Manuela veio a Vilamoura falar de turismo

mas não deu respostas, nem apontou soluções

Manuela Ferreira Leite, a líder do PSD, esteve no Marinotel em Vilamoura, para “tomar o pulso” à actividade turística. AHETA e AIHSA falaram nos problemas do sector, mas Manuela Ferreira Leite não trouxe soluções, no encontro que foi promovido pela Comissão Política Distrital do PSD.

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As críticas, de um industrial hoteleiro presente na reunião, puxaram as críticas da líder do PSD: “Sou muito crítica em relação à ASAE” mas, perante algumas observações, acabou por admitir, culpando as leis comunitárias: “eles limitam-se a fazer cumprir as leis”.

Elidérico Viegas, da AHETA, tinha outras queixas: “antigamente, era possível prever o futuro do sector, isso agora acabou. Em Outubro, tivemos uma quebra de 6 por cento nas taxas de ocupação”; Daniel do Adro, da AIHSA, preferiu apontar outros problemas que provocam as queixas dos turistas: falta de ordenamento, mau estado das vias de comunicação do litoral com o interior, deficiências na recolha do lixo ou o mau atendimento no Hospital de Faro.

Mas o âmbito da análise dos problemas do turismo perdeu-se quando Ferreira Leite preferiu falar da política nacional: sobre o caso BPN, Ferreira Leite deu uma no cravo e outra na ferradura: “o Estado deve evitar a tentação de intervir pontualmente para salvar empresas ou até mesmo sectores com problemas”, mas logo a seguir, a líder social-democrata admitiu ser “necessária” essa intervenção; e sobre uma redução dos impostos, do IMI, o Imposto Municipal sobre Imóveis, por si criado enquanto tinha a pasta das Finanças, Ferreira Leite disse que “lança grandes injustiças, sobretudo quando morre um dos cônjuges”.

Mendes Bota, sombra persistente de Manuela Ferreira Leite durante toda a reunião, não lhe ouviu nem uma palavra sobre regionalização e deixou escapar um sorriso (amarelo?) quando ela manifestou a cer-teza de que será eleita primeira-ministra em 2009, à frente do PSD.
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