Foi uma boa escolha e aquela lareira no centro da sala funcionou quase como um símbolo, a aquecer os espíritos.
Mendes Bota não esqueceu que o partido atravessa uma fase difícil e, se não fosse “cá por coisas”, far-me-ia rir a sua afirmação de que “é preciso mais moral e ética na política, pois há trinta anos atrás, 90% das pessoas que iam para a política, faziam-no por amor à causa pública e os restantes era por interesse e, actualmente, acredito ser ao contrário”.
Bem, Mendes Bota ainda não está há trinta anos no PSD, mas está há tempo suficiente para saber que o facto de “se possuir um cartão da JSD dava acesso ao emprego e a cargos de distinção no país”.
É claro que Mendes Bota não pertence à nova geração e até é certo que se tem esforçado até mais não para levar a água ao seu moinho. Tem, por isso bastas razões para se sentir “desiludido com o espec-táculo lamentável a que assistimos neste momento na política” e para aconselhar aos jovens sociais democratas “ambição em estar na política por valorização pessoal e com um percurso profissional, contrariamente a outros casos em que há a procura de um tacho”.
Estamos em época natalícia. As boas palavras caem sempre bem. O filho de Deus veio à terra para vaticinar a paz e a concórdia aos homens de boa vontade, não é Zé? Ora, ora…
Vamos lá ver como nos portamos todos até Março, até ao próximo congresso…
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