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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Portimão e Quarteira: o trigo e o joio

visões de sustentabilidade e de futuro
Na imagem: O Calçadão de Quarteira, numa agradável tarde de Setembro de 2008
Há dias, recebemos um e-mail em que o nosso leitor A.P. frisava que “o progresso de Quarteira passaria pela continuidade da sua marginal e conectividade com Vilamoura”.

Tem razão. A realidade é que, com a má escolha de localização do porto de pescas e com a implantação - diríamos que anárquica - das respectivas estruturas, que os responsáveis decidiram sem atender aos interesses da cidade e à sua estética, nem ao bem-estar dos cidadãos, essa ligação está hipotecada quase em definitivo.

A zona ribeirinha de uma cidade de beira-mar é, quase sempre, o seu máximo pólo de atractividade.

Já o foi em Quarteira, há décadas, quando ainda se não ouvia falar em ordenamento de território.

Depois, surgiram as boas vontades, o voluntarismo e um certo idealismo; mas nunca fundamentado em estudos sérios que atendessem a equilíbrios, à sustentabilidade da própria zona.

É certo que a reorganização do espaço físico ao longo da marginal e o traçado do Calçadão até ao Forte Novo vieram trazer um ar de civilização, de conforto a toda a zona ribeirinha.

Só que não houve, paralelamente, um estudo de viabilidade económica e urbana para a zona e, finda a obra, verificou-se que, ao contrário do que seria de desejar, toda a marginal se transformou num espaço sem vida própria, onde apenas em dois meses de Verão os turistas menos endinheirados arrastam as horas que lhes sobram do uso do sol, da areia e do mar.

A época de Natal, que agora passou, espelhou bem esse arrastar moribundo de uma zona amorfa, sem vida, sem alma. As luzes de Natal não atraíram turistas, não atraíram compradores, não animaram o comércio. Apenas iluminaram longas noites desertas de gente. Patético!

E tudo isto porque o alindamento inequívoco de todo o passeio marginal não foi acompanhado de uma planificação capaz de contrabalançar o desaparecimento dos múltiplos bares de praia, a extinção da animada esplanada, o afastamento dos turistas que, até aí, eram arrastados para os inúmeros pequenos bares de música, animação e convívio.
Em Portimão é assim
Foto do passeio marginal de Portimão, de Google/Francisco Encarnação
Quem conhece o que foi feito em Portimão pode facilmente compro-var as diferenças: as zonas que fervilhavam de animação, lá conti-nuam – excepção feita aos típicos, rudimentares e anti-higiénicos restaurantes da antiga lota. As estruturas comerciais e de lazer que existiam, nada sofreram, antes pelo contrário, incrementaram a sua actividade.
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Mais a jusante, os terrenos degradados deram lugar aos passeios públicos, amplos, desafogados; e já nem falamos da zona da marina, saída do nada para dar lugar a um mundo de novidades onde nem falta um porto de cruzeiros.
Foto de Portimão com o porto de cruzeiros em primeiro plano, de Google/Valter
Só na zona da fábrica – precisamente aquela que nasceu como o Calçadão de Quarteira com únicas preocupações estéticas – se verifica um aparente falta de vitalidade. Ali, a zona ribeirinha não criou a sua própria alma – apenas espaços.

Talvez para evitar isso mesmo, a sociedade Rio Adentro, que vai, em breve, apresentar um novo projecto de requalificação para a Zona Ribeirinha de Portimão, contratou uma empresa de consultadoria norte-americana que, para além de estudar a localização e características dos futuros equipamentos-chave: novos bares, restaurantes e quiosques ao longo da área de intervenção, propôs que se rasguem duas novas ruas a ligar a zona ao centro da cidade e, além disso, sustenta a criação de um museu multimédia, um insectário, um teleférico e um aquário, que poderá tornar-se a principal atracção turística do Algarve, a seguir às praias e à Fortaleza de Sagres.

A autarquia concorda e, receptiva a ideias desenvolvimentistas, propõe-se realizar o sonho, pesem embora as dificuldades criadas pela crise.

Tudo isto num investimento público-privado de 90 milhões de euros, que deve começar a ser construído em 2010, para estar pronto lá para o ano de 2015. Imagem: projecto para a segunda fase da zona ribeirinha, com indicação das estruturas
Ou seja: aqui, em Portimão, há visão de futuro, há preocupações de sustentabilidade, usa-se a inteligência. Não admira que a cidade se tenha transformado, em poucos anos, no pólo dinamizador da região algarvia

Quarteira teria condições para ter tudo o que terá Portimão.
Só o que nunca teve foi, à frente das autarquias, “cabeças” e vontades.

11 comentários:

Anónimo disse...

Tragam o Vairinhos ou outro melhor ainda. Pode ser que esta terra dê a volta por cima

Anónimo disse...

O Dr. Seruca também construiu umas piscinas que são as melhores do Sul de Portugal!
Isso não conta?

Anónimo disse...

cabeças tem tido, mas são cabeças duras...

Anónimo disse...

Ó Lourenço, há muita gente a querer que Quarteira e Vilamoura estejam separadas!!!...
Há muitos interesses em jogo.

Anónimo disse...

O mal dos nosso políticos não é falta de honestidade. Nem será, talvez, falta de vontade.
Temos tido azar. Porque o que tem faltado aos políticos que têm governado o Concelho têm sido ideias e visão.
Sem isso, o Concelho não pode sair de uma mediocridade onde está mergulhado.

Anónimo disse...

Vejam lá aquele primeiro Anónimo a querer o Vairinhos. Era bom, era, mas parece que quem não está nada interessado nisso são os socialistas de Loulé.
Se ele aparece, lá se vai o protagonismo desses tipos!

Anónimo disse...

Mas que vida queriam vocês que tivesse o Calçadão no Inverno?! Tem cada uma!

Anónimo disse...

Pode ser que um dia nos calhe um presidente do tipo Manuel da Luz ou mesmo Desidério...

Anónimo disse...

Se fosse algum pato bravo a contruir aqueles armazens já estaria á muito tempo com a cabeça num cepo!!!!
- A ligação a Vilamoura pelo bairro da lata é de rir ou chorar como queiram, vão ver, vão tirar footos os comentários o que for possível para desmascarar os responsáveis daquela vergonha qual petardo que rebentou por detrás do antigo Hotel Atlantis. Se esse terreno é terra de nimguem apelo á junta de freguesia de Quarteira ou á Inframoura que o deem de volta aos Arabes.

Anónimo disse...

Loulé só tem tido nhurros a gerir a autarquia e Quarteira nunca teve um presidente de junta que valesse um tostão.
Gente sem visão, sem interesse, sem um mínimo de inteligência.

Anónimo disse...

A CML agora tem lá um burro e uns gorilas que comem tudo (ver quiosque da camila, pagina inicial)!