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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

PSD e o dilema do congresso

agora ou quando estiver… mais maduro?
O dilema «congresso-sim; congresso-não» está a provocar novas fracturas no Partido Social Democrata.

Santana Lopes lançou o repto e foi logo assegurando que “está fora de questão ser candidato à liderança” e, entrevista ao «Diário de Notícias», revelou que “durante estes meses (…) fiz um esforço enorme, enorme, para me manter ligado à vida de um partido com a qual eu não me identificava, internamente não me identifico de todo”.

Uma bomba! - assim consideraram vários «responsáveis». Num primeiro momento, a líder (será ainda líder, ou apenas o pau-mandado de Pacheco Pereira?) achou a ideia muito bem.

O inefável Jardim veio logo dizer que “pode candidatar-se à liderança”. Lá para o Norte, tudo se divide entre o sim, o não e o nim: Passos Coelho que tem andado a preparar terreno para os seus projectos pessoais, vê este a fugir-lhe debaixo dos pés perante a ameaça que vem da Madeira; Marco António e Menezes nem sabem para onde se deverão virar e Rui Rio, ao ver os outros a abanar consoante o «sentido dos ventos», tenta, em vão, situar a questão em bases racionais.

Cá para baixo, o «nosso» Bota, apesar de estar habituado às habilidades que dêem para ficar na crista da onda nem sabe muito bem que posição tomar e as estruturas alentejanas parecem perdidas no burburinho. Seja como for, nem Alentejo nem Algarve têm peso nesta balança.

Resta Cavaco Silva, que tendo iniciado a sua estratégia de campanha, ficará de mãos atadas perante uma indefinição eminente e uma não-certeza no futuro de Aguiar Branco.

Depois, Marcelo veio ontem dizer que o congresso será uma prenda de Natal para Sócrates e que apenas serviria para ajustes de contas. Pacheco Pereira já hoje demonstrou que não lhe agradou o comentário.

O núcleo duro de Lisboa queria mesmo esse ajuste de contas; o do Norte também; e há quem preconize que essa antecipação do congresso poderá ser também… a antecipação do fim.

E, surpreendentemente, ficam as ideias de Santana, de novo, parecendo agora, finalmente, com sentido e ditas por alguém com tacto: “o partido está descrente, está mal, está disfuncional, está com um estado de espírito negativo, está triste, céptico, muito céptico em relação ao seu futuro. Para não dizer que alguns estão convencidos que não têm mesmo um futuro”.

E, como alguém que não pretende voltar a assumir qualquer lugar de responsabilidade nas estruturas do partido, ecoamos com a maioria: se querem tentar dar uma estocada fatal, que seja o mais depressa possível. Tanto se me dá!...

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