Em nota de imprensa, a Câmara de Loulé fez a avaliação da Feira da Serra do passado fim-de-semana. Segundo a autarquia, a avaliação atingiu o padrão de muito bom.
Talvez não tenha sido essa a avaliação dos “cerca de 6 mil visitantes [que terão] passado pelo pavilhão”.
A sensação do «já visto», do que «quem vê uma, vê-as todas» fica sempre como um travo a amargar o louvável efeito de trazer até ao presente “uma mostra das mais importantes tradições algarvias”.
Não se entenda nestas palavras uma censura, antes uma crítica construtiva: se a mola que impulsiona o desenvolvimento se situa na pinça que é a inovação e o empreendedorismo, terá de ser feito um esforço sério nesse sentido para que não morra, por inércia, por inacção, por cansaço, o que é um evento feliz.
Regista-se a afirmação de Seruca Emídio de que deverá ser feito um esforço conjunto por parte dos municípios algarvios para criar “um circuito de feiras deste tipo, espalhadas ao longo do ano, até para que estes artesãos e expositores possam ter condições de subsistência”.
Ora aí está: é uma ideia. Excelente. Mas, desculpe, não chega.
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