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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A asneira não é livre para todos!

mas o governo civil reincide no disparate
Nos últimos tempos, os comunicados da governadora civil de Faro pareciam ter entrado num melhor caminho, deixando a senda da asneira e do ridículo literário. Pensávamos mesmo que os nossos reparos tinham conseguido os seus objectivos, trazendo para um nível de normalidade o que se convencionou chamar a “linguagem oficial”, naquela casa.

Puro engano! A propósito do «Dia Nacional do Bombeiro Profissional», veja-se este “naco de prosa” subscrito pela governadora civil:

“Nesta celebração quero, de momento especial e prestando o tributo da minha homenagem a todos os abnegados bombeiros profissionais portugueses, fazê-lo em relação aos que, no Algarve, exercem com a conhecida dignidade e o mais empenhado esforço, a sua missão.
Tributo a saudosa lembrança a quantos já nos deixaram, de modo próprio aos que o fizeram no exercício do seu dever, arriscando o mais precioso bem – a vida – por todos nós e pelos que nos precederam.”

Parece incrível? Um aluno da 4ª classe não o teria escrito pior.

Tratar-se-á de um apontamento infeliz escrito à pressa, num momento de “pouca inspiração”? Desiludam-se amigos. Trata-se, sim, de asneira contumaz. Senão vejam a seguinte nota emanada também do Governo Civil de Faro, a propósito da abertura das aulas:

“A designada «Batalha da Educação» é fulcral para a Nação Portuguesa e um desafio que a todos se nos coloca – alunos, professores, demais profissionais envolvidos no processo, pais, encarregados de educação, responsáveis escolares, autarcas, governantes – pois que do seu êxito, de sermos capazes de atingir, com qualidade e dignidade, os desejados patamares do sistema educativo, colocaremos Portugal no aspirado lugar entre os seus congéneres europeus.
Daqui que, nesta hora inicial, saúdo quantos no Algarve, estão ligados à Educação, formulando os melhores votos de que os ambicionados propósitos sejam atingidos e se alcancem os resultados pretendidos.
Como sempre tem acontecido, na vivência conjunta do meu papel de Governadora Civil, de Professora e de Mãe, estarei plenamente disponível para cooperar nesta ingente missão, desejando a todos um «bom ano escolar de 2008/ 09».
Faro, 10 de Setembro de 2008, A Governadora Civil, Isilda Varges Gomes”

Quando perceberá esta senhora – que além do mais, invoca o seu papel de “professora” – que a redacção de comunicados oficiais tem de obedecer a um certo código, onde a correcção do discurso e a construção sintáctica não podem estar ausentes, sob pena de se colocar no plano do ridículo?

“Daqui que, nesta hora, o Calçadão recomenda”… a contratação de alguém que saiba redigir…
..

3 comentários:

Anónimo disse...

Deve ser com o curso de professora tirado nas "Novas oportunidades».

Anónimo disse...

A professora Ana Maria não podia dar uma ajudinha à senhora governadora?

Anónimo disse...

É caso para dizer...Ela fala... fala mas não diz nada, bem ao jeito do Manuel Machado do Nacional.