos vai na alma.
Cumprimentos sinceros e um bem-haja para todos os intervenientes.
Manuel Santos
manuelsantos1962@gmail.com
Lamento estar a incomodar novamente os leitores deste blog, mas o motivo que me traz a fazer novo comentário neste post, reside apenas na curiosidade do facto de 30 minutos após colocar a minha opinião neste blog , ter recebido 1 mensagem na minha caixa de correio onde me atribuem uns adjectivos absolutamente vergonhosos, “mea culpa” porque ingenuamente deixei visível o meu e-mail, enfim, um lapso que deu para conhecer o calibre de alguns “democratas” deste concelho.
Para que não reste duvidas, não sou militante do PS, mas sempre fui um eleitor fiel e profundo admirador da esquerda socialista, tenho no Professor Vairinhos um exemplo de como deve actuar um politico em defesa do seu concelho, seja na região ou no pais. Precisamos de homens com a visão e pragmatismo que ele sempre nos habituou, esta nova geração de políticos do PS ainda tem de aprender muito para chegarem aos calcanhares de um político como o Professor Varinhos.
Boa noite a todos e votos de boas leituras.
Manuel Santos
P/ o Manuel Santos:
Meu caro... não tenho mais palavras que as suas para caracterizar o procedimento desses... "democratas".
O seu comentário, que agradecemos, vai ter um tratamento especial, logo que tenha tempo.
Um abraço
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