Imagem: Ilustrando uma falta de notícias entediante (foto recolhida na Net)
Chegámos ao fim do ano. Ao que parece, um ano amorfo, sem história. Ou sem histórias dignas de nota, já que ficaram coisas para trás:
As trapalhadas em que o primeiro-ministro se meteu ou onde o quiseram meter, e que não deram em nada.
As oposições que se destruíram a si mesmas pelo ridículo e pelos esforços imbecis de tentarem criar factos políticos; sobretudo contra esse tal primeiro-ministro.
As eternas atitudes e palavras desastradas do Presidente da República que não provocaram mais que pequeníssimos abalos sísmicos.
E, por falar em abalos sísmicos, até o maior tremor de terra deste ano nem sequer fez uma fendazinha numa parede, capaz de arrastar as televisões todas a anunciarem o «cataclismo».
E o verdadeiro cataclismo que é a profunda crise que nos afecta, nem foi culpa do Governo português, nem nada: afectou toda a gente excepto, pelos vistos, a fúria consumista dos portugueses que, pelo Natal gastaram mais que nunca.
Mais «perto de nós», desde a primeira semana de Dezembro que as câmaras municipais não têm «nadica de nada» para anunciar, para além de tudo que já se sabia, das distribuições de cabazes com um pacotinho de figos, feijão e arroz e «essas porcarias que os pobrezinhos comem».
Então, que resta? As notícias do Governo? Mas quem se importa com as últimas «criações» do Governo: a criação as sociedades financeiras de microcrédito; as normas para o aprovisionamento de sangue por via da eventual pandemia; ou com a as acções destinadas à minimização dos prejuízos provocados pelas condições climatéricas?
Ah, sim: as condições climatéricas! Dá para mostrar as inundações, os carros arrastados pelas correntes e para anunciar as alterações às festas de fim-de-ano.
É tudo. "Uma pepineira, menino, Uma pepineira"! Não há mesmo histórias para contar! Que venha outro ano!
Sem comentários:
Enviar um comentário